My Boss | NAROL

Perdidamente - Parte I

Adriana estava esperando do outro lado do banheiro quando Natália passou por ela como um raio. Ela arregalou os olhos se dando conta de que ela e Carol estiveram no local juntas.

— Ai Meu Deus, o que será que houve ali dentro?! — disse a si mesmo andando rapidamente em direção ao banheiro.
  
Adriana não teve tempo de chegar na porta, quando Carol saiu do banheiro da mesma forma que Natália, passando por ela apressadamente.

— CAROL! — Adriana gritou e correu atrás da amiga — Carol, o que aconteceu? - Alcançou-a segurando em seu braço.

— Adriana, vamos embora. Eu não estou me sentindo bem.

— Baby, calma! O que houve lá dentro? Eu vi quando a Natália saiu de lá às pressas também. Ela falou algo com você? Ela fez algo a você? Me fala, porque se aquela vaca te fez algo eu vou lá agora dar na cara dela!

— Adriana, só vamos embora daqui. Por favor?!

— Ta ok, tudo bem. Vou chamar um táxi.

[...]

Natália estava sentada no bar da boate. Virou a quinta dose de tequila pura e logo pediu mais.

— Outra, por favor. — disse ao barman.

— Hey... Você não acha que já bebeu demais por hoje?

Lauana sentou-se no banco ao seu lado. O show havia acabado há 15 minutos, agora a música rolava do som ambiente.

— Lauana Prado a DJ mais maravilhosa que eu conheço. — Natália disse sorrindo de cabeça baixa, com os olhos fixados no balcão à sua frente.

O barman colocou a dose de tequila em frente à Natália, que ameaçou pegar o copo, mas foi surpreendida por Lauana.

— Eu acho que pra você já chega. — disse pegando a tequila com mais rapidez e tomando em seguida — Você já está quente o suficiente.

Natália não protestou e sorriu para ela.

— Mas me diz, você está realmente se esquentando pra mim ou é só dor de cotovelo?

— Eu não sei do que você está falando. — Natália deu um sorriso de canto para ela.

— Bom, porque a menos que tenha levado um chifre, o que acredito que não seja o seu caso, quem bebe desse jeito, largada no bar com essa cara de depressiva, só pode estar sofrendo de amor. — Lauana disse com humor.

Natália sorriu e levantou-se.

— Eu desconheço todos esses tipos de porre que você me citou. Exceto o primeiro, que a partir de agora pode ser o meu caso.

— Ótimo! Eu vou me fazer de desentendida e fingir que acredito em você. — Lauana disse se pondo em frente à Natália — Afinal, não é todo dia que temos a chance de ir parar na cama de Natália Cardoso, não é mesmo?! — sussurrou para ela.

As duas se entreolhavam sorrindo maliciosamente.

— Então, por favor, me acompanhe até minha casa, Senhorita Prado — Natália segurou a mão de Lauana e saiu a puxando consigo.

[...]

— Pronto, já estamos em casa, agora desembucha criatura.

Adriana acompanhou Carolina até em casa, percebeu que ela estava alterada e levemente abalada e preferiu não deixar a amiga sozinha.

— Eu não tenho nada para falar. — Carol estava sentada no sofá da sala, desajeitada, retirando os sapatos.

— Ah, não?! – Adriana sentou-se ao seu lado – Por favor, Carol, você esteve no banheiro com a Natália por minutos, de repente vocês duas saem totalmente abaladas e você vai me dizer que não tem nada para falar?!