Capítulo 6

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📍Casa do Jimin, Condomínio do Edifício Avenida Atlântica.
17 de março de 2017.
18:52.

Park Jimin

Hoje faz exatos 1 mês que eu não saio de casa, e também 1 mês que o Jungkook saiu da minha vida, que ele não responde as minhas mensagens ou me chama pra ir na casa dele.

Eu sei que foi por causa do que a minha mãe falou pra ele, ele deve ter se arrependido muito e nem quer mais me ver.

Eu poderia dizer que já tô acostumado, mas o Jungkook é o primeiro garoto que realmente senti algo a mais. O nosso santo bateu tão forte que eu tô me sentindo mal pra caralho com isso que a minha própria mãe fez com ele, mas ele deve ter sido apenas esses amores que logo passam e que a gente não pode se apegar.

Mas o problema é que eu já me apeguei…

Outra coisa que me impede de falar com o Jungkook, é o Lucas. Ele não sai da minha casa, eu não tenho nem mais tempo de ir no meu lugar favorito, que é a praia, por culpa dele!

Além disso, os meus pais ficam jogando lenha pra eu ficar com a irmã dele, só que o próprio Lucas odeia essa ideia, porque ele é gay assumido e me quer!!

Eu só queria ficar com o Jungkook de novo, igual aquela vez que passamos o dia todo juntos na praia…

— Jimin, a gente tá saindo. O Lucas vai ficar aqui em casa e se for chamar seus amigos, chama só o Jin, você sabe que eu não vou com a cara do Taehyung. — Minha mãe entra no meu quarto.

— Vocês só saem, por que eu não posso sair também? Faz mais de 1 mês que eu só saio do condomínio pra comprar pão, eu vou fazer 22 anos, sabia?! — Reclamo, mas ela não dá a mínima como sempre.

— Você pode sair o quanto quiser quando voltarmos pra nossa terra natal, a Coreia do Sul, enquanto a gente tiver aqui, você só sai de casa com a permissão do seu pai.

— Ah, por que só do meu pai? Você não pode fazer nada sozinha, né? Tem que por tudo em cima do meu pai porque ele é capaz de me matar se você mandar. — Assim que eu termino de falar, ela dá um tapa na minha cara e aponta do dedo pra mim.

— Você me respeita. Você não é ninguém sem mim e sem o seu pai. Tudo que eu faço, é pra você não ser um vagabundo que nem esse favelado que você fugia de casa pra ir visitar. — Fala baixo. — Eu tava esperando a hora em que você levasse um tiro de bala perdida, ou esse garoto te jogasse fora igual todo garoto que nem ele faz, isso é pra você aprender a parar de ser trouxa e me ouvir mais.

— Antes fugisse de casa pra ir ver o “favelado” e nunca mais voltar.

Então ela sorri de forma sarcástica e sai do meu quarto, depois de alguns minutos a porta da frente é trancada e o silêncio toma conta.

Eu realmente tava com uma vontade imensa de chorar, berrar e fazer tudo o que uma pessoa que vive a mesma situação que eu faria, mas eu não quero dar esse gostinho, o gostinho de que eu sou foda na frente dela ou do meu pai, mas mas costas eu só sei chorar, se é pra ser foda, tem que ser foda em tudo.

Então eu levanto da cama engolindo todo o choro e vou até onde os meus pais guardam as bebidas deles, é escondido, mas eu conheço cada canto desse condomínio.

“Mas ué, Pejota, você vai descontar sua raiva na bebida?”

Se meu corpo agisse como qualquer outro em relação a bebidas e ele fosse capaz de me deixar bêbado, eu acho que sim.

— Hm, Soju. — Abro e tomo direto da garrafa.

Ando pela casa bebendo o Soju de uma vez só, até que o meu celular apita, e quando eu vejo, é os meninos.

Na Beira do Mar, O Começo. - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora