𝑀𝑖𝑙𝑘𝑚𝑎𝑛, 𝑚𝑦 ℎ𝑜𝑛𝑒𝑦.

"Amigos também tran..."

Continuação..

       Louis por sua vez, tirou uma carteira de cigarro do bolso colocando um entre os lábios e o acendendo. Seus olhos vagaram pela mulher, ela já não estava mais assustada como as outras vezes e isso o fez sorrir entre as névoas do cigarro.
     — Se acostumou com a minha presença?
     — Eu quero que você se foda, apenas
     — Apenas se for com você – ele murmurou sorrindo com a feição incrédula de Emy.

    Para Louis a conversa estava boa demais até James chegar reclamando de sua vida. O jovem rapaz ficou imóvel vendo Louis, talvez nunca vira um homem tão alto como o russo era.
      Por um momento James duvidou de sua sexualidade em seu interior e até se seu casamento valia a pena.
    — O-o senhor mora neste p-prédio...?
    — Não.. não, estava de saída e você? Quem é?
    — S-sou o porteiro..
   — Venha James! Entre, eu preciso ir – ordenou Emy, fraca. Como mandado, James apenas correu atrapalhado para dentro da cabine, nitidamente intimidado com a presença de Louis que o encarava sem o menor pudor. Emy por sua vez se levantou devagar, se despediu de James e saiu.
         — Irei acompanhá-la querida afinal, não é seguro você caminhar durante a madrugada sozinha – disse Louis se aproximando de Emy com um sorriso brincando em seus lábios.
         — Nem pensar! prefiro ser assaltada do que andar com você – respondeu Emy, caminhando lentamente. — Não seja boba querida..
     
   Num passe, Louis se aproximou ainda mais de Emy, entrelaçando seus dedos aos dela. O choque entre sua mão quente e a de Emy foi nítido, Louis esfregou suavemente sua mão contra a dela.
   O rapaz caminhava admirando a diferença de altura entre ele e Emy, era gritante. Ele precisava abaixar seu olhar para vê-la, e ela precisava levantar a cabeça para olhar nos olhos dele.  Sua atenção só foi redobrada quando sentiu Emy tropeçar nos próprios pés e seu corpo enfraquecer, agilmente ele a puxou para si, evitando que ela caísse.
   Seus corpos dividindo o calor enquanto as mãos dela agarravam a cintura dele lhe arranhando por cima do tecido.
          — Eu estou te segurando Emy, não te deixaria cair – sinalizou Louis, que a puxou para os braços por completo.
          — Me ponha no chão Louis! Eu consigo andar!
          — Não seja boba querida, faço questão de carregá-la...
  
    Desta vez, ele carregou Emy até seu prédio, parando em frente ao edifício o observando: — Seu prédio é feio.. – resmungou, adentrando o local, subindo a escadaria com ela nos braços. Emy esticou o braço destrancando a porta, o homem a carregou até o quarto a deitando com cuidado sob a cama.
         — Vou preparar um banho para você
         — Está louco?! Não vou tomar banho com você
  
        Louis por sua vez deu uma risada alta, concordou e avisou que iria ao menos preparar algo para que ela comesse. Emy permaneceu deitada na cama ainda desconfiada, mas oque poderia fazer à altura do campeonato? Francis nem se aproximava ou procurava saber se ela estava bem. A não ser Louis. Péssimo.
      Após alguns minutos, Louis apareceu no quarto com uma bandeja em mãos e um tigela fumegante de sopa com verduras em excesso, se aproximando dela.
     — Vai comer sozinha ou eu vou ter que fazer aviãozinho?
    — Não seja inconveniente Louis
  O rapaz apenas assentiu fingindo estar chateado e entregou a bandeja para Emy. Os olhos dele observaram ela comer por alguns minutos até vagar pelo quarto e o armário que lhe chamou a atenção. Cinicamente ele abriu o armário observando as roupas dela, logo depois, mexendo em tudo.
   Louis parecia  uma criança curiosa observando e tocando em tudo, suas mãos foram até uma gaveta puxando uma lingerie preta rendada .
       — Não sabia que usava esse tipo de roupa, senhorita
       — Será que você pode ir embora do meu apartamento?
      — Você ainda não está melhor.. – resmungou, mexendo em mais algumas lingeries até uma lhe chamar a atenção. Branca, rendada com linhas desenhadas e delicadas.. nos lábios dele se formou um sorriso perverso.
      — Põem? Gostaria de vê-la com uma dessa
      — Você não tem vergonha na cara? Eu já tenho alguém para me ver vestida dessa forma – Rebateu Emy, ainda comendo da sopa.
     — Ele está aqui? Ah tá.. então ponha.. só vou ver como um amigo... depois disso eu vou embora
   
       Emy bufou e permaneceu sentada ainda pensando. Se isso significava Louis ir embora, então talvez valesse a pena. Ela por sua vez se levantou e pegou a lingerie da mão dele.
       — Você vai embora – firmou ela, logo saindo do quarto e se trancando do banheiro. A mulher se despiu, colocando a lingerie desejada por Louis. Realmente, aquilo era  suficiente para atrair qualquer homem, a fina renda valorizava o corpo estrutural dela, exibia seu quadril largo e a pele macia. Emy se olhou no espelho e respirou fundo, achava errada a ideia de aparecer daquela forma para outro homem... mas Francis também podia estar no erro.
       Ela logo lembrou da calcinha no apartamento dele, seu sangue ferveu em suas veias em pensar na ideia dele ter a traído, sem hesitar ela abriu a porta do banheiro e voltou ao quarto na presença de Louis. O homem ficou boquiaberto e logo se levantou, estava impressionado com tamanha beleza e inconsequente ou consequentemente, sentiu uma tensão entre suas pernas.
         — Puta merda..
         — Pronto, satisfeito? Já pode ir embora.
         — Venha cá, quero ver de perto e então irei embora
         — Imbecil...
         — Eu ouvi

   Emy se aproximou lentamente, estava desconfiada. Mas também.. grande ideia era essa, onde daria certo? Sua mente parou de pensar quando sentiu as mãos dele pousarem em sua cintura, o toque quente e firme a puxou para perto do corpo dele.
          — Louis ..
          — Hm? – resmungou ele, ainda tocando a cintura dela — Você disse que só queria ver..
       O russo riu baixinho, segurando o queixo dela delicadamente com uma das mãos. — E não estou? – perguntou ele, se sentando novamente na beira da cama enquanto deixava ela ainda de pé na frente dele. Louis não falou nada, apenas apreciou a feição de Emy, a forma de como a lingerie apertava o corpo dela, de como ela era bela. Era uma imagem eroticamente maravilhosa para a visão dele.
        — Sabia que amigos também tran... — LOUIS!!! – interrompeu Emy, desesperada – Chega.. céus! você é um depravado ....
        — O que? No fundo você gosta.. não gosta?
       
        O rosto da morena enrusbeceu instantaneamente  e ela suspirou alto, agarrando os próprios braços.
        — Vá embora – sussurrou ela, pegando o roupão do pombal.
        — Emy... olhe para mim – Disse Louis, se levantando e parando atrás dela. Suas mãos tocando suavemente  os ombros delicados. — Ninguém vai saber, esse vai ser o nosso segredo, hm?

  Seu corpo virou-se para ele por completo. O coração dela pesou, e ela se afastou um pouco para erguer seu olhar para o rosto de Louis. Ele observou a confusão nos olhos de Emy, em seu corpo e as mãos trêmulas  diante de Louis, que assumiu uma tranquilidade que poucos jamais veriam. A garganta de Emy doía devido ao esforço de conter as palavras.
     Amava Francis havia um tempo. Mais tempo do que queria admitir. Emy tentou não pensar naquilo, se ele sentia o mesmo. Aquelas coisas — aqueles desejos — estavam no fim de uma lista de prioridades.
         — Isso não vai acabar bem– murmurou Emy.
    Com uma inspiração profunda, ele segurou os quadris dela, puxando-a contra si, conforme inclinava a boca sobre a dela, intensificando o beijo até que os joelhos de Emy ameaçassem ceder. A língua de Louis roçou Emy; carícias firmes e hábeis que diziam a ela exatamente o que ele era capaz de fazer em outras partes.
        Emy interrompeu o beijo, a respiração irregular observando o peito do próprio Louis se inflando e esvaziando em um ritmo instável. Tão nova; aquela situação entre eles. Talvez o desejo fosse só o começo.
           — Eu não quero vê-la chorando por conta de outro – disse Louis, novamente contra a boca dela. — Se for assim, prefiro lhe fazer chorar enquanto te fodo
           — Louis ... – sussurrou ela de volta.

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