Capítulo 6 - A residência Petchpailin

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"Então?"

Um homem estrangeiro com feições finamente esculpidas estava sentado em um sofá na frente de Sam. Ele estava vestido com esmero, embora não de maneira vistosa, seu cabelo grisalho era curto e arrumado, e seus olhos, afiados e perspicazes. Para todos os efeitos, ele parecia ter acabado de sair do set de um filme da máfia. Mon e Anil estavam diante desse homem e trocavam olhares preocupados. Ambos pareciam estar decidindo se deveriam ou não dizer alguma coisa.

"Srta. Samanun, estou esperando. Gostaria de ouvir sua resposta."

"Bem, hã..." murmurou Sam, sorrindo sem jeito para o homem. Internamente, no entanto, ela estava xingando a forma como este dia estava se desenrolando enquanto ao mesmo tempo repassava seus eventos. Como exatamente chegou a isso?

Tudo começou há três dias. Mon e Sam estavam almoçando no pátio da escola, como sempre. Naquele dia, no entanto, Anil também se juntou a elas.

"Agradeço o convite, mas você tem certeza de que não estou atrapalhando?" perguntou a irmã caçula.

"De forma alguma. Na verdade, havia algo que eu queria te dar." respondeu Sam.

"Oh?" perguntou Anil enquanto observava Sam com expectativa vasculhando sua mochila.

Ela encontrou o que estava procurando e passou para Anilaphat.

"Aqui. Um shikishi assinado, um quadro de arte especial, de Kirihiko Akaneya."

"O quê?" as sobrancelhas de Anilaphat se uniram em um movimento tão pequeno que a maioria nem teria percebido que isso aconteceu. Sam também notou que sua respiração se tornou irregular e que suas mãos tremiam levemente. Ela engoliu em seco e murmurou:

"Esta é a caligrafia dele. Como você...?"

"Na verdade, sou parente dele." explicou Sam.

Anilaphat ficou realmente sem palavras, uma visão rara, com certeza.

"Hehehe." Mon não conseguiu conter uma risadinha ao ver isso.

Sam sorria enquanto se lembrava da reação de Mon ao descobrir essa mesma informação.

"Srta. Kornkamon me contou que você é fã, por isso pedi que assinasse algo para você. Ele não viu problema algum nisso."

"Não tem problema mesmo eu ficar com isso?"

"Não. Ele autografou especialmente para você, com seu nome e tudo mais."

"Oh, sim, é o que parece..." ela praticamente engasgou, então engoliu em seco. "Estou sonhando? Ele geralmente não dá autógrafos..."

"Sim, mas é porque não se dá muito bem com essas coisas. Na verdade, quer conhecê-lo? Ele mora aqui perto."

"Está falando sério?" ela ficou boquiaberta, olhando diretamente para Sam. Com a mesma rapidez, porém, o brilho em seus olhos diminuiu. "N-Não... Passo." decidiu ela, parecendo que tinha acabado de fazer a escolha de desligar os aparelhos que mantinham um parente vivo. "Sou apenas uma simples fã. Não quero ser um incômodo para ele quando está trabalhando."

"Não acho que precisa se preocupar com isso. Ele já me disse que queria te ver, pois é a irmã de Srta. Kornkamon e tal."

"Sam, para ser franca, um mortal contemplando o semblante de um deus geralmente resulta na morte do mortal. Como resultado, não acho que vou." explicou ela, tranquila.

"Justo."

"Um verdadeiro fã apoia seus ídolos de longe." Anil olhou para o céu com os olhos desamparados antes de dar um suspiro pesado e se voltar para Sam. "Obrigada. Sério, muito obrigada. Você ganhou pontos de afeto de mim."

From Toxic Classmate to Girlfriend GoalsOnde histórias criam vida. Descubra agora