Perdidamente - Parte II

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O dia já amanhecia e os primeiros raios de sol adentravam pela fresta da cortina do quarto de Carol. O lençol de sua cama bagunçado denunciava um sono não muito tranquilo.

Ela se remexia com fraqueza embaixo de seu cobertor que a cobria até a cintura, deixando à mostra seus seios nus. Sua mão esquerda apertava o lençol com força suficiente para rasgá-lo, enquanto a outra mão pousava sobre seu sexo molhado fazendo movimentos circulares.

— Oh... Hmm... — seus gemidos abafados ecoavam pelo quarto.

Seus olhos mantinham-se fechados. Seu corpo suado e trêmulo se movia cada vez mais rápido, o que a fez acordar surpresa e no mesmo instante se contorcer num orgasmo voluptuoso a fazendo estremecer.

— Oh...  — soltou um último suspiro aproveitando-se da sensação relaxante.

Mas o momento durou pouco, até ela se dar conta do que havia feito.

— Não pode ser! — pôs as duas mãos sobre o rosto — Eu não estava... Não, foi só um sonho. Nada demais...

Pegou seu celular sobre a mesa de cabeceira desbloqueando a tela para olhar as horas. Eram 05h23min da manhã.

— Droga! — sussurrou exasperada.

Virou-se para o lado tentando dormir o tempo que ainda lhe restava, mas não conseguiu tirar as imagens do sonho da cabeça.

— Eu não acredito que eu fiz isso. — lamentou-se mais uma vez.

Sentou-se na cama segurando a coberta sobre seu corpo e pegou o celular novamente.

— Eu não vou conseguir dormir. Preciso desabafar com alguém. — disse enquanto discava para um nome conhecido.

— Eu espero que você esteja entre a vida e a morte pra tá me ligando uma hora dessas, Carolina! — a voz rouca e mal humorada de Adriana soou do outro lado da linha.

— Baby, oi. Bom dia, tudo bem? — Carol dizia sem jeito.

— Bicha, eu não acredito que me ligou a essa hora pra dar bom dia?! Fala logo o que aconteceu que eu tô com sono e sem paciência.

— Que mau humor! Eu só queria te perguntar uma coisa...

— Humm... — Adriana continuava impaciente.

— É... Você, bom...

— Desembucha de uma vez mulher!

— Adriana, você costuma se tocar enquanto dorme?

— O que? Que pergunta é essa uma hora dessas da manhã?

— Só me responde!

— Você quer saber se eu me masturbo dormindo? Sim, quase todas as noites. Bem, não estou exatamente dormindo, mas quando acordo já estou lá...

— Humm... Sei.

— Por que a pergunta?

— É que... — Carol não sabia como dizer aquilo — É que há umas noites atrás eu tava tendo um sonho e acordei meio, assim... você sabe.

— Acho que sei.

— E hoje, agora a pouco, eu tava tendo outro sonho e aí eu acordei me tocando e quando vi já tava gozando.

— E daí?

— E daí que isso não costuma acontecer comigo.

— Aff, por favor, Carol! Você fala como se fosse alguma virgem.

—Não é isso. É que... Nunca foi tão intenso assim, sabe. Parecia real.

— E você tava sonhando com o que? Ou melhor dizendo, com quem?

My Boss | NAROLOnde histórias criam vida. Descubra agora