Capítulo 06

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Hyun Jung

Passam dias desde que vi o meu próprio ómega sofrendo nas mãos de outro alfa.

Porque o destino foi tão cruel connosco?

Ele é tão lindo, tão forte mas tão delicado que tenho que engolir os meus desejos egoístas de tê-lo nos meus braços.

Ainda lembro da desconfiança daqueles lindos olhos castanhos que ele tem.

O meu ser ferve de ódio só de lembrar do homem que maltrata o meu ómega, eu poderia facilmente imobilizar o Leonel mas não posso fazer nada.

Preciso tirá-lo daquela mansão mas como eu farei isso se ele detesta respirar o mesmo ar que eu?

— Terra para Jung hyung — escutei a minha irmã estalar os dedos na frente dos meus olhos.

Encaro a comida no meu prato sem vontade alguma de comer, a minha mãe ficaria louca se estivesse viva e me visse agora.

— Está assim por causa do seu ómega? Qual é o nome dele mesmo? Tomé, não é? — a minha irmã perguntou animada e eu acento.

— Sim. As coisas andam complicadas entre nós mas eu prometo que vou levar você para conhecê-lo assim que nos acertamos — eu não contei para ela que ele é casado e que sofre nas mãos de Leonel.

Depois da ameaça directa que recebi do meu chefe, eu percebi que a minha irmã estaria em perigo se eu contasse por isso mantive tudo para mim.

Passei quase a noite toda em claro, esperando ansiosamente para o dia que irei oficialmente viver naquela mansão.

É arriscado mas prefiro ficar perto do meu ómega do que viver e ficar me torturando com ideias.

No dia seguinte, eu saí bem cedo, antes mesmo da Minseo acordar eu estava ansioso para ver ele mesmo que seja de longe.

Ele não quer faz dias e sinto que vou enlouquecer toda vez que o marido o toca na minha frente, o meu lobo ferve de ciúmes e saber que o sentimento não é mútuo piora tudo.

Franzi a testa quando vi o monte de homens armados guardando o portão e porta principal da mansão. O Carter não é um homem pequeno e deve ser bem poderoso para ter tanta protecção em casa.

— O senhor Carter está esperando por você no escritório — Kayla disse receosa, estranhei a sua atitude mas preferi não questionar.

Os minutos s que levei subindo as escadas e seguindo o caminho para o bendito escritório dele pareciam horas e tudo piorou quando o cheiro doce invadiu o meu olfacto.

Congelei assim que escutei os gemidos altos vindo do outro lado da porta de madeira.

— Não faça nenhuma estupidez — disse o segurança quando girou a maçaneta para que pudesse entrar e passei directo por ele sem me importar com o seu “conselho”.

O lugar era tão grande que parecia uma sala de estar disfarçada de escritório, olhei para a mesa sem ver ninguém porém me arrependi logo que os meus olhos encontraram o sofá.

Leonel mostrou um sorriso desafiador quando notou a minha presença mas a minha atenção estava longe dele.

Tomé tentava recuperar o fôlego, escorado no sofá totalmente nu e com o cheiro a sexo preenchendo o ar. As suas coxas estavam cobertas de sémen, os seus olhos desviaram dos meus quando os encontrei e ele não pareceu se importar em estar despido na minha frente.

Sem pensar duas vezes tirei o meu casaco e cobri a sua nudez ignorando o meu chefe.

— Pontual como esperado! — Leonel falou fechando o zíper das suas calças sem dar a mínima importância a nudez do seu próprio esposo e ómega. Que ser humano faz isso com o parceiro?

Breaking ChainsOnde histórias criam vida. Descubra agora