Capítulo 9

1.2K 145 297
                                    


🌊

📍Casa do Jimin, Condominio do Edificio Avenida Atlântica.
19 de março de 2017.
01:46.

Jeon Jungkook

Meto o pé dali, eu me machuquei um pouco e pá, mas o mais importante agora era ir pra casa.

Então eu chego na parte da frente do condomínio, e aí eu vejo o pai do Jimin quase na portaria, e eu o meu coração dispara na hora, então eu começo a olhar pros lados desesperado vai que eu acho um lugar pra eu me esconder, ou sei lá…

Até que um moleque passa de bike, ele parecia ser entregador no ifood, então, na maior cara de pau, eu fui lá nele pra trocar uma ideia.

— E aí, mano. — Chego meio sem graça, mas eu mantenho a postura.

— Ih, qual foi, parceiro? 

Ele para a bike e me olha meio desconfiado. Eu tava quase falando que eu me confundi pra meter o pé dali, mas pra isso, eu preciso passar pelo puto do pai do Jimin primeiro, então de qualquer forma eu ia ter que falar com esse moleque.

— Preciso que tu faça uma boa pra mim, na moral mesmo. — Falo e ele levanta a sobrancelha pra mim, aí eu já me estressei, né. — Preciso que tu me empresta tudo que tu tá usando aí, bone, casaco, essa mochila e até a bike.

— Porra, era mais facil tu falar que é assalto. — Ele ri da minha cara e fico mais bolado ainda.

— E eu lá tenho cara de bandido? me empresta logo essa porra. Tô fugindo do pai del… — Antes de eu terminar, ele fica muito surpreso. 

— Que? Tu tá fugindo do pai da sua mina?! Pode pegar aí, moleque. Eu passo por isso até hoje com a minha. — Ele ri de novo, tirando o boné e a mochila, mas eu fico sério com esse papo de “mina”, mas ele já tava me dando os bagulho, então eu deixei pra lá.

— Que isso, pô. Tamo junto. — A gente aperta a mão um do outro e ele me dá as coisa dele, então eu boto as coisa tudo ali mesmo. — Te devolvo lá na base do morro, pode pá?

— Suave, pô, vai lá.

Então eu subo na bike e pedalo até a portaria, só que quando eu passei do lado do pai do Jimin, ele me olhou no fundo dos meus olhos e depois ficando com uma cara muito sinistra enquanto eu passava, parecia até que as coisa ficou em câmera lenta, tá ligado? Eu acho que ele só não me parou, porque ele não tinha certeza que era eu.

Mas eu continuei pedalando, só que muito mais rápido, vai que ele liga uma coisa com a outra e me chama, eu já vou tá lá na casa do caralho.

Aí eu passei pela portaria sem ninguém me barrar e depois de uns 16 minutos pedalando direto, eu chego na base do morro.

Já começo a tirar tudo e fico sentado na calçada esperando o moleque aparecer. Até que uma pessoa anda contra a luz, só que não era o garoto, era a vitória.

— Oi, Jun! Tá sumido. Como cê tá? — Ela pergunta, ficando na minha frente.

— Bem ruim agora que cê veio. — Respondo e ela murcha, me olhando meio bolada, e eu acabo rindo.

Daí finalmente o moleque chega, então eu meio que ignoro ela, pego as coisa e entrego pra ele.

— Ela que é a tua mina? — Ele pergunta sorrindo meio malandro enquanto coloca o casaco, então eu, desesperado, faço gestos de ‘não’ pra ele. — Não..? — Ele pergunta, mas a vitória já ficou felizinha.

Na Beira do Mar, O Começo. - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora