Dalila powell
A figura na cozinha se virou lentamente, e meu coração quase parou ao reconhecer Jacob. Ele estava encostado na bancada, com aquele sorriso provocador que eu tanto odiava.
- Como foi o encontro, órfãzinha? - Ele perguntou, o tom sarcástico evidente em sua voz.
- O que você está fazendo aqui, Jacob? - Perguntei, tentando manter a calma.
- Só queria ver se você estava bem. - Ele respondeu, dando de ombros. Além disso, não gosto de ver você saindo com aquele idiota do Giovanni.
- isso não é da sua conta. - Retruquei, sentindo a raiva subir. - E pare de me chamar assim
Jacob riu, mas não disse mais nada. Ele apenas ficou ali, me observando com aquele olhar intenso que me fazia sentir vulnerável. Eu não sabia o que ele queria, mas uma coisa era certa: eu precisava descobrir como lidar com ele, antes que ele conseguisse mexer ainda mais com minha cabeça.
Jacob se afastou da bancada e caminhou lentamente até mim, seu sorriso provocador nunca deixando seu rosto. A cada passo que ele dava, meu coração batia mais forte, um misto de raiva e uma sensação que eu não queria admitir. Ele parou bem na minha frente, tão perto que eu podia sentir a sua respiração quente no meu pescoço.
- Por que você sempre tenta me evitar, Dalila? - Ele murmurou, a voz baixa e cheia de insinuação.
Minha mente estava em um turbilhão. Eu odiava a forma como ele conseguia mexer comigo, como seu olhar penetrante e a proximidade faziam minha pele arrepiar. Ele era atraente de uma forma que me irritava profundamente, porque sabia que ele adorava ter esse efeito sobre mim.
- Jacob, saia daqui. - Disse, tentando soar firme, mas minha voz saiu fraca.
- Ah, mas eu gosto de estar perto de você. - Ele respondeu, inclinando-se ainda mais perto, até nossos rostos quase se tocarem. - E eu sei que você também gosta, mesmo que não admita.
Eu queria gritar, empurrá-lo, fazer qualquer coisa para quebrar aquele momento, mas meu corpo parecia não obedecer. Estava congelada, dividida entre o ódio e a atração que ele despertava em mim. Jacob sorriu, percebendo meu conflito interno, e sussurrou:
- Está vendo? Não é tão difícil admitir que gosta da minha companhia, órfãzinha.
Aquilo foi a gota d'água. Reuni todas as forças que tinha e empurrei Jacob, me afastando dele.
- Você é insuportável, Jacob! - Gritei, sentindo as lágrimas de frustração ameaçarem cair. - Saia daqui e me deixe em paz!
Jacob deu um passo para trás, levantando as mãos em um gesto de rendição, mas seu sorriso não desapareceu.
- Como quiser, Dalila. - Ele disse, virando-se para sair. - Mas isso ainda não acabou.
- Mais lembre-se , eu vou fazer você pecar de forma que você não imagina. - assim ele disse saindo do quarto
Fiquei ali, respirando fundo, tentando recuperar o controle. Eu sabia que ele não ia desistir tão facilmente, mas também sabia que não podia deixar que ele me controlasse daquele jeito. Precisava encontrar uma maneira de enfrentá-lo e mostrar que eu não era apenas uma peça no jogo dele.