Entre amor e ódio

INTRODUÇÃO

LGBTQIAPN+: Lésbicas, Gays, Bi, Trans, Queer/Questionando, Intersexo, Assexuais/Arromânticas/Agênero, Pan/Pôli, Não-binárias e mais.

Lésbicas/Gays: Gosto pelo mesmo gênero.

Bissexuais: Gosto por ambos os gêneros.

Transexuais: Pessoas que não se identificam com o gênero a qual foram designadas, baseado em seu sexo biológico.

Queer: Engloba todas as identidades sexuais e de gênero fora da norma heterossexual e cisgênero.

Intersexo: Pessoas que não se enquadram nas normas médicas e sociais para corpos femininos ou masculinos.

Assexuais: Experimenta pouca ou nenhuma atração sexual.

Pansexual: Indivíduo que sente atração por pessoas independente do gênero ou orientação.

Não-binário: Pessoas que não se identificam 100% como homem ou como mulher.

Preconceito: Opinião formada precipitadamente, sem maior ponderação, um conceito formado antes de se ter os conhecimentos necessários.

Homofobia: Atitudes e sentimentos negativos, discriminatórios ou preconceituosos em relação às pessoas LGBTQIA+.

Em 28 de Junho de 1969, um confronto entre policiais e manifestantes gerou o movimento Orgulho LGBT, conhecido também como A Rebelião de Stonewall, em Manhattan, Estados Unidos. Nove anos após a rebelião, em 1978, surgiu no Brasil o Movimento GAY, como era conhecido na época.

Com o crescimento de pessoas inseridas na comunidade LGBT, também houve um aumento de indivíduos que tinham opinião contrária a esse movimento e o Brasil está em primeiro lugar no ranking de países com maior índice de homofobia, porém também possuiu a maior porcentagem de pessoas que se identificam com o LGBTQIA+.

A homofobia se manifestou de diversas formas, de condenação social até a violência física. Entre os anos de 1980 e 1990, houve uma explosão nos casos de AIDS e com isso o preconceito ficou mais intenso, com a homossexualidade se tornando a principal culpada e sendo considerada uma doença. Em 17 de Maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou os homossexuais da “Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde”.

Em 2001, foi criada uma lei (n° 10.948) que aplica punição a toda manifestação atentatória ou discriminatória praticada contra o cidadão homossexual, bissexual ou transgênero.

Mesmo com esta norma, os casos de assassinato ligados a homofobia não diminuíram, nos anos entre 1995 e 2002, os casos eram de uma morte a cada 2,9 dias, já de 2003 à 2010, os casos passaram a ser a cada 2,3 dias.

O Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgou um relatório com dados que mostram que, no ano de 2013, a homofobia levou a óbito 310 pessoas, todas vítimas de Homotransfobia. Em 2022 foram 273 casos e em 2023 foram 230, todas pelo mesmo motivo.

São por essas situações que há medo, medo de ser quem você realmente é, medo de se vestir como gostaria. Mesmo com redes de apoio, leis que “garantem” a proteção e grupos que lutam pela igualdade de gênero, ainda há perigo.

Cada pessoa tem seu próprio pensamento, ou seja, tem suas próprias opiniões, mas ninguém tem o direito de cobrar de outra pessoa um pensamento igual ao seu. Insultos, brincadeiras, indiretas, exclusão, são sim homofobia, e isso é crime. Usar falas de influenciadores, políticos, líderes religiosos para tentar tornar a sua opinião mais verdadeira não a torna mais correta, muito menos se transforma em regra.

Como citado no início, o Brasil está em primeiro lugar no ranking, mas não é o único país que passa por essas situações. Vivemos em um mundo onde, atualmente, há mais liberdade, mas também há mais violência.

Essa história traz esse tema, um assunto delicado e extremamente pesado, mas que é pouco falado, e com isso poucas pessoas tem acesso ou sabem corretamente conversar sobre o assunto.

Aqui, você vai ler sobre a homossexualidade e homofobia (tema principal), doenças psicológicas (ansiedade, depressão, bipolaridade), abuso (físico / mental), poliamor (casal formado por três pessoas / trisal). Mas essa história também aborda o amor, romântico e de amizade. Pretendendo mostrar o quão importante é ter um ombro amigo, um apoio. Então sim, essa história causa gatilhos, e leiam somente quem se sentir confortável.

Sejam muito bem vindos à BETWEEN LOVE & HATE.