Capítulo 49

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Rose narrando:

     Na manhã seguinte, Simon me acordou com vários beijos no rosto, me virei para ele, sorrindo.

- Bom dia! - Disse eu.

- Bom dia, minha rosa. - Respondeu ele. - O que acha de passarmos o dia juntos?

- Tenho que trabalhar, você sabe.

- É hoje que você volta para o cassino? - Perguntou ele.

- Talvez sim, vou falar com a dona Marta.

- Esse é o melhor, acredite. - Disse ele e me beijou. - Fique quietinha aqui que eu vou preparar nosso café da manhã.

- Desde quando você cozinha? - Perguntei, surpresa.

     Simon me olhou e deu um sorriso de lado.

- Sou um homem cheio de talentos escondidos, minha rosa. - Disse ele, saindo.

     Sorri feito uma boba. Fiquei deitada olhando para o teto, pensando no que tinha acontecido, lembranças começaram a me assombrar.

    De repente, lembrei daquela manhã, eu acordando confusa, meu pai me olhando com decepção... Logo comecei a chorar.

    Sentei na cama e coloquei as mãos na cabeça.

- Simon não é Henry, Simon não é Henry... Você vai superar isso, Rosalie, você tem que superar.

    Eu respirava com dificuldade, quanto mais eu tentava esquecer, mais eu lembrava. Eu não queria atrapalhar meu momento com Simon, mas, eu não aguentava mais.

    Fui até o banheiro, me banhei e vesti as mesmas roupas que usava na noite anterior. Me encarei no espelho da penteadeira do quarto, meus cabelos ruivos estavam mais secos e não macios como antes, minha pele estava mais áspera.

- O que eu estou fazendo da minha vida? - Me perguntei. - Você já foi melhor do que isso, Rosalie.

    Depois de me recompor, fui até a cozinha, onde Simon estava pondo a mesa do café.

- Olha só, e não é que o senhor Stuart cozinha mesmo. - Disse eu.

- Eu disse, madame, sou um homem cheio de habilidades. - Disse ele, sorrindo. - Venha, vamos comer.

     Sentei-me com ele e comemos juntos. Depois de uma manhã incrível, fui para casa. Simon iria falar com Polly, para avisar que eu retornaria ao cassino, mas antes, eu precisava falar com dona Marta.

- Bom dia, dona Marta. - Disse eu.

- Bom dia, Rose. - Respondeu ela. - O que a trás aqui?

- Quero meu antigo cargo de volta.

- O quê? Eu achei que estivesse feliz na mansão Stuart.

- Sim, mas, eu pensei melhor e...quero voltar a trabalhar aqui. Gosto desse cassino.

- Se é o que você deseja, tudo bem. Bem vinda de volta. - Disse ela, ainda desconfiada.

- Obrigada, dona Marta. - Disse eu e a abraçei.

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