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Lá estavam eles, rastejando em busca de seu pai como fizeram toda sua infância. Kate odiava isso, a forma de como eram dependentes de Reginald.

Para ela, pedir ajuda a seu pai era pura fraqueza, e ela não era fraca. Pelo menos, tentava não ser.

Era uma grande casa branca, típica de Reginald. Era sua cara, para falar a verdade. Kate sempre o imaginou em uma mansão branca.

- A gente vai mesmo fazer isso? - Luther questiona.

- É. A gente vai sim.

- Não me forçem a choramingar aos pés de Reginad de novo. - A Pitts choraminga.

- Espera ai. Você faltou às reuniões de família, não liga para ninguém e nunca manda nada no grupo da família.

- Sim, e ele tem ótimos motivos. - Kate zomba.

- E, mesmo assim, você está aqui, disposto a ver o papai? Por que isso agora?

- Eu tô preso, tá bom? Eu tô preso em uma discussão infinita com ele na minha cabeça. E eu acho que... Acho que o único jeito de seguir com a vida é finalmente dizer pra ele o que eu acho. Me entende?

- Sim.

- Eu só quero lembrar ao grupo que, da última vez que você disse o que pensa pro papai, ele te matou. - Relembra Alisson.

- Eu aposto que isso não vai acontecer de novo, né? Olha, a gente provavelmente nem vai conseguir entrar.

- Se a civilidade não funcionar, espalho o cérebro deles na parede.

- Ou eu posso fazer um lanchinho. - Kate sorri irônica. - Vambora.

Eles de aproximaram em passos rápidos da casa, cercada por guardas trajados e armados.

Kate só conseguia pensar que teria de fato que fazer um lanche se não conseguissem entrar, e não seria das melhores cenas.

E quando chegaram a porta, não foi diferente do que pensava, já que foram imediatamente recebida por um homem de óculos escuros.

- Posso ajudar?

- Pode. Corre lá para dentro e diz pro Reggie que nós vamos entrar, ele querendo ou não.

O homem tirou seus óculos com um sorriso convincente, o guardando em seu bolso.

- Senhorita Hargreeves. Bem-vinda. Estávamos esperando vocês. Luther, Viktor, Katerina - Kate odiava que a chamassem assim. - Vou acompanhar vocês até lá dentro. Por aqui.

- O que tá acontecendo aqui?

- É melhor que não seja mais uma emboscada da filhinha do papai. Falou pra ele que a gente vinha?

- Não. Eu não falo com ele há cinco anos.

Alisson deu de ombros para os irmãos com o rosto sereno, estava tranquila apesar da situação no qual se encontravam.

Por dentro, a casa era ainda mais chique do que Kate havia imaginado, e maior de fato.

O som de violino foi ouvido quase imediatamente quando adentraram a casa, soava exatamente como na infância, onde Viktor treinava.

Uma linda mulher de vestes branca o tocava, cabelos loiros que batiam ao meio de suas costas. Era boa, muito boa.

Mas ela parou de tocar assim que se aproximaram, bufando fundo e tirando o violino de seus ombros, virando-se.

- Que prazer finalmente colocar rostos nos nomes. - Ela sorri, deixando seu violino sob a mesa. - Você deve ser a Alisson. Eu ouvi muito falar sobre você.

𝐼 𝐿𝑜𝑜𝑘 𝐴𝑓𝑡𝑒𝑟 𝑌𝑜𝑢. • 𝐹𝑖𝑣𝑒 𝐻𝑎𝑟𝑔𝑟𝑒𝑒𝑣𝑒𝑠. (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora