Capítulo 24 - Espera Angustiante

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" 6º dia de chuva " Leiam, deiam estrela e comentem

O João estava à porta da clinica onde Susana estava, porque o pai dela não permitiu que ele entrasse e já ali estava desde ontem.

Ele estava impaciente, ainda não sabia nada e o seu coração estava apertado por ela, por não saber se ela estava bem, apenas sabia que ela estava a ser submetida a todo o tipo de exames para saberem o que se passava.

A porta da clinica abriu e o pai de Susana apreceu e disse-lhe:

- Entre seu marginal a minha filha pediu para falar consigo!'

João ignorou o insulto e acompanhou-o até ao quarto de Susana, ela estava deitada na cama, ligada a uma máquina e mal o viu alegrou-se e abraçaram-se em lágrimas.

- Estava tão preocupado - disse João beijando-a - Já sabem o que se passou?

- AInda não, ainda estou à espera dos resultados!

- Não vai ser nada de grave - disse ele.

- Prometes?

- Prometo.

- Por favor fica comigo!

- Claro que sim, nunca te iria abandonar - reconfortou João.

Susana pegou no pendente com a pedra e João fez o mesmo, ambos traziam-no sempre ao pescoço e juntaram-nos, enquanto se beijavam de novo.

Ele deitou-se com ela na cama e deixaram-se dormir e mais tarde foram acordados pelo médico que trazia os resultados dos vários exames e para preocupação de todos vinha muito sério para quem viesse dar boas noticias.

Sentou-se num banco e virou-se para João, Susana e Rodrigo, abriu a pasta que trazia e disse:

- Bem já tenho os resultados dos testes e infelizmente não trago boas noticias, que até já suspeitavamos que ela sofresse disto, devido aos sintomas que sentiu antes de desmaiar, nomeadamente a dor no peito e a tosse com sangue...

- Por favor diga logo - interrompeu Susana.

- Bem a senhora sofre de cancro do pulmão, fase terminal - respondeu, sem a olhar nos olhos.

O mundo de João e Susana caiu-lhe aos pés, simplesmente não sabiam como reagir e apenas conseguiram começar a chorar e abraçaram-se para tentar que a dor passa-se.

- Doutor diga-me que ela vai sobreviver, por favor, não posso perder a minha filha, já perdi a minha mulher e não vou aguentar passar por isso outra vez - disse o Rodrigo.

- Infelizmente não há muito que possamos fazer, mas vamos passar de imediato à radioterapia e quimioterapia e esperar que faça efeito, mas tenho de vos dizer, que não há muito esperança.

João não queria acreditar, tinha esperado por ela onze anos e agora podia perde-la da noite para o dia...

Por entre a chuvaOnde histórias criam vida. Descubra agora