Capítulo 24

7 1 1
                                    

Com os Stuart...

   James deixou Jordan aos cuidados de seus irmãos e foi resolver o assunto com Mary. Assim que ele chegou no galpão, seus homens abaixaram a cabeça como um sinal de respeito à sua autoridade. Ele os ignorou e entrou no galpão, Mary o olhou com expressão de deboche.

- Então, você deve ser Mary, a vaca que apunhalou meu irmão pelas costas. - Disse James.

- E você é o tão temido James Stuart. - Disse Mary, sarcástica.

- Vou perguntar apenas uma vez, quem lhe pagou para atrair o meu irmão?

- Ele está vindo, e quando vier vai acabar com todos vocês, a poderosa dinastia Stuart vai cair.

   James a estapeou, duas vezes.

- Preste bem atenção, sua meretriz, eu vou destruir você e quem quer que seja esse maldito que se atreveu a se meter comigo, entendeu?! - Disse James. - E farei isso bem lentamente.

   James chamou um de seus homens.

- Tranque ela no porão e deixe uma semana sem comida e água. Eu voltarei para acabar com ela.

- Sim, senhor.

  James saiu e foi até sua casa, ele entrou e Polly o recebeu.

- Olá, senhor Stuart. O senhor Martin está em seu escritório o esperando.

- Obrigado, Polly.

  Ele seguiu até o escritório e lá estava Martin, sentado, tranquilamente.

- Quem é vivo sempre aparece. - Disse Martin. - Faz dias que quero falar com você.

- Conseguiu o que pedi?

- Claro que sim. - Disse Martin, entregando uma pasta de documentos a James. - Você nem imagina o que está escrito aí.

- Espero que seja algo que possa ser útil a meu favor.

- E é, acredite.

- Ótimo. Agora, tenho outro serviço para você, quero que investigue toda a vida de Mary Stanley, tem um desgraçado que quer acabar comigo e até agora ela é a única pista que tenho. E você sabe que detesto estar em desvantagem.

- Claro que sei, você sempre consegue fazer com que tudo esteja a seu favor. Já fez isso várias vezes, não é?

- Fique quieto.

- Por que não conta a verdade a seus irmãos?

- Eles já me odeiam, e além disso, meu caro amigo, eu nunca faço nada sem um motivo plausível. - Disse James, enchendo dois copos de whisky.

   James entregou um copo a Martin e eles brindaram.

- James... eu...

- Se vai me dizer que está apaixonado pela minha irmã, não precisa se dar ao trabalho.

- O quê? Como você...?

- Você acha que eu sou idiota? Eu estou sempre dois passos a frente, devia saber disso. - Disse James. - Um conselho de amigo, Martin: Fique longe de Íris se não quiser ficar aleijado. Tenho um grande respeito por você, mas eu posso matá-lo quando eu bem entender, e você sabe do que sou capaz, não é meu amigo?

  Martin assentiu.

- Ah, não sei porque estou me dando o trabalho. Íris o odeia mesmo. - Continuou James. - Agora, anda, sai daqui.

- Claro.

   Martin se retirou e James ficou sentado em sua cadeira, ainda bebendo. Ele pegou a pasta de documentos, abriu e começou a ler.

- Hum, interessante. - Disse ele, com um sorriso sínico.

Rose narrando:

   Acordei pela manhã pensando em como eu encararia Simon depois daquela noite. E se Susan estivesse certa, eu deveria mesmo ouvi-lo?

   Me arrumei e fui em direção a mansão. Assim que passei pela porta dos fundos, dei de cara com James. Mas, o que o senhor sabe tudo faz na área dos funcionários?
   Me fiz de cega e abaixei a cabeça.

- Bom dia, senhorita Marshall. - Disse ele.

- Bom dia, senhor. - Respondi dando às costas para ele.

  " Falando com os funcionários, nossa como ele é humilde. " Sussurrei.

- Falou alguma coisa, senhorita?

- De forma alguma, senhor. Tenha um bom dia. - Disse eu, saindo.

A Máfia de Nova Orleans Onde histórias criam vida. Descubra agora