Fantasma melancólico

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Eu me sinto invisível, à margem do olhar,
Um fantasma que passa despercebido.

Minhas palavras, como ecos no ar,
Não encontram consolo, são silenciadas.

Às vezes, sou a sombra na multidão,
O rosto sem nome, o vulto sem traço.

Minha presença, uma ilusão sem razão,
Enquanto o mundo segue seu compasso.

Olho para você, mas você não me vê,
Falo, mas minhas palavras se perdem no vento.

Sou o eco da solidão, a ausência que dói.

Mas, talvez, na invisibilidade reside a liberdade,
Um refúgio onde posso ser eu mesmo, sem pretensão.

- E, mesmo sem ser notado, existo, persisto, sou.

Luzes da Noite: Poesia que brilha quando tudo está escuro.Onde histórias criam vida. Descubra agora