sabe aqueles momentos em que você reflete sozinha em seu próprio mundo, repetindo para si mesmo do porquê ter feito tal ato?
essa era você, sentada na tampa da privada, segurando fortemente um teste de gravidez, o jogando com força contra a parede o vendo dar positivo.
você escorregou do vaso, caindo no chão gélido do banheiro enquanto abraçava suas pernas em busca de consolo, em buca de alguém mas não havia ninguém... você estava sozinha, de novo e de novo.
e sempre seria assim, você seria sozinha e repetia isso para si mesma enquanto batia com força em si mesma, se xingando em todos os nomes que viria na sua cabeça.
se vendo naquela bolha imensa de solidão e desespero, se lembrando da noite de semanas atrás.
a noite em que havia feito tal ato, a noite em que aquele embrião cravou-se em sua parede uterina e assim começou a gerar a consequência de seu ato, e você não estava sob efeito de nada... se lembrava perfeitamente de como seu professor estava em cima de você, murmurando que tudo iria ficar tudo bem.
desde que chegaram na casa dele de madrugada, desde o momento em que vocês se olhavam fixamente naquela cama, antes de ambos atacarem os lábios um do outro e como se fosse um estalar de dedos... as roupas ja estavam em qualquer canto daquele quarto.
no quarto de satoru gojo, seu professor que era visto de forma tão madura e respeitada, subindo em cima de você enquanto salpicava beijos pelo seu corpo.
anestesiada pelo desejo carnal, você consentia, lúcida o suficiente para cada investida que ele dava dentro de você, cravando as unhas em suas costas, implorando por mais.
ah... e você queria mais, se pressionando contra os quadris do maior que segurava a cabeceira da cama com força, enquanto tentava dar tudo pra você, dar mais do que ele podia.
bombeando seu líquido dentro de você, enquanto você se contorcia embaixo do mesmo, seu corpo em êxtase e os sons das palavras de satoru chegando ate seus tímpanos como um breve lembrete de seus atos.
"_está tudo bem querida_"
"_está tudo bem querida_"
como se aquele lembrete saísse imediatamente da casa de satoru, e chegasse ate o banheiro de sua casa em um eco, um eco que só você poderia escutar.
afinal você estava sozinha, e nada poderia ficar bem.
