Passei a manhã em um parque, perdida em meus pensamentos, observando as nuvens passarem lentamente no céu. Eu sair cedo sem minha tia ver. Não estava com vontade de ir a lugar algum, só precisava de um momento para mim mesma. Depois de um tempo, decidi voltar para casa, ainda sem ter resolvido nada.
Ao chegar, encontrei Sthella na cozinha, ocupada com algo na pia. Ela me lançou um olhar inquisitivo quando entrei.
- Onde você estava, Belila? - Sua voz tinha um tom preocupado.
- Só dei uma volta pelo parque. Precisava espairecer um pouco - murmurei, deixando minha bolsa na cadeira.
Sthella bufou, claramente insatisfeita.
- Você precisa decidir logo sobre essa bolsa. Nick já está a caminho para discutir isso com você.
Ignorei a bronca dela e me sentei à mesa da cozinha, pegando uma caneta e começando a bater com ela na superfície de madeira. Cada batida era um reflexo da minha ansiedade crescente.
- Pare com isso, Belila! - Sthella finalmente explodiu. - Você está agindo como uma criança teimosa!
Olhei para ela com surpresa, vendo a frustração em seus olhos. Ela tinha razão, eu estava fugindo da decisão, evitando enfrentar o que realmente queria.
Antes que eu pudesse responder, ouvi a campainha tocar. Sthella lançou um último olhar de advertência antes de abrir a porta. Nick entrou, parecendo sério e determinado.
- Belila, precisamos conversar - ele disse, seu tom calmo contrastando com minha própria agitação.
Assenti, sem saber o que esperar.
- E então, o que você decidiu? - ele perguntou diretamente, fixando seu olhar em mim.
Encarei-o por um momento, sentindo o peso da decisão sobre meus ombros.
- Sim, eu aceito - murmurei finalmente, a sensação de alívio misturada com nervosismo.
Nick sorriu, parecendo genuinamente satisfeito.
- Ótimo. Vamos discutir os detalhes então.
Sthella observou a cena em silêncio, seu rosto mostrando uma mistura de emoções. Finalmente, ela se aproximou e colocou a mão no meu ombro.
- Estou orgulhosa de você, Belila. Você fez a escolha certa.
Sorri falsamente, sentindo um peso sendo levantado dos meus ombros.
- Obrigada, tia.
Nick entrou na cozinha com um semblante sério, cumprimentando-me com um aceno de cabeça enquanto se sentava à mesa. Sthella nos observava com curiosidade enquanto começávamos a conversar sobre a faculdade.
- Então, Belila, você já decidiu qual curso quer fazer na faculdade? - Nick perguntou, sua expressão demonstrando interesse genuíno.
Respirei fundo, pensando nas minhas paixões e sonhos.
- Eu quero estudar Medicina. Sempre quis ajudar as pessoas, curar e cuidar delas - respondi com determinação.
Nick assentiu, parecendo impressionado.
- Medicina é uma escolha nobre. Você terá a oportunidade de fazer a diferença na vida das pessoas. A faculdade é particular, mas você não precisa se preocupar com a mensalidade. Vou cuidar de tudo para você como um pai. Há dormitórios disponíveis no campus, então você ficará lá durante os estudos. A comida também está inclusa, então você terá tudo o que precisa à sua disposição.
Minha raiva e frustração com ele surgiram de repente.
- Não me venha com essa história de ser como um pai para mim. Você não tem esse direito. Isso é uma afronta ao meu nome e à minha família. Você não pode simplesmente aparecer aqui e achar que pode substituir meus pais. Isso é desrespeitoso - disse, com um nó na garganta.
Nick pareceu surpreso com minha reação, mas depois suspirou, como se entendesse.
- Eu entendo como você se sente, Belila. Só quero oferecer uma oportunidade para você. Não estou tentando substituir ninguém, apenas quero ajudar.
Sthella olhou de um para o outro, claramente desconfortável com a tensão na sala.
- Belila, querida, talvez seja melhor discutir isso mais tarde. Nick está oferecendo uma grande oportunidade para você - disse, tentando mediar a situação.
Respirei fundo, lutando para controlar minhas emoções.
- Quando eu começo a estudar? E o que eu preciso levar para lá? - perguntei a Nick, buscando informações práticas.
Nick assentiu, pensativo.
- Você começará na próxima segunda-feira. Tem até de manhã para organizar suas coisas e levá-las para lá. Se precisar de ajuda, estarei à disposição para buscar você na casa da sua tia.
Ele sorriu gentilmente, tentando amenizar a tensão.
- ok, então está resolvido! , até segunda feira.. - falei sem ânimo
- Até , senhorita Dalila powell. - meu nome soou como uma agulha de sua língua
Assim minha tia levou ele até a porta e ele foi embora sem muitas despedidas.
UAUUU ELA ACEITOU, oque será que vem agr ?? Aperte na estrelinha pra mais 🥀