"Você quer me contar sobre isso?"
"Você já sabe tudo da Vi."
Depois de deixar o senhor Tongrak gastar dinheiro impulsivamente, resultando em três ternos sob medida, eles voltaram ao condomínio por um motivo tão adorável que Tongrak não quis desperdiçar a comida da geladeira.
Tongrak não queria desperdiçar algumas centenas de baht em comida, sério?
O motivo real provavelmente era mais sobre querer fazer as pazes com alguém.
Mesmo que Tongrak tenha tentado ao máximo descartar o pensamento, alegando que não se importava. Mas o homem que preferia doces a arroz e café a água ainda comeu de boa vontade a segunda porção de arroz, fazendo uma certa pessoa sorrir contente.
Após a refeição, Mahasamut, que o mimou, sentou-se ao lado dele com uma xícara de café recém-preparado. Com uma voz profunda, ele fez uma pergunta que fez Tongrak suspirar.
Esta manhã, depois de terminar sua omelete, ele checou seu telefone e viu mensagens de Mahasamut e de seu melhor amigo.
[Seu cara me ligou]
[Sobre aquela maldita pirralha]
[Você fala com ele você mesmo]
Vi só disse isso, mas Tongrak conseguia adivinhar o caráter de sua amiga bem o suficiente para saber que ela provavelmente havia contado tudo, especialmente quando gostava da vibração de Mahasamut. No mínimo, ele confiava na intuição dela sobre as pessoas. Além disso... não era como se ninguém soubesse sobre Prin. As pessoas ao redor de Tongrak sabiam que aquela garota tentava reprimi-lo desde que era jovem.
Mas a resposta de Mahasamut surpreendeu Tongrak.
"Não, desliguei. Disse a Vi que preferia ouvir isso de você."
O ouvinte fez uma careta ao ver o pronome familiar que Mahasamut usou com Vi. Mas as palavras de Mahasamut foram mais interessantes, fazendo-o encarar aqueles olhos penetrantes.
"Você acabou de repreender aquela merdinha por perder tempo se intrometendo nos negócios dos outros quando ela poderia estar fazendo algo mais produtivo. Já que não quero ser um merdinha, prefiro esperar para ouvir sua história diretamente de você. "
Tongrak provavelmente acreditava que Mahasamut não queria ser usado se não fosse por aquele olhar novamente...
Foi o olhar preocupado que foi enviado em sua direção.
De repente, Tongrak entendeu que Mahasamut estava disposto a esperar notícias dele, em vez de desenterrar coisas que queria manter privadas, o que... era bom.
Desde que se tornou escritor - não, desde criança - Tongrak encontrou muitas pessoas que estavam perturbadoramente ansiosas por conhecer sua história.
Quando criança, era sobre seus pais.
Quando adolescente, tratava-se de suas preferências sexuais.
Já adultos, eles ainda queriam se intrometer em sua vida privada.
Mas... ninguém veio ouvir isso dele.
Muitos iam ouvir outras pessoas, embelezando as histórias a tal ponto que ele às vezes achava divertidas, perguntando-se se eram mesmo sobre ele. Eles fofocavam tanto nas costas dele que ele queria rir na cara deles e perguntar se eles tinham tanto tempo livre para brincar.
Se alguém quisesse saber, bastaria perguntar. Tongrak estava confiante para responder às perguntas.
Porém, todos acreditaram mais na fofoca do que na verdade de sua boca, então ele parou de explicar. Ele os deixou dizer o que queriam. Ele só esperava que essas pessoas um dia experimentassem o que ele tinha. Mas às vezes o carma não se recuperava rápido o suficiente, e é por isso que essas pessoas continuavam constantemente irritadas.
