A madrugada envolvia a mansão Mikaelson em um silêncio profundo, apenas quebrado pelos suaves sussurros do vento nas janelas. Hope acordou com um sobressalto, a escuridão do quarto pesando sobre ela como um manto sufocante. Cada canto daquela casa era uma lembrança dolorosa de seus pais, Klaus e Hayley, e de seu tio Elijah, todos agora falecidos. Incapaz de dormir, Hope decidiu que um copo de água talvez ajudasse a acalmar sua mente inquieta.
Ela se levantou silenciosamente, seus passos leves quase inaudíveis no chão de madeira. Caminhou pelo corredor escuro, sentindo uma mistura de familiaridade e estranheza ao estar novamente na mansão que um dia foi seu lar. Ao descer as escadas e entrar na cozinha, Hope parou surpresa ao ver uma figura já ali. Josie estava sentada à mesa, uma expressão pensativa no rosto enquanto segurava um copo de água entre as mãos.
"Você também não consegue dormir?" Hope perguntou, sua voz um sussurro frio que mal rompeu o silêncio da cozinha.
Josie ergueu os olhos, um sorriso pequeno e triste se formando em seus lábios. "Parece que as duas estamos tendo a mesma noite difícil."
Hope pegou um copo no armário e se serviu de água, sentando-se na cadeira oposta à de Josie. As duas ficaram em silêncio por um momento, apenas o som do líquido sendo bebido preenchendo o espaço entre elas.
"Por que realmente voltou, Josie?" Hope perguntou finalmente, olhando para a amiga com uma expressão dura. "Não acredito que você esteja aqui apenas para ajudar."
Josie suspirou, colocando o copo vazio sobre a mesa. "Você está certa. Não voltei apenas para ajudar. Voltei porque senti sua falta, Hope. E porque percebi que não poderia continuar fugindo para sempre."
Hope encarou Josie, mas seus olhos não mostravam a mesma receptividade de antes. "Você acha que só porque voltou, tudo vai ficar bem? As coisas mudaram, Josie. Eu mudei."
Josie franziu a testa, sentindo a frieza nas palavras de Hope. "Eu sei que as coisas mudaram, Hope. Mas estou aqui para tentar fazer as pazes, para tentar consertar o que foi quebrado."
Hope bufou, sua raiva latente emergindo. "Você acha que pode simplesmente aparecer e tudo será perdoado? Eu fiquei sozinha, Josie. Todos me abandonaram. Você não sabe como é isso."
Josie se levantou, seu rosto endurecendo. "Você acha que foi fácil para mim também? Eu tinha meus próprios demônios para enfrentar, Hope."
Hope também se levantou, os olhos brilhando de raiva. "Você não entende nada. Perdi meus pais, meu tio. Esta casa é um lembrete constante do que eu perdi. E você simplesmente apareceu aqui, esperando que eu te aceite de volta como se nada tivesse acontecido."
Josie deu um passo à frente, sua voz firme. "Estou tentando, Hope. Estou aqui agora. Mas se você não consegue ver isso, talvez eu devesse ir embora."
Hope olhou para Josie, a dor em seus olhos misturada com raiva e frustração. "Talvez devesse," disse, sua voz fria como gelo.
Josie balançou a cabeça, decepcionada e ferida. "Boa noite, Hope."
Ela saiu da cozinha, deixando Hope sozinha com seus pensamentos tumultuados. A raiva de Hope não diminuiu, mas se transformou em uma dor ainda mais profunda. Ela sabia que Josie estava tentando, mas a perda que sentia era um buraco negro que consumia qualquer tentativa de reconciliação.
(...)
Hope se jogou na cama, encarando o teto. Cada canto daquela casa era um lembrete doloroso de seus pais, Klaus e Hayley, e de seu tio Elijah. Ela fechou os olhos, mas as lembranças a inundaram como uma onda avassaladora.
Ela pensou em seu pai, Klaus Mikaelson. Para o mundo, ele era um monstro, temido e odiado por muitos. Mas para Hope, ele era apenas seu pai, o homem que sempre a protegeu, que faria qualquer coisa para mantê-la segura. Ele era a figura que a fazia sentir-se invencível. Klaus tinha suas falhas, mas com ela, ele sempre foi carinhoso e protetor.
Hope sentiu uma pontada de dor no peito ao lembrar de seus momentos juntos. Lembrava-se de como ele a segurava quando ela era criança, das histórias que contava sobre suas aventuras e desventuras, e do brilho de orgulho em seus olhos quando a via crescer. Ele nunca a tratou com a frieza que mostrava ao mundo. Para ele, Hope era sua luz, seu motivo de viver.
Ela também pensou em sua mãe, Hayley. Hayley era a força e a coragem personificadas. Ela sempre esteve ao lado de Hope, ensinando-a a ser forte, a nunca desistir, a lutar por aquilo que acreditava. A perda de Hayley foi um golpe quase insuportável, um vazio que Hope nunca conseguiu preencher.
E então, havia Elijah. Seu tio, sempre tão nobre, tão correto. Ele era o equilíbrio na tempestade que era a vida dos Mikaelsons. Elijah tinha sido seu mentor, seu guia moral, o que mais se esforçava para manter a família unida e a salvo.
Essas lembranças eram um fardo pesado para Hope. Elas a lembravam de tudo que havia perdido, de todas as promessas quebradas e dos sonhos que nunca se realizariam. No meio dessa dor, a presença de Josie parecia ao mesmo tempo um conforto e uma ameaça. Hope sentia falta de Josie, de sua amizade, de seu apoio. Mas a ideia de deixar alguém se aproximar novamente a aterrorizava. Ela não podia se permitir ter outro ponto fraco.
Não podia perder mais alguém.
Hope virou-se na cama, tentando afastar esses pensamentos. Ela não podia se dar ao luxo de ser fraca. Não agora. Havia muito em jogo, e deixar Josie entrar novamente significava arriscar mais dor, mais perda. E isso era algo que ela simplesmente não podia suportar.
Com um suspiro profundo, Hope decidiu que precisava se manter firme, mesmo que isso significasse afastar as pessoas que ela amava. A dor de perder alguém próximo era uma ferida que nunca cicatrizava, e ela não podia se permitir abrir essa ferida novamente. Josie precisava entender que a Hope de agora não era a mesma de antes. Ela estava mais endurecida, mais fria, porque era a única maneira de sobreviver.
Ela se encolheu na cama, tentando encontrar algum consolo na escuridão. A madrugada ainda estava longe de acabar, e Hope sabia que a estrada à frente seria longa e solitária. Mas ela estava determinada a seguir em frente, sem deixar que a dor e a perda a destruíssem. Porque no fundo, Hope sabia que essa era a única maneira de honrar a memória de seus pais e de seu tio: ser forte, ser implacável, e não permitir que ninguém a fizesse cair novamente.
♡notas da autora♡
Oiie amigas(os) espero que gostaram.
Capítulo fora do horários e dias, para mimar vocês.
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Eles estão voltando
ФанфикE se hope não desistisse da sua família, e se hope lembrasse da promessa sempre e para sempre, agora hope está destinada a reviver sua família,e terá ajuda da diretora da escola salvatore ,Caroline Forbes.