Capítulo 01

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Tomé Gomes

Viver numa mansão de sonho, ter tudo que quero, viagens, presentes caros, a melhor comida, tudo uma vida de luxo.

A maioria das pessoas ficariam super felizes por ter essa vida porém eu detesto e pior ainda é ter que conviver com o maldito homem que me proporciona tudo isso.

E cá estou eu, mais uma vez discutindo com o responsável por esta vida infernal que tenho.

— Você é tão ingrato! — escuto o meu avô reclamar com todos os santos dias desde que ficamos presos nele maldito inferno que ele chama de casa.

— Ingrato? Estou nessa maldita casa para salvar o teu maldito pescoço e eu sou o ingrato? — disse tentando manter a minha voz a mais calma possível.

O meu corpo inteiro gelou em puro medo ao sentir os feromônios dele . Estou preso a ele durante dois inteiros mas não consigo me acostumar a esse monstro que chamo de marido.

— Tens uma vida maravilhosa, a melhor comida, roupa e tudo que o dinheiro pode comprar. O que mais queres para ser feliz? — não consigo esconder a repulsa quando sinto o seu braço envolver a minha cintura.

— Estar o mais longe possível de vocês os dois é tudo que preciso para ser feliz — o meu avô balançou a cabeça sorrateiramente. Eu sabia que iria pagar pelas minhas palavras mas sinceramente, não me importava com mais nada.

— Irei procurar alguma coisa para fazer. Aproveitem! — os seus feromônios causaram medo no meu avô, ele podia ser marcado e idoso entretanto nada o protegia da fúria de um alfa.

O homem pelo qual estou sofrendo acabou de me abandonar a minha própria sorte. Fechei os olhos, a espera do primeiro golpe que não demorou a atingir o meu rosto.

— Pensei que tivesse te ensinado a respeitar o seu marido — levei a mão a minha bochecha dolorida porém não desvio-me nem por um segundo o seu olhar intimidador.

Encaro firmemente as pérolas negras me olhando fixamente, o seu maxilar trincado mostrava a sua raiva. A sua mão tatuado ainda estava estendida no alto pronta para me desferir outro golpe.

São horas como essas que odeio tanto o pai da minha mãe naquela cama de hospital, totalmente inconsciente e indefesa, sem esse desgraçado ela estaria morta.

— Prefiro morrer a chamar um escroto como você de marido — veio outro tapa. Protegi o meu rosto com os meus braços.

A sua mão tocou o meu rosto e ele estava furioso, eu nunca mostrei amor ou mesmo interesse por ele e Leonel sabe disso por isso tenta se importar a mim.


— O que está… me solta! — como todas as vezes, eu apanhei durante o resto daquela noite. Quando ele terminou, o meu corpo todo doía.

— Pare, sr. Carter! Ele pode ser um homem mas é um omega e não é tão forte como nós — agradeci a Kayla, a única pessoa que não me odeia dentro dessa maldita casa.

Ele sempre me batia na frente de todos os empregados dele e nenhum era corajoso o suficiente para me ajudar e eu preferia assim. O último que tentou me ajudar acabou sendo morto por Leonel entretanto por alguma razão, ele escuta aquela mulher ruiva.

Sem dizer uma palavra, ele saiu da sala de estar. Soltei a respiração que segurava quando o seu cheiro abandonou as minhas narinas.

A Kayla me ajudou a fazer um banho que para o meu azar durou mais do que devia.

Breaking ChainsOnde histórias criam vida. Descubra agora