Prólogo.

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Olá! essa é minha primeira fic com o Vance, é algo completamente novo e inexplorado pra mim, então relevem quaisquer erros por favor <3

obs importante: não pretendo de maneira alguma acrescentar Hot nas minhas fics que envolvam o Vance, por o personagem em questão ser menor de idade. Apenas pegação e beijoquinhas, não vai passar disso.

Peguei bastante inspirações de outras fics pra finalmente achar um rumo para começar essa!KKKKK

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Quando eu olho para trás, para aquele último dia perfeito, sinto como se estivesse vendo através de um vidro embaçado. Tudo era mais brilhante e mais simples do que é agora. O relógio marcava três da tarde quando meu pai e eu entramos no aquário de Nova York. Eu segurava firme sua mão.

Os sons suaves da água correndo e o murmúrio das pessoas ao redor criavam um ambiente tranquilo, tão diferente das brigas constantes em casa. Naquele momento, ele não era o homem ausente e alcoólatra que eu conhecia, mas o herói que me tratava como uma princesinha.

— Olha só, minha princesinha. — ele disse, com um raro sorriso no rosto, apontando para um tanque enorme onde um tubarão nadava graciosamente. — Ele se chama Nautilus. É um dos meus favoritos

Encostei minha mão no vidro, estava fascinada, aquele animal ele era a coisa mais linda que eu já tinha visto.

— Papai, podemos vir aqui mais vezes? — eu o encarei com um sorriso meigo. Ele não me respondeu, apenas se agachou no chão e me abraçou. — Papai?

De repente, tudo começou a desvanecer como se fosse fumaça. A escuridão voltou a preencher tudo ao meu redor. O barulho das viaturas, o cheiro forte de bebida, os gritos...

Abri meus olhos de repente, ofegante e com o coração acelerado. Senti meu corpo tenso, como se ainda estivesse presa no pesadelo.  Lá estava eu, no meu novo quarto, repleto de caixas de papelão que eu provavelmente deveria abrir em algum momento. Ainda tentando me acalmar, olhei ao redor, tentando reconhecer o ambiente desconhecido.

Meu olhar caiu sobre a pelúcia de tubarão, um remanescente de tempos mais felizes. Peguei-a com cuidado, sentindo a maciez familiar contra minha pele, e a agarrei com força, buscando conforto.

Com um suspiro trêmulo, me joguei na cama de novo, abraçando a pelúcia enquanto tentava afastar as lembranças dolorosas e encontrar algum consolo no presente.

— Droga, pai... — murmurei, a voz embargada pela tristeza.

Um som fraco ecoou no quarto, eram batidas suaves na porta. Pude ouvir a voz da minha mãe do outro lado antes dela entrar.

— Oi, querida  — a cama afundou com o peso dela sentando ao meu lado. Eu estava de costas para ela. — Se sente melhor do seu enjoo de ontem? — ela acariciou algumas mechas do meu cabelo com ternura.

Não respondi, fixando o olhar no vazio. Pude ouvir um suspiro fundo sair do peito da minha mãe.

— Por favor, [Nome], não torne isso mais difícil, tudo bem? — ela me deu um beijo suave na testa. — Desça para comer, Dave fez suas panquecas favoritas para o café.

Ela se levantou e saiu do quarto, deixando um silêncio pesado para trás.

Respirei fundo e joguei a pelúcia longe, ela bateu contra a parede do quarto com um som abafado. Minha cabeça latejava intensamente. Mordisquei os lábios e, finalmente, me levantei da cama. Vesti minhas pantufas e desci rapidamente as escadas.

As risadas de Dave e da minha mãe ecoavam pela casa, acompanhadas por um jazz suave ao fundo. Entrei na cozinha e senti os olhares se voltarem para mim.

𝐏𝐨𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐕𝐢𝐫𝐚𝐝𝐚 - Vance Hopper x ReaderOnde histórias criam vida. Descubra agora