Capítulo 16 - Desenvolvimento de emoções

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– O que faz aqui, anjinho? Por acaso está perdido?

O demônio logo sentiu a presença de um ser divino e então, olhou na direção de Zerachiel que se assustou com o conteúdo da boate. Eram muitas coisas proibidas ao mesmo tempo, isso era vergonhoso para o mesmo que desviou o olhar e se aproximou da bancada onde estavam os dois demônios.

– N-não, não estou! Mesmo você sendo um demônio, não pode deixar de lado seu cargo ou os sentimentos da criança começa a ter interferências celestiais. Por acaso se esqueceu?

Hzethel arqueou uma sobrancelha e girou os olhos em desgosto antes de beber o líquido em seu copo. Seu amigo apenas o observava, parecendo sedento.

– Olha só... Já entendi o porquê não desistiu da missão. Haha!

O anjo não entendeu muito bem o que aquilo deveria significar, mas continuou enquanto Hzethel deu uma olhada diabólica para o companheiro e depois se voltou para Zerachiel

– Está querendo dizer que eu preciso voltar, é isso? Não, obrigado.

(Esse... Maldito! Como pode quebrar as regras celestiais desde jeito?!)

– Mas você precisa! São as regras celestiais!

– Quem disse que eu ligo para essa merda? Não passam de regras, e demônios não seguem regras.

Aquilo deixou Zerachiel com mais raiva ainda, fazendo com que o mesmo se sentasse ao lado de Hzethel no balcão. Gallanger, amigo de Hzethel, apenas observava o diálogo.

– Eu não vou sair daqui até você voltar! A criança não pode ficar sem seus protetores celestiais.

O demônio pouco se importava com aquilo e deu de ombros enquanto seu amigo sorria da situação.

– Então fique o tempo que quiser, eu não vou embora tão cedo. Haha!

Um tick de raiva poderia ser visto caso se aproximasse de seu rosto. Ele estava com raiva e envergonhado com o lugar, eram sentimentos demais ao mesmo tempo. Gallanger deu um último goleiro e pediu mais uma bebida.

Enquanto Hzethel olhava para as bailarinas e pessoas em volta no palco da boate, Zerachiel pensava no que fazer para levar aquele bastardo embora. Gallanger, por outro lado, estava tendo idéias em sua mente e nada vindo de Gallanger era bom. Zerachiel não pensava em mais nada, eles precisavam estar perto da menina e não podem sair por mais de 2 horas de perto da menina.

– Aí, anjinho. Tenho uma para você, que tal?

Ambos os seres olharam para Gallanger enquanto a música rolava solta na boate. Luzes pisavam e pessoas dançavam enquanto isso.

– Eu posso fazer com que Hzethel vá embora. Mas...

Hzethel riu debochando. Aquilo certamente era um blefe para o mesmo enquanto Zerachiel seguia confuso e curioso. Gallanger prosseguiu pretensioso.

– Mas você vai ter que beber comigo. O que acha? Se beber mais copos que eu, vou obrigar Hzethel a ir com você.

Zerachiel piscou confuso e assustado com a proposta enquanto Hzethel estava sedento de raiva por Gallanger pois o mesmo era o mais forte dos demônios. Ele poderia fazer a merda que quisesse com Hzethel, mas isso dependeria de suas ações.

– Eu... Ham...

Ele precisava fazer isso, pela missões e pela pobre menina que estava agora sozinha sem a proteção dos seres. Zerachiel não conseguia pensar em mais nada naquele momento. Hzethel tia pois com certeza ele sabia que o mesmo não aceitaria algo idiota e tão carnal como essa proposta.

O Divino e o ProfanoOnde histórias criam vida. Descubra agora