04. Αναγκαστική προσγείωση σε ατυχήματα

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𝐏𝐎𝐕. 𝐌𝐞𝐝𝐮𝐬𝐚 𝐊𝐨𝐮𝐫𝐢𝐬

"um pouso forçado em acidentes"

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"um pouso forçado em acidentes"




Pisquei meus olhos para me ajustar com a luz do ambiente, então percebi que estava encarando um teto cinza. Pelo cheiro algo me indicava que eu estava, talvez, em uma enfermaria — o cheiro de remédios e ataduras me trouxe nostalgia. Eu me sentei na cama mas rapidamente coloquei uma mão em minha cabeça, vi brilhos pretos dançarem em meus olhos e senti ataduras enroladas em minha cabeça.

Minha memória logo voltou, então me lembrei de todos os acontecimentos recentes. A viagem para a floresta, a fuga do Minotauro, e a morte da minha mãe.

Eu simplesmente não conseguia acreditar que aquilo era real... Não parecia, nada parecia. Eu sentia que poderia ver minha mãe entrar pela porta a qualquer momento, me avisando que mais um dia de aula começava e puxando minhas cobertas. Minha garganta se fechou com um nó, mas eu afastei as lágrimas para primeiro descobrir onde eu estava.

Com uma ventania fresca me invadindo, me lembrei rapidamente da bizarrice que aconteceu comigo enquanto eu enfrentava o Minotauro. Olhei para as minhas costas pela primeira vez na luz, então percebi que minha teoria estava certa: eu tinha asas.

Eu toquei suas penas com cuidado, sentindo meu próprio toque como se tocasse meu braço. Suas penas eram macias, mas suas pontas eram afiadas como facas. Percebi seu formato se assemelhar a asas de um morcego, mas ao mesmo tempo ser uma mistura com asas de pássaro. Na linha dos ombros, onde a asa fazia uma curva para baixo, havia algo pontudo que parecia ter a consistência de um chifre, e apenas por roçar meu dedo em sua ponta eu fiz um furo.

Tirei as cobertas de meu corpo e me levantei, percebendo que eu vestia apenas uma camiseta preta com o símbolo de uma banda e um short jeans — alguém havia mexido nas roupas da minha mochila e me trocado, já que as roupas com que vim estariam molhadas, cheias de lama e pedaços de grama.

Quando me pus de pé, minhas asas roçaram o chão frio e senti todos os pelos de meu corpo se arrepiarem — inclusive as penas de minhas asas. Elas balançaram e bateram em minhas costas, enviando uma brisa fresca por todo o meu corpo e balançando as cortinas do quarto em que eu estava. Ao olhar para a cômoda ao lado de minha cama, notei um copo d'água, um comprimido e meus aparelhos auditivos, que rapidamente coloquei.

Aumentei seu som até conseguir escutar pássaros cantando do lado de fora, então peguei o comprimido e o tomei com a água — percebendo que estava com sede só após beber toda a água. Assim que coloquei o copo de volta na cômoda, a porta do quarto se abriu e eu me virei.

Uma garota da mesma altura que eu entrou, ela vestia jeans e uma camiseta laranja com os dizeres "acampamento meio-sangue" e um cavalo alado no meio. Seus olhos eram escuros, assim como seu cabelo trançado, sua pele cor de café se tornou destaque a luz do sol que entrava pela janela e tive medo de seu olhar sobre mim. Ela se aproximou devagar, como se estivesse se aproximando de uma fera selvagem, e disse:

Medusa ⸺ Percy JacksonOnde histórias criam vida. Descubra agora