XII. Fragilidade

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Aos poucos, me afastei de Vance, sentindo o zumbido nos meus ouvidos diminuir gradualmente. A adrenalina que percorria minhas veias começou a se dissipar, dando lugar a uma sensação de cansaço. Foi então que, ao longe, avistei duas silhuetas se aproximando rapidamente.

Quando ajustei meus olhos, as formas ganharam nitidez: eram Robin e Finn, correndo em minha direção com expressões de alívio misturado com preocupação. Finn foi o primeiro a me alcançar, e, sem hesitar, agarrou minha mão com força.

— [Nome], onde você se meteu? Ficamos preocupados! — Finn exclamou, os olhos arregalados, refletindo o pavor que sentia.

Eu abaixei a cabeça, tentando formular palavras, mas nada parecia fazer sentido. Tudo o que havia acontecido parecia um borrão confuso.

Robin me encarou de forma estranha, seus olhos estreitando ao ver meu machucado. Ele segurou meu queixo com uma mão firme, levantando meu rosto para examinar melhor o ferimento na minha bochecha. Seus olhos, cheios de preocupação, rapidamente se voltaram para Vance, que estava parado a poucos centímetros atrás de mim.

— O que foi que você fez com ela, seu desgraçado? — Robin gritou, sua voz transbordando raiva enquanto ele avançava em direção a Vance, o corpo tenso e pronto para atacar.

— Robin, não é isso que você está pensando, Vance não fez nad— tentei segurar o ombro de Robin para impedi-lo, mas já era tarde demais.

O som seco do impacto ecoou ao meu redor quando o punho de Robin encontrou o rosto de Vance. Antes que eu pudesse intervir, Vance já estava no chão, um novo ferimento aparecendo em sua bochecha. Robin permanecia com os punhos cerrados, os olhos brilhando de fúria, enquanto Vance tentava se recompor, a mão indo automaticamente ao rosto.

Meu olhar se desviou rapidamente para trás, e notei que o pequeno tumulto havia atraído a atenção de alguns alunos, junto com alguns policiais que estavam por perto. A situação estava prestes a ficar fora de controle. Levantei meu vestido e caminhei apressadamente até Vance, estendendo a mão para ajudá-lo a se levantar.

— [Nome]? Que porra é essa? — podia sentir a confusão nas palavras do moreno, mas no momento eu não podia negar ajuda a alguém que me ajudou em uma situação de perigo.

— Robin, eu prometo que te explico tudo depois! — falei rapidamente, enquanto ajudava Vance a se recompor. Precisávamos sair dali antes que os policiais percebessem o estado de Vance e fizessem perguntas que não poderíamos responder.

Robin me encarou, incrédulo. — Você vai ajudar esse cara, [Nome]?

— Desculpa, Robin, eu explico tudo depois. Eu prometo — sussurrei, minha voz quase se quebrando sob o peso da tensão. Sem esperar por mais protestos, agarrei a mão de Vance e comecei a puxá-lo para longe dali, os passos rápidos e decididos. As sirenes e as vozes ao fundo pareciam se desvanecer enquanto nos afastávamos, deixando para trás o caos que se desenrolava na escola.

Eu sabia que estava tomando uma decisão arriscada, mas naquele momento, tudo o que importava era tirar Vance dali o mais rápido possível.

Enquanto corríamos pela rua, a adrenalina ainda pulsava em minhas veias. As luzes das casas decoradas para o Halloween passavam por nós em um borrão, mas minha mente estava focada em uma coisa: chegar em casa. Vance corria ao meu lado, respirando pesadamente, mas ele não soltou minha mão. A cada passo, eu sentia a tensão no ar, como se o caos que deixamos para trás estivesse nos seguindo.

Finalmente, chegamos à minha casa. A porta da frente estava trancada, mas consegui destrancar rapidamente.

Empurrei a porta, e entramos no que parecia um refúgio seguro. Quando fechei a porta atrás de nós, o silêncio absoluto me envolveu. Por incrível que pareça, a casa estava vazia. Meus pais não estavam lá; provavelmente estavam em algum bar, aproveitando o Halloween.

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⏰ Última atualização: Aug 24 ⏰

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𝐏𝐨𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐕𝐢𝐫𝐚𝐝𝐚 - Vance Hopper x ReaderOnde histórias criam vida. Descubra agora