capitulo 15-Jeffrey

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Hoje William e eu finalmente iríamos ensaiar para nossa "banda" que ainda não é uma banda, mas vamos conseguir ter.
Ele toca muito bem teclado e piano-embora aqui ele toque teclado- e desenvolveu um vocal diferente para sacanear com a cara do sr.Sydney.

-Que horas são?-Perguntou ele terminando de guardar o instrumento na capa.

Olhei num relógio que havia ganhado de aniversário.

-cinco e meia-respondi

-Tenho que ir, Isbell. Tchau-Disse começando se retirar

William não dizia muito, mas eu percebia que tudo na sua vida não passava de uma grande pressão psicológica do seu pai e ultimamente ele tinha andado meio estranho. Desde seu aniversário de dezessete.

-Bill, espere-pedi

-O que foi?-Perguntou

-Está acontecendo algo com você?

-E porquê estaria?

-Você vem andando com aquele povo estranho do outro bairro, some do nada fora que está estressado demais ultimamente.-Coloquei a mão no seu ombro

-O que está insinuando?

-Estou insinuando que você mudou.

-Algumas pessoas crescem, Isbell e eu também. Não achou que eu continuar sendo aquele menino paciente cheio de mi-mi-mi, achou?

-A questão não é está, William e sei que todos mudam, mas você...

-Olha aqui, Isbell diferente de você não é todo dia que se descobre que seu pai não é seu pai e que na verdade o seu genitor não passa de um sequestrador, problemático, delinquente e abusador de crianças-Sua voz parecia tremula.

Eu apenas o abracei. Ele não retribuiu o abraço, pois queria parecer que não era isso que ele precisava, mas sabia muito bem que ele precisava disso, pois não hesitou em nenhum momento.

-Bruce, somos amigos desde a infância não precisa temer quando precisar conversar-Falei me afastando do abraço alguns minutos depois

-Eu não queria bancar a garotinha chorona

-Não ia. Chorar é normal todo mundo chora e não é querendo bancar o religioso, mas até Jesus chorou.

-Obrigado. De verdade, Isbell-Agradeceu-Acho que já vou indo

-Algo importante?

-Não, eu ia ir para casa ganhei um coisa do rádio e posso ouvir a música que eu quiser e eu ia aproveitar que meu padrasto está viajando no retiro da igreja.

-Música é algo extremamente importante!

-É isso. Obrigado mais uma vez, Isbell

Bill não tinha jeito. Se tinha uma coisa que eu realmente sabia era que ele não ia realmente para casa, mas ele não ia falar, afinal esse negócio do rádio ele ganhou quando tinha dez anos e nem existe mais esse programa na rádio.

-William, por favor não se meta em encrencas grandes eu imploro e não ande mais com aquelas pessoas.

-Pode deixar, Isbell.-Disse ele.

* * *

Hoje minha mãe estaria de folga do seu trabalho do dia então ela aproveitou para ficar em casa e descansar.
Enquanto guardava a louça ela ficava assistindo até que ela me gritou.

-Jeffrey! Corre aqui.

-O que aconteceu?-Perguntei um tanto assustado.

-Seu amigo, sabe, aquele ruivo que vem tocar com você na garagem foi preso.

-O que?

-É sério. Olha aí esta passando no canal da região.-Disse apontando para televisão onde um cara de bigodes, corpo robusto com calvície no meio da cabeça e óculos redondo falava.

"O garoto, conhecido por muitos em seu bairro como Bill Bailey foi encaminhado para a delegacia ontem à noite com sentença de três meses."

-Eu falei para ele que não devia andar com aqueles caras.

-Sempre soube que esse garoto é uma má influência. Não é atoa que o pai dele era conhecido como um delinquente problemático e carismático. Tal pai, tal filho-Disse por fim se levantando

-Então a senhora sabia que William não era realmente filho do Pastor?

-Claro, né querido quem daqui não sabe que a Sharon nunca deu certo com ninguém e no fim para apagar o escândalo dos filhos se casou com um religioso

-É muita informação para um dia só.-Disse me jogando no sofá

Ela pelo visto pensará em mandar eu não fazer aquilo, mas desistiu.

-Faça o que quiser-Respondeu por fim e subiu para o quarto.

"O que William poderia ter feito para isso acontecer?" Questionei à mim mesmo, mas cansei de tentar achar qualquer mínima resposta para seu ato.

-Mãe, estou saindo-Gritei do pé da escada e ela apenas respondeu com um "viu"

Fui até o ponto de táxi que ficava não muito longe de casa.

-Para onde, garoto?-Perguntou um homem de cabelos longos e barba um tanto grande presa a uma xuxa.

-Para delegacia.-Ele pareceu assustado.

-O que que você fez?-Questionou quando acendi um cigarro não percebi estava muito absorto em meus pensamentos.-O que você fez?-perguntou novamente.

-Eu? Nada. Vou apenas visitar um amigo-respondi.

-Ah, aquele ruivo encrenqueiro?

-Não o chame assim nem em seus próprios sonhos-Aconselhei-o-Ele não é encreiqueiro só se meteu com gente que não devia-falei

-Tanto faz.-falou ele.

Estava tão nervoso que devo ter acendido aquela droga de cigarro umas três vezes durante todo caminho.
Paguei minha viagem e respirei algumas vezes antes de entrar na delegacia por algum motivo aquele lugar me dava medo.

-Quero falar com William Bruce Bailey.

-Vou leva-lo até lá.-Disse um policial moreno e alto pegando um molho de chaves do bolso.

Fomos até a cela do William que ficava bastante afastada lá para os fundos.

-Você fica nessa sala aqui-Disse indicando uma porta com um vidro grande redondo no meio e com uma mesa e três cadeiras em frente a cadeira do lado direito.
Me sentei lá e o homem se retirou.

-Isbell-Falou surpreso

-Vocês têm uma hora-Disse o mesmo policial e saiu

-William, achei que nós tivéssemos entrado em um acordo ontem.

Ele não respondeu nada.

-Vamos Bruce responda! Eu não disse que era para você parar de andar com aquelas pessoas?

-Acontece, Jeffrey que você não manda em mim.

-Quer saber? Quero mais é que você apodreça aqui nessa cadeia. Não estou nem aí vai se fuder.-Sai da sala e dei de cara com o policial-Eu não quero mais saber de nada manda esse cara de volta para cela dele e não o deixe esse delinquente encrenqueiro sair daqui nunca mais.

My Rockstar-Izzy StradlinOnde histórias criam vida. Descubra agora