Estava apenas começando a chuviscar quando Jungkook virou na rua. Até esse momento, eu
não tinha dúvidas de que Jungkook ficaria comigo enquanto eu passava algumas horas no mundo real.
Foi aí que eu vi o carro preto, um Ford velho, parado na entrada de Charlie, e eu ouvi
Jungkook murmurar algo impossível de ouvir numa voz baixa, áspera.
Tentando ficar fora da chuva no pequeno portal de entrada, estava lee taemin, atrás da cadeira de rodas do seu pai. O rosto de Billy estava impassível enquanto Jungkook estacionava a caminhonete no meio fio. Taemin olhou pra baixo, seu rosto estava mortificado.
A voz baixa de Jungkook estava furiosa.
- Isso já foi longe demais.
- Será que ele veio dizer alguma coisa pra Charlie? - eu adivinhei, mais horrorizado do que com raiva.
Jungkook só afirmou com a cabeça, ele respondia ao olhar de Billy com olhos estreitos.
Eu me senti fraco de alívio por Charlie ainda não estar em casa.
- Me deixe cuidar disso - eu sugeri. O olhar negro de Jungkook me deixou ansioso.
Para minha surpresa, ele concordou.
- Isso provavelmente é o melhor. Contudo, tome cuidado. A criança não sabe de nada.
Eu me senti um pouco estranha pela palavra criança. - Taemin não é muito mais novo que eu
- eu lembrei ele.
Ele olhou pra mim, sua raiva estava sumindo abruptamente.
- Oh, eu sei. - Ele me assegurou
com um sorriso.
Eu suspirei e coloquei minha mão na maçaneta da porta.
- Leve eles pra dentro - ele instruiu. - Pra que eu possa ir embora. Eu estarei de volta ao entardecer.
- Você quer levar minha caminhonete? - eu ofereci enquanto pensava numa desculpa pra Charlie pra explicar a abstinência dela.
Ele revirou os olhos.
- Eu poderia ir pra casa andando e chagar mais rápido do que com essa
caminhonete.
- Você não tem que ir embora - eu disse tristonho.
Ele sorriu da minha expressão.
- Na verdade, tenho sim. Assim que você se livrar deles.
ele me jogou um olhar obscuro - Você ainda tem que preparar Charlie pra conhecer seu novo namorado.
Ele sorriu abertamente, mostrando todos os dentes.
Eu gemi.
- Muito obrigada.
Ele deu aquele riso torto que eu adorava.
- Eu vou voltar logo - ele prometeu. Seus olhos
deram uma olhadinha para o portal de entrada, e então ele se inclinou suavemente e beijou a minha mandíbula. Meu coração começou a bater freneticamente, e eu, também, olhei em direção á porta. O olhar de Billy não estava mais impassível, e suas mãos estavam apertando os descansos de braço da sua cadeira.
- Logo - eu me estressei enquanto abria a porta e saia do carro.
Eu podia sentir os olhos dele nas minhas costas enquanto eu dava uma corridinha nos fracos raios de luz até a varanda.
- Oi, Billy. Ei, Taemin. -
Eu saudei eles da forma mais alegre que consegui.
- mru pai foi passar
o dia fora, eu espero que vocês não estejam esperando há muito tempo.
- Não muito - Billy disse num tom subjugado. Seus olhos pretos eram penetrantes.
- Eu só queria trazer isso. - Ele indicou um saco de papel marrom que estava no colo dele.
- Obrigado - eu disse, apesar de não ter idéia do que pudesse ser.
- Porque vocês não
entram por um minuto pra se secarem?
Eu fingi não perceber que ele estava me estudando intensamente enquanto eu abria a porta, e acenava pra que eles entrassem na minha frente.
- Aqui, me deixe pegar isso - eu me ofereci, fechando a porta. Eu me permiti dar uma última olhada para Jungkook. Ele estava esperando, perfeitamente rígido, seus olhos estavam solenes.
-Você vai querer colocar isso na geladeira - Billy disse enquanto me entregava o pacote.
- É um dos peixes fritos do Criadouro do Harry, é o favorito de Charlie. A geladeira mantém
ele mais seco. - Ele levantou os ombros.
- Obrigado - eu repeti, mas dessa vez falando sério.
- Eu já estava ficando sem variedades pra cozinhar peixe, e é capaz dele trazer mais hoje.
- Pescando de novo? - um brilho súbito apareceu nos olhos de Billy.
- No lugar de sempre?
Talvez eu vá até lá pra ver ele.
- Não - eu menti rapidamente, meu rosto estava ficando duro. - Ele foi á algum lugar novo...
mas eu não tenho idéia de onde é.
Ele notou a mudança na minha expressão, isso deixou ele pensativo.
- Taem- ele disse ainda me analisando.
- Porque você não vai pegar a foto nova de Rebecca
no carro? Eu vou deixar aqui pra Charlie também.
- Onde está? - Taemin perguntou, sua voz sombria. Eu olhei pra ele, mas ele estava olhando
para o chão, suas sobrancelhas estavam juntas.
- Eu acho que vi na mala - Billy disse.
- Talvez você tenha que procurar um pouco.
Taemin saiu na chuva.
Billy e eu encaramos um ao outro em silêncio. Depois de alguns segundos, o silêncio
começou a ficar insuportável, então eu me virei e fui para a cozinha. Eu podia ouvir o barulho que suas rodas faziam no chão enquanto ele me seguia.
Eu coloquei o pacote na prateleira lotada da geladeira, e me virei pra confronta-lo. Seu rosto
cheio de linhas profundas estava ilegível.
- Charlie vai demorar muito pra voltar. Minha voz era quase rude.
Ele afirmou de novo com a cabeça, mas não disse nada.
- Obrigada de novo pelo peixe frito - eu repeti.
Ele continuou balançando a cabeça. Eu dei um suspiro e cruzei meus braços no peito.
Ele pareceu pressentir que eu havia dado um fim á pequena conversa. – Jimin - ele
começou, mas então hesitou.
Eu esperei.
- jimin - ele disse de novo.
- Charlie é um dos meus melhores amigos.
- Sim.
Ele falou cada palavra cuidadosamente com sua voz estrondosa.
- Eu reparei que você tem
passado algum tempo com um dos kim's.
- Sim - eu repeti curtamente.
Seus olhos se estreitaram.
- Talvez não seja da minha conta, mas eu não acho que essa seja uma idéia muito boa.
- Você tem razão - eu concordei. - Não é da sua conta.
Ele ergueu uma das sobrancelhas cinzentas com o meu tom.
- Provavelmente você não sabe disso, mas os kim's têm uma má reputação lá na aldeia.
- Na verdade, eu sabia disso - eu informei com uma voz dura. Isso surpreendeu ele.
- Mas a reputação não pode ser merecida, não é? Porque os kim's nunca puseram o pé na sua aldeia, puseram? - eu podia ver que a minha súbita lembrança do acordo que eles fizeram pegou ele de surpresa.
- Isso é verdade - ele disse, seus olhos cuidadosos.
- Você parece... bem informado sobre os
Kim's. Mais informado do que eu esperava.
Eu encarei ele.
- Talvez até mais bem informado do que você.
Ele torceu seus lábios finos enquanto considerava isso.
- Pode ser - ele concordou, mas seus olhos eram astutos.
- Será que Charlie está assim tão bem informado?
Ele encontrou o elo fraco da minha corrente.
- Charlie gosta muito dos Kim's - eu fugi. Ele claramente entendeu minha evasão.
Sua expressão estava insatisfeita, mas não estava surpresa.
- Não é da minha conta - ele disse.
- Mas pode ser da de Charlie.
- De novo, isso é da minha conta, saber se é da conta de Charlie ou não, não é?
Eu fiquei me perguntando se ele teria compreendido a minha pergunta confusa enquanto eu lutava pra não dizer mais nada comprometedor. Mas ele pareceu compreender. Ele pensou nisso por um momento, enquanto a chuva que batia no telhado era o único barulho que quebrava o
silêncio.
- Sim - ele finalmente disse. - Eu acho que isso é da sua conta, também.
Eu suspirei aliviado.
- Obrigada, Billy.
- Só pense no que você está fazendo, Jimin - ele implorou.
- Tudo bem - eu concordei rapidamente.
Ele fez uma carranca.
- O que eu quis dizer foi, não faça o que você está fazendo.
Eu olhei nos seus olhos, que estavam cheio de preocupação comigo, e não havia nada que
eu pudesse dizer.
E então a porta bateu com força, me fazendo pular com o som.
- Não tem foto nenhuma no carro. O tom de reclamação de Taemin nos alcançou antes dele.
Os ombros da camisa dele estava molhado, seu cabelo estava pingando quando ele entrou na
cozinha.
- Hmm - Billy grunhiu, ficando imparcial de repente, virando a sua cadeira de rodas para
olhar para o filho.
- Eu acho que deixei em casa.
Taemin rolou os olhos dramaticamente.
- Ótimo.
- Bem, jimin, diga a Charlie - ele parou antes de continuar
- que nós viemos..
- Eu digo - eu murmurei.
Taemin pareceu surpreso. - Nós já vamos?
- Charlie vai ficar fora até tarde - ele explicou enquanto passava na frente do filho.
- Oh - Taemin pareceu desapontado.
- Então, eu acho que a gente se vê depois, jimin.
- Claro - eu concordei.
- Se cuide - Billy me avisou. Eu não respondi.
Taemin ajudou seu pai a passar pela porta. Eu acenei brevemente, dando uma olhadinha para a minha caminhonete agora vazia, e então fechei a porta antes deles irem embora.
Eu fiquei no corredor um tempinho, ouvindo o som do carro deles dar a ré e ir embora.
Eu fiquei onde estava, esperando que a irritação e a ansiedade desaparecessem. Quando a tensão diminuiu um pouco, eu subi e fui trocar de roupa. Eu experimentei duas blusas diferentes, sem ter certeza do que esperar para essa noite, o que acabou de acontecer havia se tornado um fato insignificante.
Agora que eu não estava mais sobre a influência de Jungkook e Hoseok, eu comecei a sentir o
nervosismo que não pude sentir antes. Eu rapidamente desisti de procurar outra roupa - me vestindo com uma calça jeans e uma blusa azul e um casaco- afinal, eu sabia que ia ficar de casaco a noite inteira mesmo.
O telefone tocou e eu corri lá pra baixo pra atender. Havia apenas uma voz que eu queria
ouvir; qualquer outra coisa seria uma decepção. Mas eu sabia que se ele quisesse falar comigo, ele simplesmente ia se materializar no meu quarto.
- Alô? - eu atendi sem fôlego.
- jimin? Sou eu - Jéssica disse.
- Oh, oi, Jess - eu lutei por um momento pra voltar á realidade. Pareceu que meses haviam se passado desde a última vez que eu falei com Jess.
- Como foi o baile?
- Foi tão divertido! - Jéssica tagarelou. Sem precisar de mais convite que isso, ela começou a contar cada detalhe sobre a noite passada. Eu falei Mmmm’s e Ahhhh’s nas horas certas, mas era
difícil me concentrar. Jéssica, Mike, o baile, a escola
eles pareciam estranhamente irrelevantes no
momento. Meus olhos ficavam olhando para a janela, tentando julgar o nível de luz que ainda
havia por trás das nuvens.
- Você ouviu o que eu disse, Jimin? - Jéssica perguntou, irritada.
- Me desculpe, o que?
- Eu disse que Mike me beijou, você acredita?
- Isso é maravilhoso, Jess - eu disse.Então o que você fez ontem? - Jéssica me desafiou, ainda parecendo irritada pela minha falta de atenção. Ou talvez ela só estivesse decepcionada porque eu não perguntei os detalhes.
- Nada, de verdade. Eu só saí um pouco para aproveitar o sol.
Eu ouvi o carro de Charlie na garagem.
- Você não teve notícias de kim Jungkook?
A porta bateu e eu pude ouvir Charlie perto da escada, guardando seu equipamento.
- Hmmm - eu não tinha mais certeza de qual era a minha história.
- E aí, garoto! - Charlie me chamou quando entrou na cozinha.
Jess ouviu a voz dele. - Oh, seu pai está aí. Deixa pra lá, a gente se vê amanhã. Te vejo na aula de Trigonometria.
- Até mais, Jess - eu desliguei o telefone.
- Oi, pai - eu disse. Ele estava lavando as mãos na pia. - Onde está o peixe?
- Eu coloquei no freezer.
- Eu vou pegar um pouco antes que congele, Billy trouxer um pouco de peixe frito pra você
essa tarde. - Eu me esforcei pra parecer entusiasmado.
- Ele trouxe? - seus olhos se iluminaram.
- É o meu favorito.
Charlie foi se limpar enquanto eu preparava o jantar. Não demorou muito até que
estivéssemos na mesa, jantando em silêncio. Charlie estava gostando da comida. Eu estava desesperadamente pensando numa forma de cumprir a minha tarefa, lutando pra encontrar uma
maneira de tocar no assunto.
- O que você fez do seu dia? - ele perguntou, me tirando das minhas meditações.
- Bom, essa tarde eu fiquei aqui em casa... - Na verdade, só a parte mais recente da tarde.
Eu tentei manter minha voz animada, mas o meu estômago estava embrulhado. - E essa manhã
eu estava na casa dos kim's.
Charlie derrubou seu garfo.
- Na casa do Dr. Kim? - ele perguntou espantado.
Eu fingi não reparar na reação dele.
- É.
- O que você estava fazendo lá? - Ele não pegou mais o seu garfo.
- Bem, eu meio que tenho um encontro com jungkook essa noite, então ele queria me
apresentar aos seus pais...
- Pai?
Parecia que Charlie estava tendo um aneurisma.
- Você está saindo com kim Jungkook? - sua voz parecia um trovão.
Uh- oh. - Eu pensei que você gostasse dos kim's.
- Ele é velho demais pra você - ele se alterou.
- Nós temos a mesma idade - eu corrigir, apesar dele estar mais certo do que imaginava.
- Espere... - ele pausou. - Qual deles é Jagkook?
- Jungkook é o mais novo, o que tem o cabelo castanho avermelhado.
- O lindo, o que parece
um deus...
- Oh, bem, isso é - ele pelejou - melhor, eu acho. Eu não gosto do jeito daquele grandão. Eu
tenho certeza de que ele é um bom rapaz, e tudo mais, mas ele parece... maduro demais pra
você. Esse jagkook é seu namorado?
- É Jungkook, pai.
- Ele é?
- Mais ou menos, eu acho.
- Noite passada você disse que não estava interessado em nenhum dos garotos da cidade.
Mas ele pegou o garfo, então eu sabia que o pior havia passado.
- Bem, Jungkook não mora na cidade, pai.
Ele me deu uma olhada assassina enquanto mastigava.
- E, de qualquer forma - eu continuei.
- É uma espécie de fase inicial, sabe. Não me envergonhe com aquele papo de namorado, está bem?
- Quando ele vai vir?
- Ele estará aqui em alguns minutos. Ficou um silêncio por momento.ate que ele falou de novo.
- Pra onde ele vai te levar?
Eu gemi alto.
- Eu espero que você já esteja tirando a Inquisição Espanhola da sua cabeça
agora. Nós vamos jogar baseball com a família dele.
O rosto dele se contraiu, e então ele finalmente deu uma gargalhada.
- Você vai jogar baseball?
- Bom, provavelmente eu vou ficar assistindo na maioria do tempo.
Ele observou cheio de
suspeitas.
Eu revirei os meus olhos pra o bem dele.
Eu ouvi o barulho de um motor encostando na frente de casa. Eu pulei da cadeira e comecei
a limpar meus pratos.
- Deixe os pratos, eu lavo eles hoje.
- Você me mima muito. Então A campainha tocou, é Charlie se levantou e foi atender. Eu estava meio passo atrás dele.
Eu não tinha me dado conta do quanto estava chovendo lá fora. Jungkook ficou na luz da
varanda, parecendo um modelo de anúncios de casaco de chuva.
- Entre, Jungkook.
Eu respirei de alívio quando Charlie acertou o nome dele.
- Obrigado, Chefe park - ele disse com uma voz respeitosa.
- Vá em frente me chame de Charlie. Aqui, eu seguro seu casaco.
- Obrigado, senhor.
- Sente-se aqui, Jungkook.
Eu fiz uma careta.
Jungkook se sentou fluidamente na única cadeira, me forçando a sentar com o Chefe park no
sofá. Eu fiz uma cara feia pra ele. Ele deu uma piscada pra mim nas costas de Charlie.
- Então, eu ouvi dizer que você vai levar meu garotinho pra jogar baseball.
- Só em Washington o fato de praticar esportes ao ar livre num dia chuvoso era algo normal.
- Sim, senhor, esse é o plano. - Ele não parecia surpreso pelo fato de eu ter dito a verdade
para o meu pai. No entanto, ele pode ter estado escutando.
- Bem, mais poder pra você, eu acho.
Charlie sorriu, e Jungkook se juntou a ele.
- Tudo bem - eu disse ficando em pé.
- Chega de piadas ás minhas custas. Vamos lá.
- Eu caminhei de volta para o corredor colocando meu casaco. Eles me seguiram.
- Não volte tarde, filho.
- Não se preocupe, Charlie, eu vou trazê-la cedo - Jungkook prometeu.
- Tome conta da meu garoto, está bem?
Eu gemi, mas ele me ignorou.
- Ele estará seguro, senhor, eu prometo.
Charlie não conseguiu duvidar das palavras de Jungkook, elas estavam em cada palavra.
Eu saí. Os dois riram, Jungkook me seguiu.
Eu parei mortificado na varanda. Lá, atrás da minha caminhonete, havia um Jeep monstro.
Os pneus dele eram mais altos que a minha cintura. Haviam grades de metal sobre os faróis e os faróis de milha, e quatro grandes holofotes sobre as barras de proteção. O capô era de um vermelho brilhante.
Charlie assobiou baixinho.
- Usem seus cintos de segurança - ele se engasgou.
Jungkook seguiu para o meu lado e abriu a porta pra mim. Eu tomei uma pequena distância do banco e me preparei pra pular nele. Ele suspirou e me levantou com uma mão. Eu rezei pra
que Charlie não tivesse reparado.
Enquanto ele ia para o lado do motorista com um passo normal, humano, eu tentei colocar o meu cinto de segurança, mas haviam muitos engates.
- O que é tudo isso? - eu perguntei quando ele abriu a porta.
- É um passeio fora da estrada.
- Uh-oh.
Eu tentei encontrar os engates certos para o cinto, mas não estava sendo muito rápido. Ele
suspirou de novo, se inclinou e veio me ajudar.
Eu estava contente porque a chuva estava forte o suficiente pra que eu não pudesse ver
Charlie da varanda. Isso significava que ele não pôde ver como as mãos de Jungkook passava pelo meu pescoço, acariciaram meu colo. Eu desisti de tentar ajudar ele e me concentrei em não
hiperventila.
Jungkook virou a chave na ignição e o motor ligou. Ele começou a se afastar de casa.
- Esse é um... hum... Jipe bem grande.
- É de Emmett. Eu não achei que você ia querer correr o caminho inteiro.
- Onde é que vocês guardam essa coisa?
- Nós remodelamos um dos prédios exteriores e transformamos numa garagem.
- Você não vai colocar o seu cinto de segurança?
Ele olhou pra mim sem acreditar.
Então uma fichinha caiu.
- Correr o caminho inteiro? Como se ainda fôssemos correr parte do caminho?
Minha voz caiu alguns oitavos.
Ele sorriu.
- Você não vai correr.
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CREPÚSCULO (Jikook)
Teen FictionEstá obra é inspirada nos livros. Com adaptações minhas Nunca pensei muito em como morreria - embora nos últimos meses tivesse motivos suficientes para isso. - mas, mesmo que tivesse pensado, não teria imaginado que seria assim. Olhei fixamente...