Conexões Além do Véu - 011

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Kol se levantando-se rapidamente, ele se dirigiu ao quarto de Freya, determinado a contar-lhe sobre a mensagem de Elijah.

Ele encontrou Freya em sua sala de feitiços, cercada por velas e grimórios, sua expressão concentrada em um antigo texto. "Freya, precisamos conversar. Agora," disse Kol, sua voz tremendo de preocupação.

Freya levantou os olhos, surpresa com a intensidade de Kol. "O que houve, Kol?"

"Eu tive um sonho, mas parecia tão real. Elijah estava lá. Ele disse que algo perigoso está acontecendo e que precisamos falar com você. Ele estava desesperado, Freya. Disse que não temos muito tempo."

Freya franziu a testa, tentando processar as palavras de Kol. "Elijah? Em um sonho? Kol, você sabe que isso é impossível. Elijah está morto."

"Eu sei, mas foi diferente. Parecia real. Ele disse que o perigo está se aproximando e que você saberia o que fazer," insistiu Kol, a urgência em sua voz evidente.

Freya suspirou, colocando o grimório de lado. "Kol, eu entendo que você sente falta dele, todos nós sentimos. Mas não podemos nos deixar levar por sonhos. Precisamos de provas concretas."

"Freya, não estou inventando isso! Elijah estava lá, e ele estava tentando nos avisar," respondeu Kol, a frustração crescendo.

"Kol, você está sendo irracional. Elijah está morto e enterrado. Precisamos lidar com o que está acontecendo aqui e agora, não com fantasmas do passado," disse Freya, a paciência se esgotando.

"Você acha que estou louco? Que estou imaginando coisas? Eu sei o que vi e ouvi. Você acha que não tenho noção da realidade?" Kol explodiu, sua voz elevando-se.

"Eu não estou dizendo isso, Kol. Mas precisamos ser racionais. Sonhos não são evidências. Não podemos correr riscos baseados em algo tão vago," respondeu Freya, tentando manter a calma.

"Você sempre tem que ter todas as respostas, não é? Sempre precisa estar no controle. Bem, desta vez, eu vi algo que você não pode explicar. Elijah me pediu para falar com você, e vou cumprir isso, quer você acredite ou não," disse Kol, saindo da sala com raiva.

(...)

Freya ficou parada por um momento, respirando pesadamente. A raiva e a frustração fervilhavam dentro dela. Com um grito de desespero, ela empurrou tudo da mesa, grimórios, velas e frascos caindo no chão com estrondo. Ela odiava ser lembrada da morte de Elijah e Klaus. A dor era ainda mais profunda porque, apesar de todo o seu poder, ela não pôde salvá-los.

"Como pode ser?" Freya murmurou para si mesma, suas mãos tremendo enquanto tentava acalmar sua respiração. "Elijah, Klaus... Vocês se foram. E eu estou aqui, impotente, sem poder trazer vocês de volta. Sempre tentando proteger esta família, mas sempre falhando nos momentos que mais importam."

As memórias voltaram com força. O sorriso contido de Elijah, sua constante sabedoria e calma. Freya se lembrou das noites em que Elijah a confortou, prometendo que tudo ficaria bem. E Klaus, com sua risada sarcástica e ao mesmo tempo protetora. Klaus, que sempre encontrava uma maneira de vencer, não importava o quão terrível fosse a situação.

"Eu deveria ser mais forte," ela sussurrou. "Eu deveria ter encontrado uma maneira..."

Freya se ajoelhou no chão, as lágrimas escorrendo silenciosamente pelo seu rosto. "Klaus, você sempre dizia que não havia problema que não pudesse ser resolvido. E Elijah, você sempre teve um plano. Eu falhei com vocês dois."

(...)

Enquanto limpava as lágrimas, os olhos de Freya caíram sobre um grimório aberto no chão. Algo na página a chamou atenção, brilhando com uma luz tênue que parecia quase sobrenatural.

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