6.Se aproximando

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Law tinha quatro dias. Quatro dias para se aproximar dela de vez. Cada dia que passava, o cio ficava mais forte, até atingir seu pico no quinto e último dia.

As febres do cio podem levar o ômega à morte quando não possuem um alfa e não fazem uso de inibidores que sanariam o problema. Com Davina, isso era ainda pior, pois ela e ele possuíam o maldito Imprinting, e por mais que ela tomasse as pílulas, não havia como ter cem por cento de certeza de que funcionariam quando a febre atingisse seu pico máximo, não depois que tiveram o primeiro contato.

O cio sempre foi uma desgraça. Para os ômegas, era o momento exato para engravidar, e quanto aos alfas, assemelhava-se a um surto de excitação intensa, onde ele podia copular à vontade. Que Deus tivesse pena do ômega ou beta que estivesse ao seu lado durante o ato.

Law acordou mais cedo, tempo o suficiente para se levantar e admirar o corpo nu de sua ômega na cama. As curvas, tão boas de apertar, eram adoradas por ele, principalmente em um mundo onde a beleza era vista como excesso de magreza e curvaturas que chegavam a fazer questionar se havia órgãos dentro do corpo.

O moreno seguiu para o banheiro e, quando retornou, Davina estava se vestindo. Ele foi até ela, observando-a, sempre tão envergonhada.

— Fique o quanto quiser. Tenho um assunto a resolver. — Law não sabia se deveria ou não fazer um carinho nela, então a olhou intensamente e se afastou. Pegou a boina, vestiu a camisa e finalmente deixou o quarto, onde Davina se deitou, pensando na noite anterior.

— Não pense sobre isso, Davina. Ele não é pra você. É apenas o seu alfa. — Ela tapou os olhos com as mãos e depois olhou para o céu. — Mas ele disse que era um prazer... mas ele nunca me beijou...

Ela se levantou. Não ficaria pensando no homem que, segundo ela, só a via por diversão.

Davina tomou um banho após as higienes matinais e se vestiu, usando as mesmas peças da noite anterior, ignorando completamente o quanto estava calor. A garota seguiu para o andar superior, estava louca para conhecer o restaurante, pois ouviu pelos corredores que foi reformado e sentia que devia ter muitas comidas diferentes. Assim que chegou lá, pediu o trivial e olhou ao redor em busca de algum conhecido e não encontrou, mas a morena de óculos escuros e longos cabelos negros chamou atenção.

— Com licença, atrapalho sua leitura se me sentar aqui? — Ela perguntou um pouco envergonhada. A mulher baixou os óculos, sorrindo.

— Fique à vontade. A propósito, sou Robin. — Estendeu a mão.

— Muito prazer, sou Davina. — A loira sorriu, começando a comer, feliz com cada mordida.

— Sabe, você parece ter um apetite incrível. — Davina ficou envergonhada antes de engolir e limpar os lábios.

— Perdão pela falta de modos, não te ofereci.

Robin riu.

— Não é isso, é que talvez você tenha muito em comum com alguns companheiros meus.

— Ah, nesse caso, obrigada. E o que você está lendo? — Puxou assunto.

— Um livro qualquer sobre assassinatos no mar sem solução. — Davina se espantou um pouco, e ela sorriu. — Tudo fictício, é claro... ou não.

— Certo, eu não irei lhe incomodar mais. — Davina se preparou para se despedir e se levantar.

— Ei, Robin, você não vai acreditar no que o Usopp encontrou. Caraca, deve ter uns três metros de comprimento e... Quem é essa aí? — O homem perguntou, e ela olhou para os lados.

— Essa é Davina. Ela é uma das companheiras do Cirurgião.

— Que demais! Eu sou Monkey D. Luffy, e se você é amiga do Tral, vai ser minha também.

Instinto | LAWOnde histórias criam vida. Descubra agora