Medusa é uma semideusa diferente, condenada a suportar o peso de uma maldição a qual ela não tem culpa. Sua vida roda em um ritmo diferente, mas vira de cabeça para baixo com a notícia de sua descendência divina.
Em sua busca pela identidade, Medusa...
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"o túnel do terror"
Quando chegamos no parque de diversões já era noite. O local estava mal iluminado mas com luzes coloridas em neon piscantes, era um lugar enorme onde a entrada fora rodeada com luzinhas amarelas. Meus passos soavam apreensivos e o barulho de minhas asas se arrastando era irritante, mas tive de enfiar em minha cabeça que eu estava fazendo aquilo por Annabeth e Grover presos com Ares.
Percy e eu não trocamos uma palavra durante o percurso inteiro, apenas compartilhamos suspiros e pensamentos inquietos.
A entrada do parque era nomeada com Aqualândia. Um letreiro apagado e quase imperceptível na noite escura, logo acima estava escrito "Seja bem-vindo". Não senti a menor vontade de entrar.
Percy e eu olhamos um para o outro compartilhando o mesmo pensamento: totalmente igual a um filme de terror. Ficamos parados na entrada hesitantes, o farfalhar de minhas asas enviando arrepios para meu corpo, então começamos a andar.
A catraca parecia uma arma maligna dos Jogos Mortais, por isso deixei Percy ir na frente. Ele começou a girar a catraca, mas um arquejo surpreso meu o fez parar. Logo acima de sua cabeça haviam rodas giratórias afiadas pronto para corta-lo em pedaços, um mecanismo bem feito para matar qualquer um que desse mais um passo.
— Que porra é essa?! - exclamou Percy, fazendo meu cérebro correr com pensamentos aflitos.
Droga, se eu não fizesse algo logo Percy poderia ser acertado com uma daquelas cerras giratórias, ou pior: ele mesmo poderia dar um passo em falso e morrer na minha frente. O garoto olhou para trás hesitante, encontrando meu olhar aflito e apreensivo.
— Calma - disse o loiro, intercalando o olhar entre mim e a máquina acima de sua cabeça. — Respira fundo. Isso... Isso só pode ser uma armadilha. M-Mas está tudo bem! - ele logo se apressou a dizer a ver meus olhos se arregalarem.
Não estava tudo bem, e Percy sabia disso. O que ele estava fazendo?
— Cassie, respira fundo. Não vamos ter outro ataque agora, vamos?
Ele havia percebido minha respiração rápida e mãos suadas, assim como minhas asas levantadas prontas para um voo. Eu fechei os olhos, respirei fundo como ele pediu e tentei me concentrar em ajuda-lo a sair dali.
Observei as engrenagens se movendo, como a cerra giratória — além de assustadora — parecia suspensa ao ar mas não ameaçando a cair. As engrenagens pareciam apenas ir para a frente e para trás, e não para baixo. Aquilo me deu uma ideia.
Assobiei para chamar a atenção de Percy, então fiz sinal para ele avançar.
