𝐴 𝐴𝑙𝑚𝑎 𝐷𝑜 𝐷𝑒𝑚𝑜𝑛𝑖𝑜 {𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐨}

꧁🐧✭ C̼a̼p̼ít̼u̼l̼o̼. 79✭🐧꧂

Luke ficou em frente ao caixão aberto onde o corpo de Lillian agora descansava pacificamente em seu quarto.

Era um ritual para limpar o corpo e costurar todas as feridas abertas antes de enterrar o cadáver, e Luke assumiu a responsabilidade de fazer isso em vez de qualquer empregada doméstica.

Ele a lavou enquanto removia as evidências de manchas de sangue ou sujeira nela. Então ele desembaraçou o cabelo dela e o escovou cuidadosamente com cuidado. Uma vez feito isso, ele a colocou em um vestido vermelho. Ela parecia pálida como um fantasma deitada no caixão, mas para Luke ela era linda, mesmo depois que a morte a levou embora.

Assim que ele a colocou no caixão, ele foi puxar o travesseiro enquanto se sentava na cama para encontrar apenas um pedaço de papel que estava embaixo dele. Quando sua mão alcançou o papel, uma batida foi ouvida e ele se virou para caminhar em direção à porta para abri-la.

"Está na hora, Luke," Canrart o informou suavemente, "Você está bem com a localização?" ele perguntou a Luke, ao que ele acenou com a cabeça.

"Sim. Está tudo bem se é lá que a alma dela encontrará paz", respondeu Luke olhando para os servos que estavam na porta prontos para carregar o caixão para fora. Ele olhou para o pedaço de papel em sua mão, "Por que vocês não vão na frente? Tenho algo para fazer e estarei logo atrás de vocês", disse ele, fazendo Canrart franzir a testa, mas seu irmão não comentou sobre isso.

"Tudo bem, sairemos em cinco minutos. Vejo você no reino dos demônios, irmão", Canrart disse saindo da sala enquanto os servos entravam para pegar o caixão.

Anteriormente, foi dito que o corpo de Lillian seria enterrado no reino dos vampiros, mas depois foi decidido que era melhor enterrá-la no reino dos demônios, pois essa era sua verdadeira origem. Eles esperavam pela vida após a morte de Lillian e colocá-la de volta na terra em que nasceu, com sorte, lhe traria paz.

Enquanto o caixão era carregado na traseira do caminhão, todos ficaram ali olhando para ele, familiares, amigos e pessoas do Reino dos Vampiros. O clima que pairava no reino era sombrio e não ajudou o fato de as nuvens escuras terem aparecido.

Quando a família e os amigos de Lillian saíram com o caixão, Luke voltou para seu quarto e sentou-se na cama, inclinando-se para trás enquanto fechava os olhos. Segundos se passaram antes que ele reabrisse os olhos com olhos esmeralda brilhantes.

"Merol", ele disse o nome da criatura escura.

"Sim, mestre Lucian", respondeu instantaneamente a criatura escura que agora estava escondida perto de sua porta.

A criatura escura tinha aparecido há poucos minutos antes do corpo ser levado para longe do castelo. Ela tinha vindo para dar suas últimas lembranças à esposa do jovem mestre.

"Tenho uma tarefa para você e ela precisa ser feita imediatamente", Luke ordenou à criatura, que ouviu atentamente enquanto ele falava.

Assim que Luke terminou de dar ordens a Merol, ele saiu do castelo e foi sozinho em direção à floresta escura e profunda. Um raio atingiu o chão, longe de onde ele estava, e nuvens rugiram com o som estrondoso.

Alcançando uma casca de árvore velha, alta e larga que tinha trepadeiras correndo por ela. Colocando a mão sobre ela, ele murmurou uma maldição sob sua respiração enquanto a árvore o deixava passar.

"Lar doce lar", disse Luke secamente para si mesmo enquanto abria os olhos esmeralda, bebendo e saboreando o ambiente em que se encontrava no momento.

Os enormes pilares tinham fogo queimando nas tigelas que segurava no topo, emitindo luz e enchendo-se com o som fraco de estalo. Não importa o quanto ele negasse, era ali que ele realmente pertencia, mas ele nunca admitiria isso para seu pai. O silêncio mortal acalmou seus ouvidos enquanto ele passava pelos pilares para encontrar o homem que era dono deste lugar. As grandes portas que estavam fechadas antes de ele chegar se abriram para ele entrar e ver seu pai sentado no trono e sorvendo sangue vagarosamente de seu copo de cristal.

Os olhos do Deus do Inferno brilharam de orgulho quando seus olhos pousaram sobre seu lindo e perigoso filho.

De um lado, Lucian Knight tinha ido visitar seu pai no Inferno e do outro lado da vida, no reino demoníaco, a família de Lillian estava no cemitério enquanto o caixão era baixado no caminhão.

"Onde está Luke?", o pai de Lillian perguntou à família do Cavaleiro.

"No caminho, eu acredito. Ele disse que estaria aqui em breve", respondeu Canrart enquanto verificava seu telefone e o pai de Lillian acenou com a cabeça em resposta.

"Vamos começar com os rituais?" O jovem padre perguntou parado em frente ao túmulo vazio. "O tempo para começar já começou e se atrasar, teremos que esperar mais cinco dias para enviar sua alma em paz", ele explicou segurando o livro preto em suas mãos.

"Você pode começar com o ritual", respondeu o pai de Lillian suavemente.

Gwen, Rick, Sam e Marc também estiveram presentes para assistir ao funeral de seu melhor amigo. Elvis salvou com sucesso a vida de Marc graças ao sangue mestiço correndo em suas veias. Mas quando uma vida foi salva, outra foi perdida.

"Coloquem o caixão aqui", ordenou o padre aos guardas, gesticulando com a mão em direção ao solo enterrado. Os guardas carregaram o caixão até onde o padre estava e o colocaram no solo que estava enterrado para ele, "Abram o selo, por favor", disse ele enquanto abria o livro e virava as páginas, preparando-se para ler.

Quando o padre moveu o olhar para o caixão, sua expressão ficou pálida, enquanto a família e os amigos de Luke e Lillian deram um olhar questionável enquanto se afastavam do caixão.

"Qual é o problema, padre Maprin?", perguntou Elvis enquanto o padre e os guardas olhavam para o caixão.

Julie, que estava ao lado de sua irmã gêmea, correu em direção ao caixão para ver o que estava acontecendo. Quando ela chegou lá, ela soltou uma risadinha: "Tio Canrart, não há nada aqui."

Elvis andou para ver se era verdade e quando olhou para dentro fechou os olhos e beliscou a ponta do nariz. Então se virou para Canrart e perguntou:

"Você tem alguma ideia de para onde o corpo foi?"

"Hmm... acho que posso," foi a resposta do vampiro e um sorriso apareceu em seu rosto. Era possível que seu irmão tivesse levado o corpo de Lillian com ele e se a sorte estivesse do lado deles, trazer Lillian de volta dos mortos seria fácil.