— Obrigada por me receber. — a mulher disse assim que adentrou a casa da morena.— O que essa mulher tá fazendo aqui, filha? — Esther questionou irritada.
— Vejo que meu nome já virou história por aqui.
— Fala logo o que você quer e não abusa da minha paciência, Lauana! — Carol soltou raivosa passando pela DJ.
— Eu vim em paz. Não vim aqui com a intenção de causar nenhuma situação desconfortável.
— Acho difícil você se superar... — Carolina disse estendendo a mão, sinalizando para que ela se sentasse no sofá.
Lauana respirou fundo e sentou-se no sofá ao lado de onde a loira mais jovem já estava acomodada.
— Eu vou deixar vocês a sós. — Esther disse a contragosto — Não vou me dar ao trabalho de lhe oferecer nada porque eu não sou obrigada e creio que a sua visita será rápida não é? — encarou a mulher com um sorriso forçado nos lábios.
— Eu estou bem, obrigada. — Lauana sorriu sem graça.
— Ótimo. Estou aqui na cozinha caso precise de mim, filha. — disse saindo — Estarei aqui cortando alguns legumes com uma faca bem afiada! — a senhora disse dando mais uma olhada antes de ir para o outro cômodo.
— E então? — Carol fez sinal para que Lauana prosseguisse.
— Bem, eu não sei por onde começar. — a Dj apertou os dedos. Parecia nervosa.
— Comece explicando por que você agarrou a minha... — fez uma pausa se corrigindo — A Natália daquela forma?
— Eu fiz de propósito. A Natália não teve culpa de nada.
— Obviamente. Você não iria até o trabalho dela com a intenção de agarrá-la simplesmente porque sentiu saudades.
— Não precisa se alterar. — sorriu irônica.
— Eu já disse pra você não abusar da minha paciência, Lauana. Eu já fui educada demais recebendo você aqui.
— Ok... — disse em rendição — Eu vim para explicar o que aconteceu. Não para causar mais confusões.
- Bem, como eu disse, eu planejei tudo aquilo. Eu vim de uma turnê pela Europa com a intenção de abrir uma casa de shows aqui no Rio. Eu cansei de rodar o mundo sem ter lugar fixo em lugar algum. Cansei de viver rodeada de pessoas vazias, cansei de me sentir vazia.
— Eu não estou interessada na história da sua vida. Se quiser alguém pra desabafar procure uma psicóloga. Seja breve por gentileza antes que a minha paciência vá parar na sua cara.
A mulher suspirou e assentiu.
— Eu conheço a Natália há muitos anos. Desde a sua adolescência. Nós já viajamos por esse mundo juntas até ela largar essa vida e se tornar uma mulher responsável. Nós já vivemos muita coisa juntas. — sorriu nostálgica. — O fato é que eu sempre amei a Natália. Sempre fui apaixonada por ela desde que a conheci. Eu largaria tudo e me casaria com ela a qualquer momento se ela quisesse.
- O problema é que ela nunca se prendeu a ninguém. Nunca foi de uma só. E eu sempre respeitei isso. Nós tínhamos uma espécie de amizade colorida, sabe? — seus olhos marejados deixavam claro o quanto aquele assunto mexia com ela. — Sempre ficávamos juntas quando nos víamos, mas nunca passou disso. Eu não a culpo, ela nunca me deu esperanças de viver um relacionamento com ela.
- Ela nunca se abriu assim para ninguém. Até você chegar na vida dela. Eu conheço a Natália há quase dez anos e eu nunca a vi assim por ninguém. Você conseguiu o que metade das mulheres que já passaram pela vida dela tentaram e não conseguiram. Conquistar o seu coração.
VOCÊ ESTÁ LENDO
My Boss | NAROL
FanficDona de uma das maiores empresas do Rio de Janeiro, Natália Cardoso se vê perdidamente apaixonada por sua secretária e advogada Ana Carolina Soffredini. O começo de uma loucura sem fim. 𝐀𝐝𝐚𝐩𝐭𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐞 𝐍𝐚𝐭𝐚́𝐥𝐢𝐚 & 𝐂𝐚𝐫𝐨𝐥 𝘊𝘳𝘦́�...