Metade Do Seu Te Amo | Richard Ríos

• cuarenta y ocho

Richard Ríos |

—O que aconteceu? —Menino pergunta.

—Você ainda pergunta?

—Calma. —Levantou as mãos, se rendendo.

—Ela desmaiou.

—Não me diga. —Disse. —Como isso aconteceu?

—A gente teve uma discussão, e aí ela desmaiou do nada.

—Ih.

—O que?

—Cara… coitado de você.

—O que foi, Gabriel?

—Ele quer dizer que ela pode estar grávida. —Brendha disse.

—O que? —Pergunto.

—Ah, Breh. —Disse Menino.

—Você faz muito suspense, Gabriel.

—Não, não pode. —Digo.

—Por que não, Richa? —Brendha pergunta. —Vocês formam um casal tão lindo.

—Ah, é que não é o momento.

—Concordo, não é momento. —Disse Menino.

—Rios? —O médico pergunta.

—Eu.

—Está tudo bem com a Maria. Ela só teve uma queda de pressão, nada além disso.

Obrigado, Deus.

Suspirei aliviado.

—Ela está querendo ver você.

Assenti e acompanhei o doutor até o quarto.

—Oi, amor. —Disse Maria.

—Oi. Como você está?

—Muito fraca. —Diz. —Quero ir para casa.

—Vou falar com o doutor e já volto. —Digo e saio.

—Doutor?

—Sim, Richard.

—A Maria disse que está muito fraca. Isso é normal?

—É normal sim. É por conta do remédio.

—E quando ela pode ir para casa?

—No fim da tarde.

—Ok, obrigado, doutor.

—Disponha.

Raquel Moreira |

18:00

Acabei de chegar em casa.

Que dia longo e cansativo.

Não estava nem um pouco preparada para ver o Richard novamente. Não sei se vou aguentar ver ele todos os dias depois de tudo que aconteceu.

Logo ouvi a campainha tocar.

Será que vocês não entendem que eu acabei de chegar do trabalho?

Fui até a porta e abri.

—Yuri. —Sorrio.

—Oi, Quel. —Me abraça. —Que bom ver você.

—Eu digo o mesmo. —Sorrio. —Entra.

—Está de saída?

—Não. É que eu acabei de chegar do treino.

—Você ficou todo esse tempo lá?

—Sim. Eu tive que organizar todas as informações precisas dos atletas no meu computador.

—Mas você já não tinha isso do ano passado?

—Sim! E é isso que eu não entendo.

—Alguém teve acesso ao seu computador?

—Não, só eu tenho acesso. A não ser que tenham feito manutenção nos computadores e acabaram deletando.

—E você conseguiu organizar tudo?

—Infelizmente não. Ainda faltou bastante coisa.

—Poxa. Então vai ter que ficar até mais tarde amanhã de novo?

—Com toda certeza.

—Que pena. Se tivesse uma maneira de te ajudar, com certeza eu ajudaria.

—Obrigada, Yuri. —Sorrio.

Ele piscou e sorriu.

Esse sorriso me deixa desconcertada.

—E como foi sua viagem para Portugal? —Pergunta.

—Foi ótima. Adorei aquele país. Minha mãe ficou encantada.

—Que bom. —Sorri. —Ainda não fui pra lá. Quem sabe nas próximas férias você me leva.

—Será um prazer, com tanto que você pague tudo. —Rio.

—Não sei não. —Ele ri.

Meu celular notificou uma mensagem de um número desconhecido.

Estranho.

É uma foto do Richard segurando a mão da Maria.

Uau.

“Olha como meu marido é atencioso, Quelzinha”.

Respirei fundo e tentei conter minhas lágrimas.

—Quel?

—Quel?

—An?

—O que foi? Recebeu a mensagem e ficou calada.

Larguei o telefone no sofá e abracei o Yuri.

—Não vai embora.

Ele me abraçou forte e me permiti chorar em seus braços.

Até umas semanas atrás ele dizia que me amava.

Me entregava flores.

Me levava pra almoçar.

Não sei como pude deixar ele brincar comigo dessa maneira.

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Calmem! Sem gravidez dessa vez 🙌🏽🙌🏽🙌🏽