Capítulo 06.

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Pov: KIM JISOO.

13 de dezembro.

Jisoo despertou tarde, foi consciente do corpo de Chaeyoung antes de ser consciente de seu próprio corpo.
Um antigo truque da mente.

As manhãs sempre tinham sido o mais duro. Despertando para outro dia no hospital. Enquanto esteve doente, freqüentemente tinha veementes sonhos de sol e risadas, compensando assim com a mente o que com o corpo perdia. Corria através de campos, ou brincava a saltar na curva, ou dançava. Tinham-na encantado os tipos de música quando  menina, antes da enfermidade.
Os sonhos estavam cheios de claridade, de carreiras, de brincadeiras e de risadas. Em seus sonhos sempre estava sã. Completamente sã.

O despertar era sempre horrível, a diferença entre seus sonhos felizes e o peso esmagante da realidade ameaçava debilitando a pouca força que ficava.
Até que não treinou a si mesma despertou chorando cada manhã. Assim aprendeu a despertar em um lugar afastado de seu corpo, permitindo assim a sua mente assimilar pouco a
pouco que não estava em um campo de flores, ou em um cenário com tutú e as sapatilhas de balé.
Estava encadeada a uma cama de hospital com uma sonda intravenosa, com fortes dores e a beira da morte.
Ao treinar a mente para que ficasse fora do corpo durante os primeiros momentos quando despertava permitia fazer a transição dos sonhos à realidade. Era um costume que não tinha
conseguido desprender-se agora que já estava sã outra vez.

Assim Jisoo foi consciente primeiro de Chaeyoung, às suas costas, antes de ser consciente de si mesma. Era tão diferente, o peso de outra pessoa na cama que o colchão afundava bastante pelo que tinha dormido ao lado dela
embora não a tivesse rodeada com seus braços. Tinha dormido sobre um macio braço. Não fosse fofo como os travesseiros, mas certamente não tinha a menor intenção de queixar-se. O outro braço o tinha sobre o quadril, com a enorme mão abrangendo todo seu ventre. Estava completamente rodeada por uma fêmea quente e disposta.

Tinha dormido nos braços de uma mulher. Algo tão simples, tão básico. Milhões de mulheres o faziam todas as noites. Ela nunca tinha feito. Jamais lhe ocorreu que viveria o suficiente para fazê-lo. Como era aquela antiga canção? Alguém que me cuide.
Em algum nível profundo e primitivo, a cabeça e o coração tinham sabido que alguém a tinha estado cuidando toda a noite e ela se deixou ir.
Estava nua. Que graça, nunca tinha dormido nua. Por que diabos a gente vestia roupa para dormir? Delicioso que era sentir os suaves lençóis de algodão egípcio, o peso das mantas, os
macios braços de Chaeyoung envolvendo-a.

O pênis de Chaeyoung, ardente, dura e totalmente erguido apoiado na parte baixa de suas costas.
—Está acordada. —disse uma voz grave e profunda tão perto do ouvido que notou os sopros de ar. Estremeceu.
—Mmm.
—Dormiu bem? —Lambeu-lhe a beira da orelha que lhe provocou um arrepio nos braços e uma nuvem de mariposas revoou no seu estômago.
Jisoo assentiu incapaz de articular palavra.
Chaeyoung afastou as mantas e viu suas mãos. Uma mão lhe acariciava com lentidão os seios, a outra deslizou pelo estômago, justo até o lugar onde as mariposas faziam piruetas, movendo a
mão em círculos cada vez maiores.
Era a mão com a tatuagem da serpente. Seguiu baixando a mão, lhe acariciando o pelo púbico, acariciando-a ainda mais abaixo, procurando com os dedos as dobras cada vez mais molhadas até que os dedos desapareceram e só ficou visível o dorso da mão.

Foi a coisa mais erótica que tinha visto em sua vida, a serpente sobre seu púbis, aparentemente pronta para entrar
nela. A serpente dançou e se retorceu ao longo dos poderosos músculos do antebraço de Chaeyoung quando começou a mover os dedos dentro dela, fazendo com que se molhasse ainda mais.
—Está molhada, querida. Estava sonhando comigo? —A língua de Chaeyoung a lambeu detrás da
orelha enquanto deslizava o polegar ao longo do que ela sabia agora que era o clitóris. Sabia por que ali, ali mesmo onde a estava tocando, o ardor floresceu e brilhou. Não tinha nada a ver absolutamente com o que sentiu quando, com a ajuda de um espelho e
de um livro de texto de anatomia, tentou localizar ela mesma o clitóris. OH, tinha encontrado ali uma pequena protuberância de carne, certo, tal como dizia o livro e Jisoo tinha suspirado aliviada já que ao menos todas as partes de seu corpo funcionavam. Mas quando o esfregou, não havia sentido nada mais que um pouco de prazer. Muito pouco. O equivalente de, suponhamos, beber
uma Coca Cola no verão quando tem sede.

Midnight Detective. Chaesoo G!POnde histórias criam vida. Descubra agora