O meu purgante.

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Nojo, o gosto amargo na língua e na alma,
O repúdio que se insinua, como um verme.

É o cheiro pútrido, a visão que nos acalma,
Quando o estômago se revolta e o corpo enferma.

Nojo das mentiras, das máscaras que ocultam,
Das mãos sujas de egoísmo e traição.

É o vômito contido, a repulsa que tumultua,
Quando a verdade se esconde sob a ilusão.

Nojo dos preconceitos, das palavras venenosas,
Das atitudes vis, da intolerância sem razão.

É o arrepio na pele, a indignação fervorosa,
Quando a humanidade se perde na escuridão.

Assim, o nojo é um alerta, um sinal visceral,
Para que busquemos a pureza, a empatia real.

Luzes da Noite: Poesia que brilha quando tudo está escuro.Onde histórias criam vida. Descubra agora