Capítulo 7 - Please Notice.

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O terceiro irmão da família Bridgerton voltava ao próprio quarto e recordava da cena de Penelope, há poucos minutos, passando um perfume eloquente no banheiro do quarto da irmã. Tal ato o fez tropeçar e demorar a perceber que precisava estar pronto para o jantar que teriam mais tarde, o que o fez ter privilégios de receber conselhos de Anthony, Simon e Benedict na sala de estar.

— Você tem que comprar flores para ela, mulheres adoram flores. — Simon montava um quebra cabeça no tapete com a filha, Amelia. — Talvez girassóis? Já que ela curtia amarelo?

— Já pensou no que vão fazer? — Anthony o encarou de braços cruzados — Se levá-la em um motel, você está frito.

— Está mesmo. — Eloise entrou na sala e dispôs-se a continuar. — Mas o importante é você ir, Colin.

Colin a olhou dos pés a cabeça como se tivesse falando uma barbaridade.

— Você quer que eu vá?

— Eu odiaria ver você dar outro fora na minha melhor amiga. — Eloise respirou fundo e vigiou o corredor. — Não sei o que é pior.

— Eu acho que o melhor é você ser sincero, irmão. — Benedict acariciava Newton, o cachorro de Kate, e todos o encararam. — E conhecê-la, Penelope é uma mulher incrível.

— Sim, ela é. — Colin suou frio. — Eu a conheço há anos, sei disso e...

— Você não sabe de nada, se soubesse teria reparado antes. — Benedict o interrompeu e os três se encararam como um consenso.

— Reparado no que?

— Ai, Colin me poupe! — Eloise virou as costas e saiu da sala emburrada, como se nunca tivesse entrado ali.

— O que foi? — Colin ergueu uma sobrancelha. — Reparado no quê?

— Ela sempre foi caidinha por você. — Anthony encarava Edmund, o filho, que dormia tranquilo nos seus braços. — Desde de quando éramos mais novos.

Colin parecia ter desbloqueado várias memórias, de quando ele saia de Aubrey Hall e a via acenar para ele todos os dias antes de irem a escola, de quando os dois brincavam juntos e ela ficava corada como uma framboesa, de quando ficaram mais velhos e ela o cumprimentava e gaguejava na presença dele, ele achava gracioso o jeito que ela o olhava como se fosse o único, isso alimentou seu ego por muitos anos.

— Como nunca prestei atenção nisso...

A conversa foi interrompida por um silêncio quando a matriarca chegou na sala.

— Eu já vou indo. — Colin sorriu. — Tenho um encontro para ir.

— Tem? — Violet apertou os olhos com desconfiança. — Com quem?

— A tia ruiva. — Amelia colocou a última peça no local errado. — Né, pai?

— Vai sair com Penelope? — Violet emitiu um sorriso largo e beijou a testa do filho. — Que benção! Que bom que tomou juízo.

— Amelia, isso é assunto do tio Colin. — Simon sorriu torto e fez cócegas nela, que começou a rir. — Não fale tudo o que escuta, mocinha! Peça desculpas.

— Desculpa, tio.

— Tudo bem. — Colin sorriu tímido e passou a mão na nuca, desconcertado. — Vou planejar tudo ainda.

O clima familiar era constrangedor, agora que além de ter que planejar um encontro, Colin explicou para sua mãe que era algo que precisava fazer sozinho, porque por mais que gostasse dos conselhos maternos, ele sentia-se mal por nunca ter reparado nas atitudes da Penelope. Porém, ele não contava que uma mulher loira e alta estaria o esperando em seu quarto, sentada em sua cama como se o aguardasse impacientemente já a algum tempo.

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