Capítulo 48

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Com os Stuarts...

     James foi para casa, assim que chegou viu Íris e Jordan sentados esperando ele para almoçar. Ele se sentou, em silêncio, Polly começou a servir o almoço.

- Onde está Simon? - Perguntou Íris. - Ele ainda não voltou.

- Simon é adulto, Íris. Não precisa se preocupar com ele. - Respondeu James.

- Me preocupo por que ele é meu irmão e quero que ele volte para casa! - Disse Íris.

- Eu não vou discutir com você. - Disse James, por fim.

    Íris se calou e cruzou os braços, fazendo careta.

Rose narrando:

    Passei meia hora sentada no sofá, pensando no que fazer. Eu não podia contar a verdade a Simon, não agora, mas, eu precisava, ao menos, tentar falar com ele.

    Para tentar descobrir o endereço do apartamento dele, pedi a Íris que secretamente, me encontrasse em uma cafeteria perto de meu apartamento.

- Olá, Rose. - Disse ela, me cumprimentando.

- Olá, Íris. - Respondi, a abraçando.

- Do que precisa? - Perguntou ela.

- Você sabe o endereço do apartamento de Simon?

- Ele está lá?

- Sim. - Respondi. - Quero falar com ele, explicar algumas coisas.

- Olha, Rose, ele está muito chateado, do nada ele descobre que você tinha um tipo de acordo com James...

- Por favor, Íris, eu preciso falar com ele. Eu amo seu irmão e não queria magoá-lo.

     Íris sorriu e assentiu.

- Tudo bem. - Ela respondeu.

      Íris pegou um guardanapo na mesa e escreveu o endereço.

- Conversem, e, por favor, convença ele a voltar para casa. Diga a ele que sinto falta dele.

      Apenas sorri e assenti. Íris e eu nos abraçamos e ela foi embora. O apartamento de Simon ficava bem no centro da cidade, era um prédio grande, e não é para menos, afinal, ele era um Stuart.

     Fui até o número que Íris havia indicado, e bati na porta. Após alguns minutos, Simon abriu a porta, seus cabelos estavam bagunçados e ele estava sem camisa.

- Oi, Simon.

- Rose? Como chegou até aqui?

- Pedi seu endereço a Íris. Como você está?

     Ele demorou um pouco para responder.

- Estou bem, à medida do possível. - Disse ele. - Entre.

     Ele se afastou da porta e eu entrei. O apartamento era muito lindo por dentro e grande.

- Sente-se. - Disse ele. - Aceita uma taça de vinho?

- Sim.

     Ele foi até a cozinha. Eu ainda o sentia distante, mas iríamos resolver isso. Fui atrás dele, Simon estava de costas colocando o vinho em taças.

- Por que veio aqui, Rose? - Perguntou ele, ainda de costas.

- Sinto sua falta. - Disse eu, o abraçando.

    Ele se virou, me abraçou novamente e disse:

- Também senti a sua. Mas, ainda precisamos conversar.

- Eu sei.

- Venha, vamos para a sala. - Disse ele, pegando minha mão.

    Fomos para sala e sentamos no sofá, Simon me olhou, sério.

- Ainda não entendo o porquê você mentiu para mim.

- Como você descobriu? - Perguntei.

- Depois que nos falamos naquela tarde, eu fui até a sede resolver alguns assuntos, e acabei ouvindo uma conversa de James com um de seus homens, eu iria passar direto, mas, ouvi o seu nome. - Disse ele. - Se você o odeia tanto, porquê fez esse acordo com ele, e o mais importante, por que escondeu isso de mim?

    Suspirei pensando na resposta.

- Eu fiz isso por você.

    Ele me olhou confuso.

- Há algum tempo, Mercier veio atrás de mim, ele me procurou para me usar como espiã em sua casa. Ele me ameaçou, ameaçou matar você, eu não sabia o que fazer, então fui atrás de James, afinal isso era um problema dele. - Disse eu. - Por favor, me perdoe, eu não queria ter mentido, mas, eu tive tanto medo de perder você...

    Simon não respondeu, apenas me abraçou.

- E depois de tudo, você ainda vai trabalhar na mansão? - Perguntou ele.

- Não, vou pedir para voltar ao cassino. Depois do que aconteceu, se eu ver seu irmão na minha frente, sou capaz de matá-lo.

    Simon apenas riu.

- E você vai voltar para casa? - Perguntei.

- Não sei se quero voltar...

- Íris sente muito sua falta.

- Vou pensar nisso.

     Nós ficamos conversando mais um pouco, e bebendo vinho.

- Você é linda, sabia? - Disse ele, me olhando.

    Abaixei a cabeça, com vergonha. Ele pôs a mão em meu queixo, ergueu meu rosto e me beijou. Quando dei por mim, já estávamos deitados no sofá, ainda nos beijando, mas, então parei.

- Eu...eu...

- Ei, tá tudo bem. Se você quiser parar...

- Não, eu não quero... Mas, é que...

- Eu sei. Eu te amo, Rose e como eu te disse, vou curar todas as suas feridas. - Disse ele. - Confia em mim?

- Sim. - Respondi e o beijei.

    Simon me levou para seu quarto e passamos a noite juntos. Aquela foi uma das melhores noites da minha vida.

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