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O final da tarde já se aproxima, quando finalmente os jogadores foram liberados do CT

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O final da tarde já se aproxima, quando finalmente os jogadores foram liberados do CT. Meu pai me disse que irá precisar resolver algumas questões e me pediu que eu fosse para casa junto com o Yuri, não contestei,e assim que eles foram liberados,fui junto com o Yuri para o estacionamento.

Meu pai sempre "adota" um jogador como filho, no Cuiabá ele tinha o Deyverson e o Raniele, já aqui no Corinthians,ele tem o Yuri. Desde que ele chegou ao Corinthians,ele criou um apego com o Yuri, também,por já ter trabalhado com o mesmo a alguns anos atrás.

Após o treino,sigo meu pai até o vestiário,onde ele troca mais algumas palavras com os jogadores antes de sair,fico fora do vestiário,a espera do Yuri que disse que iria tomar uma ducha rápida,antes de ir para casa. Minutos se passam,ouço a porta do vestiário se abrir ,e logo ,o Paraguaio Matias Rojas sai pela mesma.

Sinceramente, há algo nele que sempre me faz ficar com um pé atrás sempre que olho para o mesmo,não sei descrever exatamente o que é. Mas é como se o mesmo emanasse uma energia pesada, como se a presença dele deixasse o ambiente carregado. No jantar que o reuniu todo o time,eu senti a mesma coisa quando ele chegou, quando trocava algum olhar com o mesmo ,ou até mesmo, quando sentia seu olhar pesando sobre mim.

Vejo o Wesley saindo do vestiário,e vindo na minha direção, o mesmo se senta ao meu lado, deixando um silêncio confortável dominar o local. Não demora muito,até que o mesmo resolve quebrar este silêncio.

— Mentindo pro Antônio,que coisa feia — diz,de forma dramática ,semicerrando os olhos.

— Apenas te ajudei — digo,no mesmo tom, dando de ombros — e quem te disse que menti — pergunto.

— E não mentiu — pergunta, irônico.

— Não — dou de ombros — apenas omiti algumas informações — explico.

— Na minha cabeça, é quase a mesma coisa que mentir — dá de ombros — cê' tá esperando o Yuri — pergunta.

— Sim , esperando a donzela terminar de se arrumar pra irmos — explico,caindo na risada junto ao Wesley.

— Sei como é, também tenho que esperar ele ,já que vim de carona no carro dele — diz, desviando o olhar para a porta do vestiário.

— Então quer dizer que irei te aturar até em casa — digo,com deboche em minha voz.

— Para sua honra e felicidade,sim — diz , abrindo um sorriso que,logo é cortado pela voz do Rojas.

Buenas tardes — diz ,se aproximando de nós dois — Wesley ,sabe me dizer se ainda tem alguém na sala de fisioterapia — pergunta.

Sinto um desconforto com a presença do mesmo ,mas decido ignorar.

— Não sei Matias ,tenta dar uma olhada,quem sabe não encontra alguém ainda por lá — responde o Wesley.

Sobre Nós - Wesley Teixeira Onde histórias criam vida. Descubra agora