Capítulo 36

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Rose narrando:

    Eu simplesmente não podia acreditar no que tinha naquela carta. Quando eu ainda estava em choque, James entrou no escritório, ele viu a carta em minhas mãos e se apavorou.

- Rose! Por favor, diga que não leu essa carta! - Disse ele, com as mãos em meus ombros.

- Você mentiu!! Como pôde esconder isso dele?!

- Me escute! Você não pode contar isso a ninguém, por favor!!! - James estava frenético, eu nunca o havia visto assim. - Meus irmãos não podem saber disso!

- Por quê? Eles têm o direito, principalmente Simon!

- Eu escondi para protegê-lo!

  Nesse momento, eu me lembrei do que James já havia falado: " Eu nunca faço nada que não possa me favorecer. " 

   Esse tempo todo, ele estava tentando esconder isso. Esconder que Simon não é um Stuart legítimo.

- Há quanto tempo você sabe disso?!

- Desde que meu pai morreu, ou melhor, desde que eu o matei. - Revelou James.

- Você matou ele! Matou seu pai!

- Eu tive meus motivos! Motivos que eu não posso revelar agora, Rose! Você, melhor do que ninguém, sabe que eu não faço nada sem motivos. - Disse ele, com olhos suplicantes.

- Você vai me contar como descobriu isso.

- Meu pai me revelou antes de morrer, ele havia descoberto pouco tempo antes. Ao que parece, minha mãe teve um caso, eu não a culpo tanto por isso, meu pai não era um exemplo de marido.

- E o que fez você esconder isso?

- O conselho da Máfia, de acordo com as regras, bastardos são proibidos, se eles descobrirem vão matar o Simon sem pensar duas vezes. É por isso que eu estava planejando casar ele com a filha de um dos meus aliados, ele estaria mais seguro.

- Eu vou contar tudo para ele. - Disse eu.

   Eu ia saindo, quando James se colocou diante da porta e segurou meus braços.

- Você não vai fazer isso!

- Você não entende, Simon é muito importante para mim, eu não consigo mais enganá-lo assim!

- Olha só, você vai esconder isso, ou eu vou ser obrigado a matar você, Rose! Acredite, eu sou muito capaz disso!

  Eu o encarei, sim eu sabia perfeitamente que ele era capaz, para alguém que havia matado o próprio pai, acabar com uma garota insignificante como eu não era nada para ele.

- Me solte, por favor! Eu não direi nada, prometo.

   Ele me soltou e me olhou, eu apenas abaixei a cabeça.

- Esse é o melhor, confie em mim.

- Um pouco difícil, não acha?

  Saí sem dar a ele a chance de responder.

   Fui para a cozinha às pressas, passei a tarde trabalhando, quando estava anoitecendo, troquei de roupa e me preparei para ir embora. Passei pela sala de estar e encontrei Simon, fui até ele e o abraçei.

- Quer dar uma volta comigo? - Perguntei.

- Claro, minha rosa.

   Ele pegou minha mão e saímos. Ficamos caminhando pela praça, eu parei e o olhei.

- Eu amo você, Simon.

   Ele me olhou surpreso, sorriu e me beijou.

- Não sabe o quanto eu esperei para ouvir isso. Eu também te amo, minha rosa.

   Ficamos caminhando mais um pouco e ele me levou para casa.

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