Capítulo 6

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O romance de Elisa é Heitor foi um susto para o pai da garota, que até então, não percebera o quanto a filha havia crescido, a pouco tempo era uma criança peralta que corria pela casa com sua boneca nas mãos. Ele, que era um homem bruto, surpreendeu a todos quando recebeu de bom grado o genro, conhecia o garoto desde a tenra idade, quando os pais do rapaz se mudara para o mesmo bairro da família.
O rapaz passara a trabalhar com o sogro algumas vezes na semana, quando o rapaz dava apoio às terras de Seu Oliveira, o maior fazendeiro da região. Como já era idoso, contratara Antônio, pai de Elisa como meeiro, ou seja, Antônio cuidaria de parte das plantações como se fossem suas, obtendo uma porcentagem do lucro do que foi produzido.
Heitor desde a adolescência fora dar suporte aos meeiros da fazenda seja nos cuidados com as plantações ou com os animais. O garoto sempre trabalhador e prestativo, logo tornou-se apreciado por seu, agora, sogro. O que facilitou o apoio no relacionamento futuro com Elisa.
O relacionamento era intenso, Heitor estava apaixonado e morria de ciúmes da garota, que por sua vez, era conhecida por todos no bairro,  então, toda vez que saiam juntos, o primeiro rapaz que a cumprimentasse, se tornava motivo de briga.
Sempre que tinha uma festa na cidade, Luiza e Elisa se arrumavam para irem juntas, eram inseparáveis. Heitor sentia ciúmes até da própria irmã, e não gostava que a garota saísse sem ele.
Ela relevava os ciúmes do namorado,  achava até fofo. Se sentia amada e desejada por seu amado namorado. Fazia questão de sair com ele segurando em sua cintura ou nos bolsos de seus jeans.
Todos os dias quando saía da escola, ao final da tarde, estava lá Heitor, em sua caminhonete velha, esperando a garota o encontrar. Eles então rodavam pela pequena cidade enquanto Elisa lhe passava o relatório do seu dia. O rapaz se sentia sortudo por ter uma namorada tão incrível, era como se vivesse um sonho.
Assim foram se passando os meses, até que completaram o segundo ano de namoro. A comemoração foi um lindo jantar que o jovem preparou. E lá foram eles, em sua caminhonete até a beira de uma linda cachoeira que ficava aos arredores do sítio do avô da garota. Um lindo piquenique com direito a cesta, flores e uma manta xadrez no chão. Era um lindo entardecer de cor alaranjado,  o que deixava ainda mais romântico o ambiente.
Heitor propõe então a sua amada uma prova de amor, o rapaz não suportava mais a espera, tanto tempo almejando o corpo de sua amada, esperando com que ela estivesse preparada.
E ela, hesitante, ainda não se sentia preparada para um passo tão grande. Só de pensar lhe dava borboletas no estômago,  não aquelas boas, de quando dera o primeiro beijo, ou quando se viu apaixonada, mas aquelas que causam um certo arrepio. Seu medo era do que aconteceria depois, tivera medo pois aprendeu com seus pais que o ato só deveria ser feito após o casamento. Havia o medo de ser castigada, de Heitor não se casar com ela e tudo isso fazia com que a garota se esquivasse por todo esse tempo.
Heitor não entendia as motivações de sua namorada. Para ele, se os dois se amavam, nada mais importava, eles precisavam selar o seu amor, e aquele era o melhor momento para isso.
Tanto insistiu Heitor, que Elisa cedeu. Suas súplicas pedindo uma prova do amor da menina a fizeram aceitar toda aquela situação.  E ali, naquela pequena cachoeira, iluminada,agora, com a luz do luar, Elisa se entrega ao seu amado, lhe dando o que havia de mais precioso, sua virgindade.

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