O Honda CRV amarelo estacionou no mesmo local de sempre, naquela manhã de sexta-feira, Penelope saiu do carro vestida com um vestido azul claro de mangas longas ao chegar na faculdade. Mal observou ao redor, quando foi surpreendida pelo parceiro da noite anterior, que foi de encontro a ela, com um buquê de tulipas coloridas nas mãos que emanava um cheiro característico de flores recém-colhidas. A mãe dela desceu do carro com um sorriso orelha a orelha ao ver a recepção direcionada a filha.
— Olá! Lindo dia, não? — Portia sorriu quando pegou o buquê nas mãos. — Vou guardar no carro para vocês conversarem as sós.
Os dois ficaram um pouco sem graça e em silêncio enquanto a mesma entrou no veículo demoradamente, acenou e saiu.
— Sua mãe é maravilhosa e... — Alfred parecia nervoso quando chegou mais perto dela. — E você está linda hoje, eu estava pensando se...
— PEN! Pen...! — Eloise desabou sobre os próprios joelhos, parecia que tinha corrido uma maratona. — Nossa... Tô sedentária, preciso falar com você urgentemente!
— O que aconteceu? — Penelope questionou, um tanto preocupada.
— Você está bem? — Alfred também assumiu um tom de preocupação. — Vou pegar uma água para ela, esperem aqui.
O loiro começou a buscar a chave do carro na mochila e foi buscar o que pretendia.
— Você topa... Topa ser a protagonista do meu manuscrito? — Eloise perguntou e a encarou com um olhar pidão. — Por favor, eu te imploro!
— Eu topo, Eloise. Sabe que eu faço qualquer coisa por você... — Penelope respondeu e ficou um pouco desconfiada com a repentina pergunta. — Mas implorou do nada, porquê?
— Ela e Cressida fizeram um acordo. — Colin fez a ruiva empalidecer quando surgiu atrás dela e falou praticamente em seu ouvido. — Cada uma escolhia um protagonista pro manuscrito, ela escolheu você e a outra... Eu.
— Não acredito. — Penelope virou-se para Colin, que estava sorrindo. — Esqueçam! Não vou fazer isso.
— Eu não sabia que ela tinha escolhido o Colin! Eu juro, Pen. — Eloise realmente parecia estar sendo sincera. — Mas você é a minha melhor amiga e eu queria te incluir no último trabalho, por mais que não o faremos completamente juntas, por mim? Por favor?
— Eloise... Você sabe que eu e ele, não estamos bem.
— Eu me sinto ótimo! — Colin sorriu maliciosamente. — E apenas faremos umas fotos para a capa e ilustração do livro delas, que mal tem?
— Trouxe a água! — Alfred apareceu com uma garrafa d'água e Colin desfez o sorriso malicioso para encará-lo. — O que foi? É só uma garrafa, tome.
— Você é muito gentil, Alfred. — Penelope entregou a garrafa para Eloise e aproveitou a deixa para dar um selinho nos lábios dele. — Vamos, Eloise?
O Bridgerton iria ter que procurar o queixo ali no chão, porque ficou chocado, ela jogou sujo. Aquele sorriso e aquele beijo era pra ser dele, ela era para ser sua, encarou o senhor Debling como se pudesse chamá-lo para um duelo. Mas os planos de Colin eram muito maiores que aquela possível briga boa.
A irmã Bridgerton tomou o braço de Pen enquanto satisfazia a sede com uma garrafinha de plástico e as duas iam caminhando até a entrada de Cambridge.
— Você gosta dele?
— Se está falando de Alfred, ele é... gentil.
— Mas não faz seu tipo.
— Eloise!
— É meio óbvio que você também só está sendo gentil, mas tenho que ter a certeza de que minha melhor amiga está feliz e com a pessoa certa.

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Yellow
Fiksi PenggemarApós passar um semestre de intercâmbio no Brasil, Colin Bridgerton, retornou de sua viagem para a Universidade de Cambridge na Inglaterra. Esse sonho realizado repentino, por mais que recheado de diários de aventuras preenchidos, o fez ter que atras...