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Quando Kate acordou no outro dia de manhã, a cama se encontrava vazia, sem nenhum sinal de Cinco

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Quando Kate acordou no outro dia de manhã, a cama se encontrava vazia, sem nenhum sinal de Cinco.

Kate se levantou calmamente e trocou de roupa, colocando um grande vestido roxo que combinava perfeitamente com ela.

Enquanto arrumava o cabelo, ouviu um pequeno sino vindo do corredor em direção ao quarto, e a voz de Klaus ecoando.

- Café na mesa, hermana. - Ele diz balançando os sinos.

- Que bom humor é esse, Klaus? - Ela responde rindo.

- Temos que convocar uma pequena reunião de família. - Ele diz sorrindo, estendendo o braço a ela, para que ela entrelaçasse. - Me acompanha?

Como um sim, Kate cruzou seu braço com o do irmão, para que descessem até a sala.

Quando chegou na cozinha, Kate encontrou Cinco bebendo uma xícara de café.

- Pulou da cama hoje. - Ela diz, pegando uma bolsa de sangue no freezer, e espetando um canudo.

- Não sabia que bebia isso. - Ele diz a ela.

- Tenho que beber uma vez a cada duas semanas, se não fico fraca. Você está melhor?

- Sim, na verdade, meu machucado sumiu misteriosamente. - Ele lhe da um sorriso irônico, sentando na mesa. - Obrigado.

- Não há de que. Mas da próxima vez,  não me deixe sozinha na cama.

- Desculpe. - Ele diz bebendo um gole do café, mas sua careta após entregava que o gosto não era o melhor. - Caramba, quem eu tenho que matar para arranjar um café decente?

Kate se sentou ao lado de Cinco, sentindo a mão dele percorrer sua coxa.

- Dá para começar, por favor? - Luther resmunga.

- Alguém ai viu os outros? Cadê Diego? Alisson? Não? Tá bom, então isso é o mais próximo de um quorum que a gente vai conseguir ter aqui, né? Prestem atenção, não tem jeito fácil de dizer isso então vou falar logo. - Ele diz dando uma pausa.

- Klaus!

- Ontem à noite, eu falei com o papai.

Um silêncio ensurdecedor tomou conta do local.

- Achei que tinha dito que não consegui invocar ninguém há anos. - Kate diz.

- Pois é, eu sei, mas eu tô sóbrio. Tã-dã! Eu fiquei puro, ontem, pra poder falar com alguém especial e acabei tendo... essa conversa com nosso querido pai em pessoa.

- Algum de vocês tem aspirina?

- Ali em cima, do lado do biscoito.

- Ô, ô, ô, é sério isso, gente. Isso aconteceu de verdade, eu juro pra vocês.

- Tá, tá legal, eu vou brincar. O que o velho tinha pra dizer? - Cinco diz lhe dando um sorriso irônico.

- Ele me deu aquele sermão de sempre, sobre minha aparência, sobre meus fracassos na vida etc e tal, até ai nada de novo, nem a vida no além conseguiu amaciar o coração de pedra do papai. Mas ele falou uma coisa sobre o assassinato dele ou sobre o não assassinato, porque.. o papai se suicidou. - Klaus diz por fim.

- Não tenho tempo para suas brincadeiras - Luther se levanta, um tanto irritado por ouvir as baboseiras.

- Não, tô falando a verdade.

- Por que ele fez isso?

- Ele falou que era o único jeito da gente voltar para casa.

- Não, o papai não ia se matar assim.

- Você mesmo disse que ele estava deprimido. Trancado no escritório, no quarto, o dia inteiro.

- Não tinha nenhum sinal. Pessoas suicidas apresentam certas tendências, comportamentos estranhos.

- Tipo mandar alguém pra Lua sem motivo?

- Juro por Deus, se estiver mentindo..

- Não tô. Não tô, não.

- O Sr. Klaus está correto. - Uma voz ressurge atrás dos irmãos, fazendo se virarem. - Lamentavelmente, ajudei o Sr. Hargreeves a executar o plano dele.

- O quê? Pogo? - Kate diz em choque.

- Assim como a Grace. Foi uma decisão difícil para nós dois. Mais difícil do que poderiam imaginar. Antes da morte do pai de vocês, o sistema da Grace foi ajustado para que ela fosse incapaz de aplicar os primeiros-socorros naquela fatídica noite.

- Que velho maluco.. - Cinco resmunga

- Então, aquelas imagens de segurança?

- Serviam para fomentar o mistério do assassinato. Seu pai achava que, tendo vocês aqui, investigando isso juntos... reacenderia o desejo de serem uma equipe de novo.

- E pra que?

- Para salvarem o mundo, é claro.

- Ah, tá.

- Primeiro a missão na Lua e agora isso... Você me viu atrás de respostas e não me disse nada.

- Esquece essa merda de missão, Luther. - Kate diz alterada. - Ninguém liga e nosso pai está morto, já era.

- Quer compartilhar mais alguma coisa, Pogo? Mais algum desses segredos?

- Calma, Luther.

- Não, não vou me acalmar! Fomos enganados pela única pessoa na família em quem nós confiávamos.

- Foi o último desejo do seu pai, Sr. Luther. Eu não tive escolha.

- Sempre há uma escolha. - Luther diz, antes de passar visivelmente chateado por Pogo.

Quando percebeu que Pogo estava tão mal quanto o irmão, Kate resolveu ir atrás dele.

- Não liga pra ele, Pogo. - Kate diz de forma amigável. - Ele não sabe um terço de como é estar no lugar de todos nós, principalmente no seu. Eu entendo que você não teve escolha.

- Obrigada, Senhorita Kate. - Pogo agradece. - Sabe, de todos os seus irmãos, sempre considerei que você fosse a mais doce de todos. Acho que o livro de sua irmã expressa bem isso. - Pogo diz, fazendo Kate rir fraco.

- Pogo, eu posso lhe contar uma coisa que eu nunca contei

- É claro, senhorita.

- Meu nome não é Kate, Pogo, é Katerina. Eu me apresentei como Kate por que era o apelido que minha irmã me chamava quando éramos pequenas.

- É um nome definitivamente bonito para ser escondido, Katerina. Tenho certeza de que suas irmã estaria muito orgulhosa da mulher no qual você se tornou, tal como seu nome, pura.

- Eu nunca soube o que houve com ela naquela noite. Eu coloquei ela dentro de um armário e quando procurei mais tarde, não estava em lugar algum.

- Eu sinto muito pela sua perda.

- Não sinta, Pogo. - Ela diz sorrindo, atraindo um olhar curioso do mesmo. - Eu finalmente tive uma família de novo, mas dessa vez, a que tanto sonhei quando era pequena. - Ela diz sorrindo consigo mesma.

- Não parecia muito feliz quando chegou aqui, de fato vejo sua evolução.

- Eu não estava, na verdade. - Ela diz a ele. - Havia um mês que eu não conseguia dar nenhum sorriso, para ninguém, e também não me sentia pertencida a lugar algum. Quando cheguei aqui, soube que um dia, teria um lugar para voltar depois de tanto tempo, e teria motivos para sorrir para alguém.

- E foi para, suponho, o número Cinco? - Ele diz rindo, arrancando uma boa risada da garota ao seu lado.

- Bom, se ele não tivesse aparecido com um gibi no meu quarto no mesmo dia, eu tenho certeza de que não seria.

- Vocês formam um casal realmente bonito, Senhorita Hargreeves. Mas devo lhe perguntar, a senhorita tem um sobrenome além dessa família.

- Pitts. Katerina Pitts. - Ela diz antes de ir embora, o olhando por cima do ombro. - Mas honestamente, Hargreeves sempre combinou muito mais. - Ela termina sua fala, saindo do local.

𝐼 𝐿𝑜𝑜𝑘 𝐴𝑓𝑡𝑒𝑟 𝑌𝑜𝑢. • 𝐹𝑖𝑣𝑒 𝐻𝑎𝑟𝑔𝑟𝑒𝑒𝑣𝑒𝑠. (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora