Capítulo 08

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Hyun Jung

Ser um alfa controlado nunca foi tão difícil para mim como está sendo agora e estou no meu limite.

Assim que entrei no meu quarto, corri imediatamente para a casa de banho onde removi a minha ereção dentro das calças.

Estava escorrendo a pré-gozo, estou tão duro que chega a doer. A visão do corpo lascivo que ele mostra para me provocar propositadamente está acabando comigo.

O meu pau tremeu ao me imaginar sendo acolhido pelo seu lindo corpo.

Porque não aceitou a oferta? — o meu lobo rosnou indignado porque não aceitei tocar no meu próprio ómega mesmo ele estando pronto e entregue bem na minha frente.


Deslizo a mão para cima e para baixo enquanto imagino as minhas mãos apertando aquela cintura fina que ele tem, a sua bunda redonda, as pernas que faz questão de mostrar para me provocar e aqueles mamilos escuros sob a roupa branca que deixaram salivando.

— Sabes que não posso tocá-lo enquanto estiver casado — respondi com um leve veneno na minha voz. O maldito do Leonel segura, toca e beija aquele que Luna destinou para mim e isso deixaria qualquer alfa louco de raiva, até eu.

As minhas presas saíram para fora quando senti o cheiro intoxicante invadir cada poro do meu corpo, fervendo de desejo reprimido de marcar ele como meu.

O Tomé sabe que consigo sentir os seus feromônios por causa da nossa ligação e por ser um alfa lúpus consigo sentir o dobro da sua essência, isso só piora as coisas para mim.

Só de pensar em ter as minhas presas afundando naquele lindo pescoço que ele tem enquanto preencho o seu interior com a minha semente e ele gemendo para mim me fez gozar na hora.

Eu não sei quanto a você mas eu não sei se consigo ver o meu ómega nos braços de outro por muito mais tempo e o cio dele está se aproximando — Wol, o meu lobo não conseguiu esconder o seu mais puro instinto de possessividade.

Os meus sentidos apurados gritam esperançoso por poder sentir o calor da sua pele contra a minha.

— O marido dele é perigoso, Wol. Precisamos de um plano para tirá-lo daqui e manter ele e a Minseo seguros. Eu também quero o mesmo que você mas ser imprudente não vai ajudar — digo limpando a pequena sujeira que acabei de fazer.


Tudo seria mais fácil se você me deixasse tomar o controle — Wol não gostava de ser controlado por mim mas eu o conheço.

— Você mataria o Leonel — ele resmungou insatisfeito com a minha declaração. O meu lobo é muito agressivo quando se trata de pessoas que são importantes para mim e sendo original não teria problemas em matar aquele lixo mas não posso me dar ao luxo de causar mais problemas para o Tomé.


Fiz um banho frio na esperança de acalmar este calor que invade cada célula do meu corpo.

Amanhã estarei de folga então posso aproveitar e conhecer mais esta ilha maravilhosa mas preciso de um lugar para espairecer por isso coloquei o meu pijama.

Abri a janela para melhor contemplar o luar brilhando majestoso no céu azul coberto pelas estrelas, uma coisa que não via há tempos. Viver em metrópoles é óptimo entretanto não se compara a essa beleza natural que está ilha tem.

Saí do meu quarto que ficava do outro lado de onde Tomé ficava com o seu marido, por isso não corria o risco de ver e nenhum dos dois.

Encontro aquela mulher ruiva esperando por mim bem na entrada do meu quarto, eu teria me assustado se não tivesse sentido os seus feromônios.

— Oi? Quer vir malhar comigo? — ela perguntou com uma toalha branca envolta do pescoço. Sem motivos para recusar eu aceitei e talvez eu precise extravasar em alguma coisa.

Continuo seguindo caminho que ela indicava. Essa mansão é impregnada com o cheiro repugnante daquele verme. Era como se o Leonel dissesse que tudo pertencia a ele incluindo o meu ómega e isso somente causou mais raiva em mim.

— Tem saco de areia? — Kayla mostrou um sorriso fraco ao escutar a minha pergunta.

— Tem mas não acho que vestido assim seja aproveitável — o meu corpo inteiro arrepiou quando reconheci aquele timbre de voz grossa e finjo não estar surpreso com a sua presença assim que entro no ginásio.

Engoli seco ao contemplar tecido fino cobria as suas coxas grossas, a sua pele suada brilhante me fez lembrar do momento vergonhoso que tive a pouco.

— Boa noite, senhor — ele revirou os olhos castanhos voltando às costas largas para mim. Aquela cintura estreita e bunda seriam a minha perdição mas tenho que me controlar.

— O que está esperando, seu alfa estúpido? — fiquei confuso com o comentário dele por isso fintei a Kayla que encolheu os ombros antes de sair, nos deixando a sós.

Tomé parou o que estava fazendo e caminhou majestoso até parar na minha frente, ergo a cabeça para poder encontrar os olhos castanhos que me encantam.

— Porque não me tocou? E nem me venha com aquele conversa de respeitar os meus limites, alfas como você não sabem o que é isso — questionou me causando ainda mais confusão.

As suas palavras doeram mais em mim pois eu sei que ele não consegue confiar em alfas iguais a mim por causa de experiências desagradáveis que teve e tem com o seu marido.

— O seu marido está em casa então acho melhor voltar para o seu quarto e descansar, amanhã temos um dia cheio — respondi o mais indiferente que consigo, entretanto os seus olhos marejados fizeram eu me arrepender amargamente.


— Então significa que para ti não faz diferença saber que o seu ómega sofre e passa noites nos braços de outro? — naquele momento eu quis gritar que detestava vê-lo com outro homem, sendo magoado e maltratado por quem deveria cuidar dele.

E eu quis responder mas ver a câmera escondida na parede do ginásio me fez recuar e quando a porta foi aberta revelando o meu chefe, eu temi pelo meu ómega.

Mata-o! — Wol, rosnou na minha cabeça enquanto observava Leonel se aproximar do meu ómega que manteve o queixo erguido.

— O que eu disse sobre estar na cama antes das dez? Os seus pais não ensinaram como tratar o seu marido? — resmungou enquanto Tomé se manteve quieto somente olhando para o homem tatuado com tanto desprezo que senti orgulho.


— Ainda estou dolorido por causa de ontem — respondeu, a sua voz mansa mas carregada de ódio, o que não agradou Leonel pois desferiu uma bofetada no rosto delicado dele.


— Eu sou o seu marido e vai me satisfazer onde e quando eu quiser, é para isso que eu casei! — eu quis intervir mas Kayla segurou o meu ombro quando percebeu que eu tremia de fúria.



— Te odeio com todas as minhas forças, Leonel, te odeio. E eu nunca teria me casado contigo se não fosse pela minha mãe então me poupe — os feromônios de Leonel poderiam ser inofensivos para mim mas não eram para o Tomé e percebi que o incomodavam pelas caretas que fazia e o seu corpo trêmulo.

Ele foi tirando o cinto, provavelmente a arma que usaria para espancar o meu ómega, não consegui ficar quieto.

— O seu esposo só está um pouco cansado. Porque não deixam essa conversa para amanhã e vêem no que dá? — a minha voz saiu firme mas eu estava morrendo de nervosismo por dentro, não queria ver o meu ómega sofrendo novamente.

— Kayla! — grito quando a ruiva literalmente me arrastou para fora daquele desgraçado e o som do cinto batendo contra a sua carne invadiu a minha mente.

— Merda! Porque você fez isso? — esmurrar a parede foi a única forma que encontrei para não voltar lá e matar aquele desgraçado.

— Eu sei perfeitamente como te sentes mas não podemos nos dar ao luxo de perder a calma e tu sabes exactamente o que aconteceria se revidasse — sem resposta eu saí dali antes que perdesse a calma e voltasse para lá.


Tenho que fazer o meu melhor para libertar o meu ómega dos braços daquela verme, nem que custe a minha vida.

Breaking ChainsOnde histórias criam vida. Descubra agora