𝐴 𝐴𝑙𝑚𝑎 𝐷𝑜 𝐷𝑒𝑚𝑜𝑛𝑖𝑜 {𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐨}

꧁🐧✭ C̼a̼p̼ít̼u̼l̼o̼. 43✭🐧꧂

"O que?" Perguntei a Luke enquanto minha cabeça girava devido ao choque.

"Seu pai sacrificou você para trocar vidas com a de sua mãe porque ele a amava demais para deixá-la ir e usou a magia proibida para recuperá-la. Antes de você se transformar em uma alma demoníaca, esta era sua família, Lillian," ele disse pegando o livro de minha mão e virando duas páginas para me mostrar uma foto. Era uma foto da família do homem que Luke disse ser meu pai e minha boca ficou seca quando me vi nela, com o cabelo trançado. Havia um menino mais novo na foto que estava parado ao meu lado com um largo sorriso no rosto: "Esse era seu irmão... vocês eram muito próximos. Ele era um pirralho."

"Ele está vivo?" Perguntei a Luke e ele balançou a cabeça. "Você disse que meu pai praticava magia proibida, então minha família era descendente do clã das bruxas?" Perguntei enquanto perguntas surgiam em minha mente.

"Não, ele não é e sua família não era parente da família de uma bruxa", foi sua resposta curta enquanto fechava o livro e o jogava no sofá. Ele então continuou: "Foi um longo dia e precisamos visitar diferentes dimensões mais tarde ao meio-dia, então vamos dormir um pouco, Lillian", disse ele.

"Dimensões diferentes?" Eu perguntei a ele com as sobrancelhas franzidas.

"Primeiro visitaremos o reino das bruxas para perguntar a Elvis sobre suas visões, ao mesmo tempo você poderá conhecer seus pais que estão lá. E depois iremos para a dimensão onde residem os humanos", explicou. Balancei a cabeça quando senti um bocejo passar pelos meus lábios.

Quando voltamos para o quarto, eu estava com medo de dormir sozinha, Luke tinha ficado, mesmo sem sono. Eu tinha puxado as cobertas até o nariz enquanto dormia, enquanto Luke estava sentado na cadeira em frente à lareira, lendo um livro. Ao meio-dia, Luke e eu fomos para Presaxil, o reino das bruxas. Como era um dia ensolarado e brilhante, diferente da jornada que fiz antes de entrar no reino dos vampiros, não havia mestiços à vista. Luke tinha carregado as armas com prata e ela estava nos acompanhando sentada no banco de trás.

Um problema se acalmaria e outro surgiria. Primeiro Ace queria me matar e agora meu pai da minha vida anterior era assustador. A vida era uma droga, com letras maiúsculas enormes, pensei.

"Você está bem?" Eu ouvi Luke me perguntar.

"Mais ou menos", respondi a ele.

Seus olhos estavam na estrada quando me virei para olhar para ele. Ele vestia uma jaqueta preta e mascava um chiclete de menta. Às vezes era difícil acreditar que Luke era o verdadeiro herdeiro do trono dos vampiros, quero dizer, eu não tinha visto ou ouvido um rei mascando chiclete ouvindo uma música dos anos noventa, mas era de Luke que estávamos falando.

"Eu sei que sou bonito e tudo o que posso fazer é ficar olhando apaixonadamente para mim", ele disse, seus lábios se curvando em um sorriso. "Mas se você continuar fazendo isso, posso pensar que está fazendo furos em mim."

"Por que você não assumiu o trono antes?" Eu o questionei.

"Minhas mãos estavam ocupadas quando meu querido pai quis passar seu reinado e coroa para mim. Eu não estava em posição de assumir a responsabilidade e Canrart era a escolha mais adequada quando comparado a mim naquele momento", disse ele enquanto seus dedos afinaram a música.

"O que você quis dizer quando disse que não estava na posição?" Eu perguntei a ele e ele aumentou o volume da música me fazendo estremecer.

"Opa", ele disse diminuindo o volume, "eu não estava com humor", ele brincou e eu não insisti no assunto depois disso.

"Luke, posso te perguntar uma coisa?"

"Qualquer coisa, querido", ele respondeu.

"Conte-me a história antes de me tornar uma alma demoníaca? Lembro-me de ter visto o nome Knight em algum lugar do livro esta manhã. Eu perguntei a ele e vi suas feições suavizarem.

"Sim, eu fiz", ele respondeu com um sorriso que não parecia travesso ou maldoso, mas um sorriso genuíno que era tênue em seus lábios, "Sua família vivia no reino dos demônios, seus pais não eram ricos, mas também não eram pobres. Seu irmão e você eram os únicos filhos que eles tinham. Você era cinco anos mais velho que seu irmão, Kayden."

"Qual era o meu nome?" Eu perguntei a ele curiosamente.

"Foi estranho como sua mãe lhe deu o mesmo nome, Lillian." Ele disse me fazendo levantar as sobrancelhas para ele. Meu nome era Lillian na minha vida passada também? Eu vi os portões da mansão das bruxas abertos sozinhos, para nos deixar entrar.

"E?"

"E o próximo episódio vai ao ar quando voltarmos da dimensão humana", foi sua resposta ao parar o carro em frente à mansão.

Quando entramos, Luke e eu fomos recebidos por Elvis no caminho para o salão. Fui encontrar meus pais que estavam na sala do primeiro andar enquanto Luke e Elvis foram conversar sobre algo. Assim que cheguei no quarto e abri a porta, vi minha mãe que estava acordada conversando com meu pai.

"Lília!" minha mãe exclamou surpresa ao me ver. Meu palpite é que Luke não os informou que eu estava vindo. Fui até onde ela estava e a abracei fechando os olhos. Ela estava viva graças a Elvis e aos seus poderes.

"Achei que tínhamos perdido você." Sussurrei e ela riu enquanto acariciava meu cabelo.

"Estou bem, querido", ela disse se afastando para beijar minha testa, "Estou feliz que você esteja bem. Elvis garantiu que eu não saísse da cama e descansasse o suficiente."

"Isso é porque você precisa descansar", meu pai interrompeu e viu minha mãe revirar os olhos para ele.

"Sim, certo", ela respondeu.

Mais tarde, meu pai foi conversar com Elvis e Luke, dando a mim e a mamãe algum tempo a sós. Ela me perguntou sobre a escola e se a família de Luke estava me tratando bem. Notei as olheiras ao redor de seus olhos enquanto conversávamos, seu corpo ainda estava em processo de recuperação.

"Ouvi de Elvis que você ia se casar com Luke", ela disse olhando para mim com um olhar preocupado, "Você quer mais tempo, Lilly?"

"Não importa, mãe. Vou acabar como esposa dele, então por que não acabar com isso?" Dei a ela um meio sorriso.

"Sinto muito, querido, você teve que descobrir dessa maneira", a mãe se desculpou, "Ele é a pessoa certa para você, amor. Quando digo isso, não quero dizer em termos de alma gêmea, porque não vivemos em um mundo como tal e precisamos encontrá-lo por nós mesmos."

"Como você pode dizer que ele é o único então?" Eu questionei e vi seu olhar para a parede à sua frente.

"Não existem almas gêmeas perfeitas, mas existe algo chamado destino. Vocês dois estão destinados a isso", ela então colocou a palma da mão na minha bochecha e falou suavemente para mim, "Lilly, minha adorável e amável filha. A vida não é fácil e especialmente a sua com tantas coisas acontecendo, eu entendo que é difícil confiar nas pessoas ao seu redor quando todos querem sua alma, mas há pessoas em quem seu coração vai querer confiar. Não tenha medo de dar um passo à frente por causa de suas experiências passadas, e lembre-se de que seu pai e eu sempre estaremos lá quando você precisar de nós."

Sorri sentindo meus olhos lacrimejarem com o que ela disse e olhei para baixo, piscando para que as lágrimas secassem, "Vou me lembrar disso, mãe", respondi: "Você sabia que estou freqüentando uma escola local que tem vampiros nele?" Perguntei a ela mudando de assunto. O resto do tempo passamos conversando um com o outro.