Capítulo 29 - Ataque preventivo

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Algumas horas se passaram desde a reunião tumultuada no aeroporto.

Em um apartamento de tamanho decente, Sam e Arthur estavam lutando com pilhas de caixas de papelão. Do lado de fora da janela, o crepúsculo estava se instalando e as luzes das casas e postes de luz começaram a piscar.

Quando Sam abriu uma das caixas grandes, ela a encontrou cheia até a borda com livros grossos com títulos em inglês. Ela rapidamente verificou o número de livros e se virou para Arthur.

"Ei, todos eles cabem naquela estante ali, certo?" 

"Ah, sim. Vou deixar com você então."

O avô de Mon havia preparado um apartamento para Arthur perto da casa de Mon.

A mobília era inclusa e havia quartos mais do que suficientes para uma pessoa morar. A bagagem enviada de casa já havia chegado, e agora os dois estavam trabalhando duro para desempacotá-la.

Sam encheu a estante como ele pediu. Depois que ela terminou, Arthur parou de desempacotar para olhar para Sam com uma expressão confusa.

"Você já foi à minha casa na Inglaterra antes? Elas estão todas organizadas da mesma forma que meu quarto."

"Bem, você é um cara bem meticuloso, certo? Imaginei que você as organizaria por tamanho e depois por autor."

"Então, e aquele dicionário no canto? Ele claramente se destaca do resto." "Bem, isso é porque na verdade é um mangá. É muito mais leve do que os outros livros." 

"Entendo. Acho que você não é o tipo de pessoa que eu deveria deixar entrar no meu quarto..." Arthur pegou o dicionário com uma cara azeda. Quando ela abriu a capa, um mangá japonês caiu. Talvez porque seu hobby tivesse sido exposto, Arthur desistiu e apenas o pegou e enfiou na estante sem colocá-lo de volta no dicionário.

Os livros de bolso em tons pastéis escondidos entre os livros em inglês eram muito visíveis. Arthur soltou um suspiro profundo.

"Obrigado por me ajudar, mas... Está tudo bem mesmo? Estou noivo da Srta. Kornkamon, sua namorada. Sou seu inimigo, não sou?"

"Não, eu quero enterrar o machado de guerra. Se possível, eu ficaria feliz se pudéssemos ser amigos", disse Sam, sorrindo brilhantemente e estendendo sua mão direita.

Arthur olhou para ela desconfiado e não aceitou a mão oferecida a ele. "Você estava tão cheia de espírito de luta no começo."

Ele olhou para Sam por um tempo antes que a raiva de repente brilhasse em seu rosto. "Espere, você está tentando ir atrás de Claire!? Isso não vai acontecer de jeito nenhum!"

"Não se preocupe, cara. Eu só tenho olhos para Mon."

"Você pode dizer o que quiser, mas suas ações falam diferente!"

Arthur deu um tapa na mão estendida de Sam e olhou para ela de perto. Seu olhar era tão afiado quanto o de um falcão, e uma sensação arrepiante de intenção de matar irradiava dele.

"Olha, ela estava flertando comigo por sua causa. Não fique muito nervoso com isso", disse Sam com uma risada alegre.

Apesar de encarar o olhar assassino de Arthur, Sam estava calma, sabendo o verdadeiro motivo do comportamento de Claire.

Ela disse a Arthur sem rodeios: "Não tenho interesse em me envolver com a paixão do meu amigo."

"Mas você nem sabe de quem eu gosto– Hein?"

As palavras de Arthur morreram em sua boca e ele olhou para Sam com os olhos arregalados. "A paixão do seu amigo?"

"Sim, sua paixão. A Srta. Claire, certo?" 

From Toxic Classmate to Girlfriend GoalsOnde histórias criam vida. Descubra agora