Ela não sentia seu coração bater. Não conseguia respirar. Parecia que o sangue havia parado de correr por suas veias. Não piscava e nem se movia. Apenas estava ali, parada, tentando não acreditar no que acabou de ver. Naquela cena absurda que se desenrolava logo a sua frente.
— Carol! — Natália quase gritou num susto enquanto se afastava de Lauana.
— Você... — Carol tentava encontrar as palavras — Você só pode estar brincando comigo, não é? O que é isso aqui???
Seus olhos já ardiam em brasa e o acúmulo de lágrimas não demoraria a cair. Ela estava sentindo uma mistura de emoções correndo por sua cabeça em poucos segundos.
— Não, Carol. — a mais velha se aproximou rapidamente — Escuta, eu sei que o que você viu, essa cena... — tentava miseravelmente se explicar — Não foi nada disso.
— Eu não... — Carol abaixou a cabeça sentindo as lágrimas escorrerem pelo seu rosto lentamente.
— Não, não, não! — Natália sussurrou chorosa — Entra, vamos conversar.
Carolina entrou e foi em direção à sua mesa.
Começou arrumar suas coisas rapidamente, deixando uma bagunça por onde suas mãos trêmulas passavam. Derrubou documentos e arquivos que ficaram espalhados pelo chão.
— O que você está fazendo?
— Eu não tenho nada pra falar com você, Natália. — disse tentando segurar o choro.
— Ops! Eu... Atrapalhei alguma coisa aqui? — Lauana questionou totalmente dissimulada com as mãos na cintura.
— Lauana, vai embora. — a morena disse sem tirar os olhos de Carol um segundo sequer.
— Mas nós ainda não acertamos os detalhes do negócio, Nat. E eu queria passar mais um tempo ao seu lado. — a mulher sorria com o cantos dos lábios falsamente em direção a secretária.
— Lauana, saia da minha frente agora antes que eu perca a cabeça com você! — Natália vociferou contra o rosto da mulher com uma expressão furiosa.
— Tudo bem. — disse em rendição — Mais tarde eu te ligo pra gente se acertar. Vou estar esperando. — disse saindo calmamente piscando e encarando a advogada juntando os seus pertences.
— Vai pro inferno! — Natália gritou e bateu a porta do escritório com força assim que Lauana saiu.
Carolina estava sentada em sua cadeira com as mãos sobre o rosto. Tentava em vão limpar as lágrimas que rolavam sem parar por sua face.
Já não conseguia mais prender o choro que estava acumulado há tempo demais para ela conseguir se manter firme.
— Carol, me escuta. — Natália foi até ela e abaixou-se ao seu lado — Por favor, olha pra mim? Vamos conversar.
— Eu já disse que não tenho nada pra conversar com você, Natália. — dizia com a voz embargada — Eu já tive o suficiente por hoje.
— Carol, por favor...
Natália sentia seu peito se apertar contra o seu coração. As lágrimas já caíam incessantemente de seus olhos castanho escuros. A mais velha estava trêmula enquanto seguia ao lado de sua assistente.
— Não, Natália. Não! Tenha um pouco de dignidade e não tenta explicar o que não tem explicação.
— Tem sim, Carol! Deixa eu me explicar, por favor?!
— Não! — a morena voltou-se para ela — Não, Natália. Me poupe mais essa dor, por favor.
Natália se ajoelhou à frente de Carolina que a encarava com o rosto lavado em lágrimas.
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My Boss | NAROL
FanfictionDona de uma das maiores empresas do Rio de Janeiro, Natália Cardoso se vê perdidamente apaixonada por sua secretária e advogada Ana Carolina Soffredini. O começo de uma loucura sem fim. 𝐀𝐝𝐚𝐩𝐭𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐞 𝐍𝐚𝐭𝐚́𝐥𝐢𝐚 & 𝐂𝐚𝐫𝐨𝐥 𝘊𝘳𝘦́�...