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Naquela manhã, Kate se levantou de onde estava, entrando no banho assim que pôde

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Naquela manhã, Kate se levantou de onde estava, entrando no banho assim que pôde.

A água caia sobre seu corpo, cobrindo-a por completo. Ela gostava dessa sensação, a sensação de estar limpa.

Kate gostava de demorar ao banho, fazia ela relaxar para resolver os novos problemas, e ainda mais com os que tinham.

Quando achou que era hora de sair, a garota pegou um vestido amarelo no armário, vestindo-a. Cinco ainda continuava apagado na cama, deixando uma cena fofa.

Ela penteou levemente seus fios cacheados, colocando-os para trás. A garota calçou uma boa e velha sandália que sempre usava, realçando seu vestido.

Kate saiu de seu quarto para procurar o resto dos irmãos, que se reuniam a pequenas poltronas.

- Bom dia, família! - Ela diz animada.

- Alguém acordou de bom humor. - Lila zomba.

- Para a sua informação, irmãzinha, eu estou sim. Mas, não é o seu mau humor que vai me abalar.

- Então para de falar e senta com a gente. - Lila diz a irmã, dando leves batidinhas no lugar vago ao seu lado.

Kate se dirigiu animadamente até a poltrona, se encaixando sobre os braços da irmã, que a entrelaçou ele sobre seu ombro.

- Fala logo o que aconteceu pra esse bom humor. - Lila sussurra para a irmã.

- Depois nós conversamos, irmãzinha. - Ela lhe dá uma piscadela.

Cinco e Reginald chegavam a sala juntos, atraindo os olhares e palmas dos irmãos.

- Cinco! Meu herói!

- Olha ele aí!

- Ê! Ai!

- Arrasou no discurso ontem, Cinco!

- Você me fez chorar, eu sou muito molenga.

- Gostei da parte que você disse que somos uma família unida pelo destino e pelo amor.

- Tá bom. Chega! Era o Álcool falando. À luz do dia, todos vocês são deploráveis. - Cinco passa pela namorada, pegando sua mão e levando ela para a poltrona no qual ia se sentar, colocando a garota sobre seu colo.

- Ei! - Lila chama sua atenção.

- E o dia de vocês está prestes a piorar. Os noruegueses tinham sete adormecidos. Os Blackfoot, sete estrelas. Quando crianças, ouvi a lenda dos sete sinos. Todas essas histórias são iguais. A vila está ameaçada por uma enchente, pelo fogo, pela noite que nunca termina. Um xamã leva os discípulos para uma caverna sagrada. Ele conta que, se puderem tocar os sete sinos mágicos, a vila será salva e que tudo vai voltar a ser exatamente como era.

- Reggie. - Lila chama.

- Hum?

- A gente pode falar menos dos irmãos Grimm e mais do que isso tem a ver com a gente?

- Existe uma verdade nesses mitos. Nenhum de vocês podem negar oque está acontecendo ao nosso redor. Toda a existência será destruída no fim do dia. Mas quem ou o que tinha juntado o espaço e o tempo deixou um jeito de ajeitar as coisas se o universo um dia encarasse a aniquilação total. Existe um portal no universo. Eu construi esse hotel ao redor dele. E do outro lado está a resposta.

- E você quer que a gente faça o quê? Dê um pulo lá, toque uns sinos e resolva essa zona?

- Fora o sarcasmo, você está quase certo. Menos pelo guardião.

- Guardião? - Kate pergunta.

- Que tipo de guardião?

- O tipo de guardião que faz isso. - Diego mostra sua mão. - Ele tinha uma espada.

- É uma força a ser temida.

- Viu? É. Foi aí que eu desisti.

- Foi aí que desistiu? Eu desisti na parte da caverna sagrada.

- Por que os construtores dessa "porta dos fundos" precisam de um guardião?

- Pra protege-los de pessoas que queiram usá-los para fins malignos.

- Isso mesmo, Sloane.

- Então vai precisar da gente para derrotar a coisa que tá protegendo os sinos.

- Tá acreditando nesse negócio? - Cinco pergunta.

- Que tolice. - A cacheada completa.

- Por que um guardião e sinos são mais loucos que maletas que viajam no tempo e assassinos com máscaras de desenho animado?

- Na verdade, agora ela te pegou.

- Eu topo. - Ben diz ao lado do pai.

- Eu também. - Diego exclama, se levantando do sofá e deixando Lila cair para trás.

- Ai!

- Mas alguns de nós deveriam ficar aqui.

- Tipo a Lila.

- É... Ou você pode ficar, e eu vou.

- Não. - Alisson discorda. - Isso é muito maior que todos nós. Ninguém pode ficar pra trás.

- Vocês, meus filhos, são tudo que há entre nós e o Oblivion. Estamos prontos pra ir?

- Eu tô dentro. - Kate concorda, batendo na mão de Diego que estava levantada para ela dar um pequeno toque.

- Tá maluca? - Cinco agarra a mão da garota.

- A gente devia votar.

- Isso não é uma democracia. É o papai que manda.

- Eu tô com o Viktor. Vamos votar. - Cinco concorda.

- O mundo está acabando e querem contar votos?

- Tá pedindo pra gente arriscar nossas vidas. É justo que dê tempo para discutirmos. Em particular. - Luther pede.

Reginald olhou de um lado para outro, torcendo para que alguém protestasse, mas apenas deu de ombros para seus filhos.

- Por que não nos encontramos aqui daqui uma hora?

- Concordo.

Cinco arrastou Kate na primeira oportunidade que teve, levando ela para longe, aparentemente irritado.

- O que é isso?

- Eu quem te pergunto. Você não vai.

- É claro que vou, Cinco.

- Não, não vai.

- Eu vou. E você não decide por mim. Quando me escolheu como sua namorada, sabia que eu era tão lutadora quanto você. E eu sou imortal, não é algo que precise realmente se preocupar. - Ela dá de ombros, seguindo para um dos cômodos do hotel.

- Katerina. - Ele chama, fazendo-a arrepiar. Cinco nunca a chamou pelo seu verdadeiro nome. - Você é a minha mulher, sempre vou estar preocupado com você.

- Eu sei, mas não vai me perder tão cedo. Você sabe que não teria ninguém para te atormentar tanto quanto eu.

- Eu sei. Mas eu já perdi demais pro apocalipse.

- Mas não a mim, Cinco. Sempre vou estar aqui. - Ela sorri para ele. - Não temo ao apocalipse, querido. Se for para morrer ao seu lado, ou até mesmo lutando, farei com todo o prazer.

- Não suporto a idéia de você morrer.

Em resposta, Kate apenas afundou o garoto em um longo abraço, esperando que isso o reconfortasse de alguma forma.

𝐼 𝐿𝑜𝑜𝑘 𝐴𝑓𝑡𝑒𝑟 𝑌𝑜𝑢. • 𝐹𝑖𝑣𝑒 𝐻𝑎𝑟𝑔𝑟𝑒𝑒𝑣𝑒𝑠. (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora