17. The Nightmare Revisited

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Era uma manhã ensolarada quando a Sra. Watson me pediu para ir ao mercado comprar algumas coisas. O restaurante estava começando a se encher para o café da manhã, e a energia no ar era de pura atividade e expectativa. Emma e Bianca estavam ocupadas atendendo aos clientes, enquanto a Sra. Watson organizava a cozinha. Eu gostava desses momentos tranquilos antes que o tumulto do dia realmente começasse.

No mercado, fui rápida e eficiente, escolhendo os ingredientes frescos que a Sra. Watson havia solicitado. Peguei maçãs vermelhas e brilhantes, alfaces crocantes e tomates suculentos. Enquanto passava pelos corredores, o cheiro do pão fresco me fez lembrar dos cafés da manhã de minha infância. Saí do mercado com as sacolas cheias e um leve sorriso no rosto. A rua estava ainda mais tranquila do que antes. Algo parecia fora do lugar, mas tentei não me preocupar.

Comecei a caminhar de volta para o restaurante, apreciando a calmaria da manhã. No entanto, uma sensação de desconforto começou a se instalar. Olhei ao redor, tentando identificar o que estava me incomodando. Foi então que ouvi o som de um carro se aproximando. Virando-me, vi um carro grande e preto desacelerando ao meu lado. Antes que pudesse reagir, a porta do carro se abriu e dois homens saíram rapidamente, agarrando-me com força.

- O que está acontecendo? Me soltem! - gritei, lutando contra o pânico.

Meus gritos foram abafados pela mão de um dos homens que cobriu minha boca, enquanto o outro me empurrava para dentro do carro. As sacolas de compras caíram no chão, espalhando legumes e frutas pela calçada. Em questão de segundos, a porta se fechou e o carro acelerou, me levando para longe.

Dentro do carro, o medo me dominou. Tentei me acalmar, mas a realidade do que estava acontecendo era avassaladora. Os homens não disseram uma palavra, e eu sabia que qualquer tentativa de fuga agora seria inútil. Eles tinham tudo planejado. Por que isso estava acontecendo? O que eles queriam de mim? O pânico se misturava com a confusão, criando um redemoinho de emoções que eu mal conseguia controlar.

Após o que pareceu uma eternidade, o carro parou em frente a um prédio abandonado. Fui puxada para fora e levada para dentro, onde me empurraram para uma pequena sala vazia. A porta se fechou com um estalo metálico, deixando-me sozinha na escuridão. Meu coração batia acelerado, e meus pensamentos estavam desordenados. Será que Emma, Bianca e a Sra. Watson já perceberam que algo está errado? Elas estarão procurando por mim? O desespero começou a tomar conta.

O tempo passou devagar. O silêncio era absoluto, exceto pelo som ocasional de passos do lado de fora. Tentei manter a calma, mas cada minuto que passava parecia aumentar minha ansiedade. Cada som, cada eco, fazia meu coração saltar. Eu me perguntava quem eram esses homens, o que queriam comigo. Minha mente se enchia de cenários terríveis, e eu lutava para afastar esses pensamentos.

Então, ouvi uma voz feminina familiar ecoando pelo local. Meu coração quase parou quando reconheci o timbre. Era ela. A mãe de Emma Myers.

- Jenna, sei que está com medo, mas preciso que me ouça - disse a voz, sua presença invisível, mas inconfundível.

Ela entrou na sala, e pela penumbra, pude ver seu rosto. A expressão dela era grave, mas havia um estranho conforto em vê-la ali, alguém conhecido em meio ao caos.

- O que está acontecendo? Por que estou aqui? - perguntei, minha voz tremendo.

Ela suspirou, seus olhos encontrando os meus. - Não posso explicar tudo agora, mas você está em perigo. Vou te tirar daqui. Confie em mim.

Suas palavras trouxeram um alívio temporário, mas a confusão ainda reinava. Eu tinha tantas perguntas, mas sabia que este não era o momento para obter todas as respostas. Precisava confiar nela e esperar pelo momento certo para entender tudo.

Aromas do Passado - JemmaOnde histórias criam vida. Descubra agora