"Está com vontade de comer alguma coisa hoje?"
"Não estou com fome."
"Quer parar em algum lugar antes de irmos para casa?"
"Não, obrigada."
"Você está bem mal-humorada hoje, não é, seu pequeno patife?"
Embora Mahasamut tivesse conhecido o pai de Tongrak pela primeira vez há apenas alguns dias, hoje era um dia como qualquer outro, quando ele pegaria Meena às três da tarde e a levaria para casa. Normalmente, haveria pedidos de lanches ou paradas para comprar coisas, mas não hoje.
A criança sabe-tudo estava realmente deprimida.
Hoje, Meena andava com os ombros caídos e o rosto sombrio, como se seu animal de estimação tivesse acabado de partir para o paraíso dos animais de estimação. Ela encolheu para um tamanho menor, seus pensamentos estampados em seu rosto.
A mão de Mahasamut pousou em sua cabeça, e ele a balançou gentilmente enquanto sua voz profunda falava com uma risada reprimida, "Se você está se preocupando tanto, por que não fala com a mamãe e o tio Rak sobre isso?"
"Você já contou a eles!?" Foi tudo o que Meena precisou para se virar e perguntar com uma expressão assustada, provocando um sorriso reconfortante do observador.
"Não. O tio Mut cumpre suas promessas, sabia."
A garotinha soltou um grande suspiro de alívio, mas em segundos, seu ânimo caiu novamente.
"Eu nunca menti para a mamãe antes. Eu simplesmente não conto tudo a ela. Mas quando ela me perguntou o que estava errado ontem, eu disse que estava com dor de cabeça. Eu fiz a coisa certa, tio Mut?" A garota olhou para cima, buscando segurança, e isso fez Mahasamut parar no meio do caminho. Ele se virou para encará-la, olhando nos olhos da menina de treze anos que se importava tanto com sua família que fez algo que nunca tinha feito antes.
"Por que você não quer contar à Sra. Khwan e ao Sr. Tongrak?"
"Bem, quando eu fiz isso, pensei que estava fazendo a coisa certa. O tio Rak saberia o que fazer. Não achei que o vovô realmente pretendia que eu fizesse isso. Ele veio nos ver porque queria que contássemos ao tio Rak sobre ele, não é? Então não deveríamos contar. Não quero mais ser usada como uma ferramenta. Mas ontem à noite, pensei, talvez o vovô não quisesse que contássemos ao tio Rak. Então agora não sei o que devo fazer."
A garotinha falou com uma sensação de estar completamente perdida. Ela não conseguia descobrir qual resposta era a certa.
Mahasamut não via Meena apenas como uma criança precisando de palavras reconfortantes. Essa criança tinha uma mente adulta. Quando ele tinha a idade dela, ele enfrentou situações ainda mais difíceis. A criança precisava de respostas, e ele levava todas as perguntas a sério porque ela era importante para Tongrak, o que significava que ela era importante para ele também.
A confusão de Meena levou Mahasamut a responder com um tom sério, "Então, qual opção faz você se sentir mais à vontade?"
Meena ficou em silêncio por um momento, então sussurrou fracamente, "... Eu quero contar ao tio Rak."
"Então conte a ele", ele disse simplesmente.
"Mas..."
Mais uma vez, Mahasamut balançou gentilmente a cabeça da garota com afeição.
"Você acha que seu tio Rak gostaria que você se preocupasse tanto?"
"Não."
"Certo. Ele quer que você seja feliz e se divirta como qualquer outra criança. Se ele soubesse que era a causa de toda essa preocupação, você acha que ele se culparia?"
