Capítulo 7

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Jacob Miller


Não acredito que ela realmente quebrou minha câmera. Todos olhavam fixos para mim naquele momento. Eu conseguia ouvir palavras de baixo calão sobre ela. Sempre odiei ser o filhinho do diretor. Eu realmente não sabia o que fazer naquele momento. Parei durante um tempo olhando para a câmera no chão e, logo, a chutei na parede com toda a força que eu tinha. A câmera se partiu em pedaços. Então, fui atrás da pobre órfãzinha.

Andei durante um bom tempo procurando por ela e, finalmente, a vi. Lá estava ela, se despedindo de Ketln no pátio natural da faculdade. Ela saiu andando até um lugar mais afastado e começou a passar a mão em um colar que estava em seu pescoço. Respirou fundo e sentou-se em um banco de madeira antigo que estava ali. Eu cheguei bem perto dela; ela sabia que alguém estava ali. Eu sabia que ela sentia a tensão; em sua testa escorriam gotinhas de suor, e ela olhava para todos os lados.


-Quem está aí?
- Sua voz estava trêmula.

-Apareça agora!
-A pobre órfãzinha tentava disfarçar o medo; ela sabia que era eu.

- Eu mandei aparecer!

Após ela ditar essas palavras, apareci de frente para ela, agarrando seu pescoço com uma das minhas mãos. Minhas veias estavam pulsando de tanta força que eu colocava.

- Achou mesmo, órfãzinha, que eu não viria atrás de você?
- falei com agressividade, enquanto apertava cada vez mais.

Ela tentava falar, mas fracassava. Sua pele estava vermelha e eu sentia que ela fosse desmaiar, então a soltei. Ela buscou por ar desesperadamente, coitada.

-O que eu te fiz? Pare, por favor,
- ela falou, me dando vários socos no peito. Eu fiquei parado a observando; eu adorava ver o desespero e o medo dela sobre mim, aquilo me dava adrenalina.

-Irei repetir para Dalila Powell escutar novamente
- sua paz acabou.

Dalila me olhava com os olhos arregalados, ainda lutando para recuperar o fôlego. Seus socos começaram a perder força, e ela finalmente parou, caindo de joelhos no chão. Eu observei, satisfeito com o medo e a submissão que eu havia imposto nela.

- Você acha que pode simplesmente passar por cima de mim?
- eu perguntei, minha voz baixa e ameaçadora.
- Eu vou te mostrar o que acontece com quem tenta.

Ela levantou o olhar, sua expressão um misto de dor e determinação.

-Eu nunca quis isso,
-ela sussurrou, quase inaudível.
-Eu só quero seguir em frente.

-Seguir em frente?
- eu ri, um som cruel e sem humor.

-Não há seguir em frente para você, Dalila. Não enquanto eu estiver aqui.

Ela engoliu seco, seus olhos buscando alguma saída , alguma esperança,

- Por favor.
- Ela implorou sua voz quebrando
-me deixe em paz.

Eu me agachei até ficar ao nível dela, meu rosto perto do seu.

- Paz?
- eu sussurrei, meu hálito quente contra sua pele.
- Isso é algo que você nunca mais terá.

Me levantei, olhando para ela uma última vez antes de me virar e sair. Deixei Dalila ali, tremendo, sabendo que minha sombra sempre estaria presente na vida dela. E isso me dava um prazer sombrio.



🥀 Oque será da pobre "órfãzinha"
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