Capítulo 3

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"LUCY GRAY BAIRD"

Dormir na noite anterior não foi fácil, por isso, tudo que Coriolanus basicamente fez foi acender uma vela e mergulhar a cabeça nos estudos até literalmente dormir com o rosto na mesa...como sempre fazia quando estava sem sono.

Não era algo recorrente, mas com certeza não era incomum. A insônia se tornou uma fiel amiga de Coriolanus nos últimos anos. Vez ou outra ela vinha à tona.

Ele fez o de sempre, se levantou, tomou banho, comeu alguma coisa e se organizou para sair. Andando pela casa ele viu alguns dos abajures acesos. A luz havia voltado tão rápido quanto ele esperava.

Falando rapidamente com Tigris e Lady-Vó, Coriolanus saiu com seu carro, indo em direção a universidade. Naquela manhã, ele teve as mesmas aulas de costume: História militar, Teoria da Guerra, Inteligência e Logística Militar, e por fim Diplomacia.













[...]
















Assim que Coriolanus chegou, os guardas na entrada já avisaram que a doutora saiu em reunião, e que ele nao deveria esperar por ela para começar suas obrigações.

O laboratório estava em completo silêncio.

Ele olhou em volta sentindo aquela paz silenciosa e um pouco mórbida. Havia muito o que fazer naquela tarde. Ele deixou sua pasta sobre a mesa e começou a se organizar, tirando o sobretudo vermelho, colocando seu jaleco e levando as mãos, desinfetando.

Indo até um estante repleta de arquivos e documentos, todos sobre os experimentos do laboratório, ele puxou documentos específicos, abriu e colocou os papeis em uma prancheta. Eram seus experimentos.

Coriolanus releu aqueles registros por alto, já que tinha tudo praticamente decorado em sua cabeça. Ele verificou os equipamentos, alimentou algumas das criaturas e depois, verificou seus Zangões.

Estavam vivos, funcionais e se reproduzindo.

Feito isso, ele foi até a mesa da doutora e verificou se ele  havia deixado alguma lista para ele. Ela costumava deixar coisas para ele fazer sempre que passava algum tempo fora.

É, ela deixou. Ele gostaria de reclamar, mas a realidade era que ele sabia que precisava daquilo, precisava se atolar de trabalho e estudo o máximo que podia.

Quando mas se ocupasse, menos pensaria naquele assunto.

Ele respirou fundo, arregaçou suas mangas e vestiu suas luvas estéreis.

Era hora de se afundar no trabalho e ignorar completamente qualquer frustração que não estivesse em seu controle!

















[...]
















O dia passou rápido, Coiolanus ficou completamente imerso em seu trabalho e não viu as horas passando.

Ele estava focado em uma mistura que estava produzindo, quando escutou o som do elevador se abrindo. Ele parou por um instante olhou. A  Dra. havia voltado.

Ela sorriu ao ver o garoto trabalhando e deu alguns passos a frente.

— Dia cheio, garoto?

Ele sorriu fracamente e assentiu com a cabeça, voltando ao seu foco.

A doutora deu alguns passos a frente e foi até sua mesa, verificando a lista de tarefas que havia deixado para ele, agora riscada a caneta.

— Imagino que não tenha tido nenhuma dificuldade com as tarefas de hoje, certo?

Caged Bird - Coriolanus Snow X Lucy Gray BairdOnde histórias criam vida. Descubra agora