𝐒𝐨𝐩𝐡𝐢𝐚 𝐉𝐨𝐡𝐬𝐨𝐧 mais uma fã de 𝐌𝐢𝐠𝐮𝐞𝐥 𝐌𝐨𝐫𝐚 tinha o sonho de ser notada ao menos uma vez na vida pelo o mesmo.
Ela sempre foi uma menina cheia de talentos, até que ela resolve usar um deles...𝒂 𝒈𝒖𝒊𝒕𝒂𝒓𝒓𝒂. Sophia compôs u...
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As semanas seguintes ao nosso dia no campo de flores foram igualmente maravilhosas. Miguel e eu continuamos a passar muito tempo juntos, aproveitando cada momento. Mas, aos poucos, percebo uma leve mudança em seu comportamento. Ele começa a responder minhas mensagens com menos frequência e parece mais distraído quando estamos juntos.
Uma tarde, enquanto estamos na escola, vejo Miguel conversando com uma garota nova. Eles parecem se dar muito bem, rindo e conversando animadamente. Sinto uma pontada de ciúmes, mas tento ignorar, dizendo a mim mesma que não há motivo para preocupação.
Naquela noite, envio uma mensagem para Miguel.
— Oi, Miguel! Tudo bem? Quer fazer algo hoje à noite?
Demora mais do que o normal para ele responder.
— Oi, Sophie! Desculpa, mas já tenho planos hoje. Vamos nos ver outro dia?
A resposta me deixa com um gosto amargo na boca, mas decido não insistir. Nos dias seguintes, a situação só piora. Miguel continua a se distanciar, sempre com uma desculpa para não se encontrar comigo. Decido falar com ele sobre isso.
— Miguel, podemos conversar? — Pergunto, encontrando-o no corredor da escola.
— Claro, Sophie. O que houve? — Ele responde, mas noto um tom de impaciência em sua voz.
— Tenho percebido que você está se afastando de mim. O que está acontecendo? — Pergunto, tentando manter a calma.
Miguel suspira e olha para o chão, como se estivesse buscando as palavras certas.
— Sophie, eu conheci uma garota nova na escola, a Beatriz. Ela é legal e... acho que estou interessado nela. — Ele diz, finalmente levantando os olhos para me encarar.
Sinto um golpe no estômago, como se todo o ar tivesse sido sugado para fora da sala.
— Interessado nela? — Repito, minha voz tremendo. — E quanto a nós, Miguel?
— Eu não sei, Sophie. Gosto muito de você, mas sinto que preciso explorar isso. — Ele responde, visivelmente desconfortável.
As palavras dele me atingem como um balde de água fria. Sem saber o que dizer, simplesmente me afasto, deixando-o parado no corredor. A dor é esmagadora, e me sinto perdida.
Nos dias seguintes, evito Miguel o máximo possível. Ver ele e Beatriz juntos é insuportável. Me isolo mais, focando nos estudos e no vôlei, tentando não pensar no que perdi. Minha mãe, Olivia, percebe minha tristeza e tenta conversar comigo.
— Sophie, querida, o que aconteceu? — Ela pergunta uma noite, enquanto estamos jantando.
— Miguel... ele conheceu uma garota nova. Ele está interessado nela. — Digo, lutando para segurar as lágrimas.
— Oh, querida, sinto muito. — Ela diz, se levantando para me abraçar. — Sei que isso deve estar sendo muito difícil para você.
— É, mas eu vou superar. — Respondo, tentando ser forte.
Os dias se arrastam, e a dor lentamente se transforma em uma aceitação amarga. Miguel tenta falar comigo algumas vezes, mas eu sempre encontro uma desculpa para evitar a conversa. Não quero ouvir mais explicações, preciso de espaço para curar meu coração.
Um dia, enquanto estou na biblioteca, Beatriz se aproxima de mim.
— Oi, Sophie. Posso falar com você? — Ela pergunta, parecendo genuinamente preocupada.
— Claro. — Respondo, não muito entusiasmada.
— Eu sei que você e Miguel eram muito próximos. Eu nunca quis causar problemas entre vocês. — Ela começa, a voz sincera.
— Não é sua culpa, Beatriz. Miguel tomou suas próprias decisões. — Respondo, tentando soar o mais madura possível.
Ela me olha por um momento, depois assente.
— Se precisar de alguém para conversar, estarei por aqui. — Diz, antes de se afastar.
A atitude dela me surpreende. Talvez ela não seja a vilã que imaginei. O tempo passa, e embora a dor não desapareça completamente, começo a encontrar minha própria força. Reaproximo-me dos meus amigos, dedico-me ao vôlei e aos estudos, e começo a redescobrir quem eu sou sem Miguel.
Um dia, depois do treino de vôlei, encontro uma mensagem de Miguel no meu celular.
— Sophie, podemos conversar? Sinto muito pela forma como as coisas aconteceram. Preciso te explicar tudo.
Respiro fundo, ponderando se estou pronta para essa conversa. Finalmente, respondo.
— Podemos nos encontrar no parque amanhã às 17h.
No dia seguinte, vou ao parque com uma mistura de ansiedade e determinação. Vejo Miguel já esperando, e me aproximo lentamente.
— Oi, Sophie. — Ele diz, parecendo nervoso.
— Oi, Miguel. — Respondo, tentando manter a calma.
— Eu realmente sinto muito por tudo. Nunca quis te machucar. — Ele começa, seus olhos cheios de arrependimento.
— Sei disso, Miguel. Mas você fez suas escolhas, e eu tive que lidar com elas. — Respondo, a voz firme.
Ele parece aliviado com minha resposta, mas ainda há uma tristeza em seus olhos.
— Podemos ser amigos? — Ele pergunta, esperançoso.
Penso por um momento, lembrando de todos os bons momentos que tivemos e de toda a dor que veio depois.
— Podemos tentar, Miguel. Mas vai levar tempo. — Respondo, com sinceridade.
Ele assente, e juntos, damos um passo em direção a uma nova fase da nossa relação. A estrada à frente não será fácil, mas estou pronta para encarar o que vier. Afinal, a vida é feita de altos e baixos, e cada experiência só me torna mais forte.